Componentes: Néia Gava Rocha, Camila Maria Juffu Lorenzoni, Rita de Cassia Scaramussa, Amanda Deprá Nicoli, Deize Maria Scaramussa de Mattos e Maria da Penha Menassa Panetto

Atividades dos blogueiros:

Rita de Cássia e Camila M. J. Lorenzoni - aplicação dos conteúdos.

Deize e Maria da Penha - pesquisas bibliográficas.

Néia - layout da página, busca por figuras e funcionalidade.

Amanda - exemplos que demonstram a aplicação dos conceitos trabalhados na unidade.




quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Vargem Alta sedia evento de apoio à mulher

Recentemente, o municícpio de Vargem Alta, no sul do Espírito Santo, sediou um evento para apoiar as mulheres. Ele foi denominado "Evento Viva Mulher".
Em cumprimento ao calendário de datas comemorativas, no âmbito do Ministério da Saúde, a Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Saúde, juntamente com as Coordenações da Estratégia Saúde da Família e Coordenação do Programa “Viva-Mulher”, realizou no dia 29 de Abril, no Terminal Rodoviário “Izidoro Salvador”, a Campanha do “DIA NACIONAL DA MULHER”, com o objetivo de enaltecer a Prevenção do Câncer de Colo de Útero e do Câncer de Mama.
Durante o evento, foram realizadas palestras com os Temas: Prevenção do Câncer de Colo de Útero, Prevenção do Câncer de Mama, HPV e Sexo Seguro, distribuição de folders educativos e preservativos, fornecimento de orientações para a realização do autoexame, agendamento de datas para coleta de preventivo (para o mês de Maio e junho) em todas as Unidades de Saúde, aferição de pressão e glicemia capilar e sorteio de brindes, doados pelos comerciantes locais.
A campanha continuou a acontecer durante o mês de maio em todas as Unidades de Saúde do Município, seguindo-se durante o mês de junho. Esta campanha marca as comemorações ao “Dia Mundial de Luta contra o Câncer” – 08/04 e “Dia Nacional da Mulher” – 30/04.
A campanha quer conscientizar as mulheres com atividades educativas e preventivas sobre câncer de colo do útero e de mama. O câncer de colo uterino e o de mama representam juntos 26% dos casos de morte entre as mulheres no Brasil. Mas, se descoberto a tempo, o câncer uterino é um dos que apresenta mais altos índices de cura, daí a importância dos exames preventivos.
Secretaria Municipal de Saúde, juntamente com a Coordenação da Estratégia Saúde da Família e Coordenação do Programa Viva Mulher espera alcançar resultados positivos a partir deste trabalho educativo, através de uma maior procura pelas mulheres de Vargem Alta às Unidades de Saúde, mostrando interesse e preocupação em cuidarem de sua saúde e fazendo a prevenção do Câncer da Mulher, através da realização de exames preventivos, do auto-exame e do exame clínico de mamas.
A Secretaria Municipal de Saúde, juntamente com as coordenações Municipais, agradece a participação dos Agentes Comunitários de Saúde, aos comerciantes de Vargem Alta que doaram os brindes para os sorteios e a presença das mulheres vargem-altenses pela participação e credibilidade.


Fonte: http://www.vargemalta.es.gov.br/

sábado, 27 de agosto de 2011

Vídeo: Saúde da mulher (negra e branca)

O vídeo apresenta um encontro da Mulher, mostrando imagens da pobreza, de negros, de adolescentes, da mulher enquanto reprodutora, do controle de natalidade por parte das pessoas que não têm condições de dar uma boa estrutura para a família.É interessante conhecer o conteúdo deste vídeo, pois através dele pode-se perceber o papel da mulher (brancas e negras) na sociedade e o período de transição de mudanças de alguns conceitos estereotipados sobre o seu corpo e sua função enquanto mulher.

Comentário: Néia Gava Rocha



Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=YD1EKUOL7gE
Acessado em 27 de agosto de 2011.

Reprodução x Escolarização feminina

Segundo pesquisa apresentada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) o aumento da escolaridade feminina reduz fecundidade e, consequentemente, a mortalidade infantil.

            A Síntese dos Indicadores Sociais, elaborada pelo instituto mostra que o aumento da escolaridade feminina reduz a fecundidade e a mortalidade infantil, mas, no mercado de trabalho, acentua a desigualdade entre homens e mulheres. Em 2004, as trabalhadoras com até 4 anos de estudo recebiam, por hora, em média, 80,8% do rendimento dos homens com esse nível de escolaridade, enquanto que aquelas com 12 anos ou mais de estudo recebiam 61,6% do rendimento-hora masculino. Dentro de casa, a situação da mulher não era diferente, elas trabalhavam 4,4 horas a mais por dia em afazeres domésticos.
            A Síntese de Indicadores Sociais tem como base os dados da PNAD 2004 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), com os quais são feitos cruzamentos especiais para dez temas: aspectos demográficos; educação; trabalho e rendimento; domicílio; família; casamentos, separações e divórcios; crianças, adolescentes e jovens; idosos; cor e mulher para todas os estados e regiões metropolitanas do Brasil. A seguir, são apresentados os principais destaques da pesquisa.
            O aumento na escolaridade feminina guarda estreita relação com as reduções nas taxas de fecundidade e de mortalidade infantil.
            Em 2004, a distância que separava a fecundidade das mulheres menos instruídas das regiões Norte e Nordeste das que possuíam alta escolaridade do Sudeste e Sul era de mais de 3 filhos. Mesmo dentro de uma mesma região, as mulheres com até 3 anos de estudo chegavam a ter, em média, mais que o dobro do número de filhos das mulheres com 8 anos ou mais de estudo.
            A probabilidade de uma mulher com 8 anos ou mais de estudo, com dois filhos, vir a ter o terceiro era de pouco mais de 50%, ao passo que a mesma probabilidade associada a uma mulher com até 3 anos de estudo era de 90%.
            O mesmo comportamento era observado para a mortalidade infantil. Em 2004, a taxa de mortalidade entre crianças com até 1 ano de idade cujas mães tinham 8 anos ou mais de estudo era de 14‰ (14 por 1.000 nascidos vivos) nas regiões Sudeste e Sul, mas, para as crianças nascidas no Nordeste, de mães com até 3 anos de estudo, a taxa alcançava 53,5‰.
            No Brasil, em 1991, as mulheres com 8 anos ou mais de estudo correspondiam a 35,1% do total de mulheres na faixa etária de 15 a 49 anos (idade reprodutiva). Em 2004, esse percentual alcançou 58,5%, contrastando com os 14,7% de mulheres com até 3 anos de estudo.
            Para mais informações, acesse o endereço http://www.ibge.gov.br/.

Acessado em 27 de agosto de 2011.

Gênero e raça x mercado de trabalho

Segundo dados elencados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) quase 1/3 das mulheres ocupadas é trabalhadora doméstica ou exerce atividade sem remuneração.
            Apesar da entrada da mulher no mercado de trabalho ter significado um grande avanço, os dados do censo apontam que elas têm se concentrado em ocupações consideradas extensões da vida doméstica.
            A análise da taxa de atividade  mostra que, em 2000, apenas 44,1% das mulheres estavam no mercado de trabalho. O maior nível de atividade feminina se concentrava entre as que tinham entre 25 e 49 anos de idade, faixa que apresentou a maior variação entre 1991 (45,3%) e 2000 (61,5%).  No caso dos homens, houve redução da atividade em todas as faixas etárias, inclusive na de 25 a 49 anos de idade, passando de 95,3% para 92,0% no período.  
             Em 1991, as maiores taxas de atividade das mulheres concentravam-se em municípios da região Sul.  Já em 2000, o quadro mostrou-se bem mais diversificado. 
            A desigualdade de gênero no mercado de trabalho pode ser observada tanto pela inserção no mercado quanto pela remuneração.  Tanto mulheres como pretos ou pardos estão concentrados em trabalhos mais precários e em ocupações de baixa qualificação e mal remuneradas.  Não raramente trabalham sem carteira assinada e sem garantias trabalhistas.  Também é possível observar as disparidades na qualidade de trabalho de mulheres e pretos ou pardos quando se analisa a distribuição desses grupos populacionais segundo a posição na ocupação.
            A maior parcela da população ocupada está concentrada nas categorias de empregado e trabalhador por conta-própria, mas, em relação às mulheres, o destaque é o trabalho doméstico ou o trabalho sem remuneração que, juntos, somam quase 28% da população ocupada feminina.
            


Acessado em 27 de agosto de 2011
Para ler as informações na íntegra, acesse o endereço http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=605&id_pagina=1 e conheça mais detalhes sobre esta situação que ainda aflige a sociedade.

O papel da mulher na sociedade atual

Através dos estudos realizados sobre a unidade 2, “Gênero e Hierarquia Social”, é possível perceber que após anos submetida aos ideais da sociedade fálica, a mulher vem conquistando o seu espaço no meio sócio-ecnômico-cultural de forma lenta, porém marcante.
            Na cultura, há diversos nomes femininos que conquistaram esta vitória: Leci Brandão, Alcione, Jovelina Pérola Negra, Negra Li, Margarete Menezes, Gal Costa, Maria Bethânia, Ana Carolina. No campo político, também há nomes ganhando espaço: Benedita da Silva, Dilma Roussef,  Rita Camata. Nas teledramaturgias: Glória Pires, Taís Araújo, Aracy Balabanian, Regina Duarte, Camila Pitanga, Fernanda Montenegro, entre tantos outros.
            Atualmente, também já se observa um grande número de mulheres nas escolas e nas universidades, o que permite afirmar que aquela imagem de somente o homem precisava estudar para ter um bom emprego ou uma boa posição social está sendo esquecida.
            Em diversos outros âmbitos da sociedade já há mulheres em posição de destaque. No entanto, é certo afirmar que muito ainda tem que ser feito pela mulher para conquistar o direito de igualdade na sociedade. Muitos movimentos sociais ainda terão que acontecer para garantir à mulher um espaço, um papel no meio social de forma que a imagem da desigualdade de gênero e raça seja esquecida.

            De acordo com uma matéria veiculada pelo site do Gazeta online, em 2010, as mulheres são a maioria do eleitorado, e, no primeiro turno da eleição deste mesmo ano as duas mulheres candidatas ao posto máximo do Governo Federal tiveram mais votos que todos os outros sete candidatos homens juntos.

            Para conhecer mais informações sobre a matéria citada, entre no endereço http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2010/11/699797-mulheres+vao+escolher+o+novo+presidente+no+domingo.html, a qual foi publicada no dia 17 de novembro de 2011, e conheça mais detalhes sobre esta importante conquista da mulher no aspecto político do Brasil.

Acessado em 27 de agosto de 2011

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Perspectivas de gênero e raça no âmbito empregatício

O campo de atuação profissional é de fundamental importância para a autonomia dos indivíduos, para a construção de identidade, para o reconhecimento social, para o acesso a bens de consumo, entre outras dimensões tanto materiais quanto simbólicas, cada vez mais importantes em nossas sociedades neste século XXI. Por isto, a forma como os diferentes grupos populacionais se inserem no mercado de trabalho retrata uma faceta fundamental da desigualdade. Homens, mulheres,brancos e negros apresentam características bem distintas na entrada no mercado de trabalho, nos postos ocupados, nos rendimentos auferidos, nas áreas de atuação, entre outros indicadores abordados neste estudo.
A entrada no mercado de trabalho ocorre mais cedo para os negros e a saída, mais tarde. Os dados de taxa de participação revelam essa característica perversa: apesar de a taxa de participação nas faixas etárias de 10 a 17 anos – que indica a proporção de pessoas ocupadas e desocupadas em relação à população em idade ativa – vir caindo nos últimos 10 anos, o que se confirma em todos os grupos, os maiores indicadores permanecem entre negros e entre jovens do setor rural. De fato, a taxa de participação da população negra de 10 a 15 anos em 2006 era de 15,0%, comparados a 11,6% entre brancos.
Contudo, apesar de entrarem mais cedo no mercado de trabalho, os negros do sexo masculino também estão sobre-representados entre os mais velhos que permanecem ocupados. Entre a população negra com 60 anos ou mais, 34,7% encontravam-se ocupados ou desocupados em 2006, comparados a 29,3% da população branca na mesma faixa etária. Isto é, os negros trabalham durante mais tempo ao longo da vida, entrando mais cedo e saindo mais tarde do mercado de trabalho. Esta característica pode ser explicada pelas formas mais precárias de inserção vividas por esse segmento da população, o que faz com que não tenha garantia de proteção social na velhice, impedindo uma parcela maior de trabalhadores negros de terem acesso à aposentadoria.

FONTE:
Trecho do texto "Retrato das desigualdades de gênero e raça"
Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres
Acessado em 23 de agosto de 2011

Vídeo: saúde pública no Brasil

Este vídeo, que vem acompanhado por uma oração, mostra imagens que nos emocionam, mas que são a realidade da saúde pública no Brasil. Descaso e vergonha: eis o que define o atendimento na saúde pública deste país.

Fonte:http://www.youtube.com/watch?v=qjhNak8WilE
Acessado em 23 de agosto de 2011

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Resultado da enquete deste Blog

A nossa pesquisa realizada através da enquete “Dos exemplos abaixo, qual é mais visto na saúde pública no Brasil?”, trouxe os seguintes resultados:

Péssimo atendimento: 20%
Falta de humanização/solidariedade: 0%
Falta de profissionais: 20%
Descaso com os pacientes:60%

O resultado da enquete é preocupante, pois o mínimo que o paciente pode receber na saúde pública é um bom atendimento. E ele não o recebe.
Assim, percebe-se que se o mínimo não é feito, imagine o mais importante!

Vamos continuar participando das enquetes promovidas por este blog. A próxima é “Quem é a maior vítima do descaso na saúde pública no Brasil?”
Negro
Idoso
Criança
Mulher
Homossexuais
Bissexuais
Lésbicas
Pobre
Entrem lá e participem!!!O seu voto é muito importante para o nosso trabalho.

Onze pessoas morrem e mais de 100 são internadas após tomar vinagre na China

Segundo as primeiras análises, o químico tóxico causador das mortes e de sintomas como diarreia e vômitos seria o etilenglicol, um líquido incolor com um sabor ligeiramente doce, que deve ser tingido para exatamente evitar intoxicações

Onze pessoas da localidade de Shangzu, na região autônoma de Xinjiang, no oeste da China, morreram envenenados após tomar vinagre procedente de recipientes utilizados anteriormente para armazenar um anticongelante altamente tóxico.
Além disso, segundo informou nesta segunda-feira a agência oficial "Xinhua", 120 pessoas mais tiveram que ser hospitalizadas por este motivo e o número de mortos poderia aumentar dado o estado crítico de alguns dos afetados.
O motivo que tantas pessoas tenham sido afetadas, segundo as autoridades, foi estar na época do Ramadã, na qual a obrigação do jejum durante o dia faz com que os muçulmanos, maioria nesta parte do país, se reúnam em grandes grupos durante a noite.
Segundo as primeiras análises, o químico tóxico causador das mortes e de sintomas como diarreia e vômitos seria o etilenglicol, um líquido incolor com um sabor ligeiramente doce, que deve ser tingido para exatamente evitar intoxicações.
Além de uso como anticongelante nos motores de combustão interna, este composto é usado para fabricar solventes de pintura assim como materiais de imprensa.

Fonte:
Acessado em 22 de agosto de 2011

Pediatras pedem demissão e dizem que aumentou mortes de crianças

O embate entre a Cooperativa dos Pediatras com a Secretaria Estadual de Saúde chegou à Assembleia Legislativa. Nesta segunda-feira (22) o deputado estadual Rodney Miranda (DEM) solicitou à Mesa Diretora que demandasse a Comissão de Saúde para fiscalizar a situação do atendimento pediátrico nos hospitais públicos do Estado. Dados repassados pela cooperativa dos pediatras do Espírito Santo indicam que 158 crianças morreram de janeiro a julho deste ano.
Os números representam 36 mortes a mais, em relação ao mesmo período do ano passado. O total de mortes, segundo um dos diretores da cooperativa, Francisco Menezes, é referente aos hospitais infantil de Vitória e de Vila Velha. Os dados foram colhidos no Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde.
A Secretaria Estadual de Saúde contesta os números. De acordo com a Sesa o Hospital Infantil de Vila Velha registrou até junho deste ano 47 mortes, e o de Vitória 68 até o mês de julho. Destaca ainda que, em termos percentuais, quando o cálculo é feito com base no número de atendimentos, a taxa de mortalidade no Hospital Infantil de Vila Velha caiu em relação ao ano passado de 0,49% para 0,47%.
Desde o início do ano a cooperativa dos médicos pediatras tem tentado firmar um contrato com o governo do Estado. Só este ano 100 pediatras cooperados pediram demissão da rede estadual. O Estado afirma que este ano 50 pediatras e 15 neonatologistas, aprovados no último concurso público, foram convocados. Com a contratação destes profissionais foi possível abrir 14 novos leitos de UTIn no Hospital Estadual Dório Silva. O que, em tese, demonstraria que as mortes não teriam relação com as demissões.
O deputado Rodney Miranda afirmou que não quer entrar nessa queda de braço e nem no mérito das discussões entre a Cooperativa dos Pediatras e o governo. "Assim que soube do fato eu oficiei o governo e o Ministério Publico. Eu vi que há duas versões para o mesmo fato e duas posturas em relação ao atendimento das crianças. Temos que resolver isso. Se continuar esse problema, mais crianças vão ser vitimadas. Pedi a Mesa Diretora para tomar providências para que possamos acompanhar essa situação", disse Rodney Miranda.
Em maio deste ano foram inauguradas as obras de reforma do pronto-socorro do Hospital Estadual Infantil de Vitória. Foram criadas salas de Observação com 20 leitos (para aguardar internação), de Isolamento (duas, para doenças infecto-contagiosas) e de paradas cardiorrespiratória.

FONTE:
Acessado em 22 de agosto de 2011

Saúde pública: caminho para o funeral

FONTE:www.humortadela.com.br
Acessado em 22 de agosto de 2011

A ironia da charge revela que a saúde pública esconde o caminho para o funeral. Na verdade, isso quer dizer que enquanto o paciente aguarda ser atendido (o que demora uma aternidade) a sua doença se agrava de tal forma que, provavelmente, morra antes mesmo de receber um atendimento.

Charge: a fila de espera na saúde pública


FONTE:www.humortadela.com.br
Acessado em 22 de agosto de 2011

A fila de espera na saúde pública revela o grande descaso que sofrem aqueles que a procuram.

Charge: Saúde pública

Acessado em 22 de agosto de 2011

Esta charge faz uma crítica acerca da espera prolongada que os pacientes da Saúde Pública no Brasil são submetidos.

Artigo: "Omissão e impotência"

    Algumas cenas mexem com a nossa emoção. Alguns fatos perturbam o nosso sono. Alguns acontecimentos nos fazer acreditar que a injustiça só atinge as classes baixas. E estes sentimentos não acontecem porque não queremos ver a realidade. Isso acontece porque a sociedade está repleta de injustiças.
      Todos os noticiários mostraram, esta semana, duas situações que deixam os justos e os honestos indignados. Uma está relacionada à saúde pública no Brasil. A outra é referente à guerra civil na Somália.
      Não pretendo ser sensacionalista nestes elementos de minha discussão. Mas pretendo abordar a injustiça sob o ângulo da classe marginalizada e impotente. Digo isso porque é assim me sinto: impotente e marginalizada. Afinal, o que somos diante de muitas injustiças na sociedade? O que fazemos para mudar este cenário?
      Em São Paulo, um homem da classe baixa (e, por isso, marginalizado pelas classes altas) foi a um hospital fazer quimioterapia. Quando terminou saiu pelas ruas, a pé, e teve uma crise de convulsão do outro lado da rua. Algumas pessoas ligaram para o hospital (do qual ele acabara de sair) para pedir socorro e disseram que não podiam fazer nada.
      Mas será que se ele fosse de uma classe social privilegiada ouviria esta resposta? Creio que seria atendido pelo hospital como um rei. Assim, quem o atendeu foram algumas pessoas de uma lanchonete. Ele, como toda pessoa humildade e grata, voltou ao local no dia seguinte para agradecer a estas pessoas.
      O outro caso, tão preocupante como este ocorrido no Brasil, se trata do acontecimento referente à guerra civil na Somália. Enquanto uns se matam pela ambição de poder, várias crianças morreram de fome. Reflitamos: para se morrer de fome tem que ficar quantas horas sem comer algo?Para matar por ambição são necessários quantos tiros?
Não se morre de fome porque se escolheu morrer desta forma. Não se morre por descaso e omissão porque se escolheu morrer assim. Morre-se de fome e pela omissão porque a sociedade marginaliza a classe baixa e supervaloriza a classe alta.Porque as lideranças governamentais querem sempre mais, não se importando com quem serão as suas vítimas.
      Mas vamos nos aproximar mais destes fatos: imaginemos que o homem que não recebeu o atendimento quando teve uma convulsão em frente ao hospital, em São Paulo, fosse o meu ou o seu pai. Imaginemos que as crianças que morreram de fome, na Somália, fossem meus ou seus filhos.Continuaríamos de braços cruzados?
      É por isso que volto a afirmar: sinto-me impotente e marginalizada. Somos omissos e compomos a maioria. Mas não fazemos nada porque estas pessoas não são membros de nossas famílias.
                                                                                
FONTE:  Jornal Da Hora ES, de Vargem Alta/ES
Autora: Néia Gava Rocha
Acessado em 22 de agosto de 2011

STF torna união estável homoafetiva reconhecida pela justiça

O julgamento do Supremo Tribunal Federal decidiu hoje que a união estável gay está juridicamente reconhecida no Brasil. Com expressiva maioria de votos, os ministros do STF reconheceram a união estável homoafetiva e seus efeitos jurídicos.
A decisão cria um precedente nacional: gays podem manter uma união estável registrada no Brasil, sendo assim reconhecida pela justiça. Isso garante direitos comuns a casais heterossexuais como pensão, herança, regulamentação da comunhão de bens e previdência. A decisão também deve facilitar a adoção de crianças por duas pessoas do mesmo sexo, reconhecendo então como família gays que possuem filhos adotivos.
A partir da decisão o casal homossexual pode pedir o reconhecimento da união civil em cartório, ou juridicamente comprovar a união estável afim de usufruir dos direitos comuns a casais heterossexuais. A decisão também deve facilitar a aprovação da PLC 122, criada para ser uma lei anti-homofobia. A causa foi várias vezes citada nos discursos dos votos.

Protestos

Apesar de não haver passeatas ou protestos mais relevantes, a decisão aconteceu sob forte crítica da CNBB (Convenção Nacional dos Bispos do Brasil, entidade Católia) que apresentou defesa no julgamento. O Pastor Silas Malafaia também fez campanha para que fiéis enviassem emails para os ministros pedindo que eles votassem contra a união estável homossexual.


FONTE:
Publicado por ,  em 6 de maio de 2011
Acessado em 22 de agosto de 2011

HIV já infectou 10,5% da população masculina gay maior de idade, aponta pesquisa

BRASÍLIA - Estudo divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério da Saúde mostrou que em dez das maiores cidades brasileiras a presença do vírus HIV é de 10,5% entre a população masculina homossexual com mais de 18 anos. O número aponta que o risco de transmissão da Aids neste grupo é bem maior do que no restante da população - entre os homens brasileiros de todas as faixas etárias e orientações sexuais, com idade entre 15 e 49 anos, o índice de soropositivos é estimada em 0,8%.
Ainda de acordo com o levantamento, os gays fazem mais sexo casual, mas usam camisinha na mesma proporção que os heterossexuais, o que ajuda a explicar o maior risco de transmissão.
Os dados revelam também que os homossexuais são mais escolarizados. Dos 3.610 homens que responderam ao levantamento, 52,2% possuem 11 anos ou mais de escolaridade. Pesquisa sobre Comportamento, Atitudes e Práticas Relacionadas às DST e Aids da População Brasileira de 15 a 64 anos de idade (PCAP), de 2008, mostra que, entre os homens em geral esse índice é de apenas 25,4%. Entre eles, o maior percentual varia de 4 a 7 anos de estudo (40,1%).
Maioria dos homossexuais já foi vítima de homofobia
A pesquisa revelou também que 53,5% do público homossexual masculino com mais de 18 anos relataram que já foram discriminados, xingados, humilhados ou agredidos por causa da orientação sexual. Os ambientes em que há mais discriminação, de acordo com os entrevistados, são o trabalho (51,3%), a escola (28,1%) e a igreja ou outro local de culto religioso (13%). Para o ministério, é preciso reforçar as políticas de combate à homofobia.
Outro dado aponta ainda que ao menos 14% foram forçados a ter relações sexuais contra a sua vontade. O estudo, contudo, não investigou o contexto e as condições em que a violência sexual ocorreu.
O levantamento foi feito nas cidades de Manaus (AM), Recife (PE), Salvador (BA), Curitiba (PR), Itajaí (SC), Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS) e Brasília (DF). Não há dados segregados para cada município. O critério de participação foi possuir 18 anos ou mais, e ter tido ao menos uma relação sexual com homem nos últimos 12 meses. Foram incluídos não só os homossexuais que assumem a sua orientação sexual.

Por: Fábio Fabrini
Acessado em 22 de agosto de 2011

Saúde Pública Em Estado Terminal

A crise na saúde pública não tem fronteiras
Vai de norte a sul do estado fazendo vítimas
Super lotação, falta de atendimento
População massacrada com muita gente morrendo
País capitalista onde o dinheiro fala mais alto
Com bom plano de saúde a certeza de ser salvo
Quem não pode pagar só tem uma certeza
É ir pra fila do SUS e esperar a morte lente
Atendimento precário realizado no corredor
Uma verdadeira cena de filme de horror
Macas amontoadas, cobertores rasgados
Um verdadeiro genocídio que o pobre paga o pato
Não é novidade a saúde pública é precaria
Um descaso total refletido na baixada
Bairros pobres e com difícil acesso
Falta de médicos, equipamentos e remédios
O caso é sério!!!

Seminário abre espaço para a Juventude negra


Entre os temas debatidos durante o Seminário Nacional – A cultura como veículo de erradicação da miséria, a “Juventude Negra e o legado afro brasileiro“ ganharam destaques. Na manhã da última quinta-feira (18), o sociólogo e membro titular do Conselho Nacional da Juventude (CONJUV), Danilo Morais e o publicitário e diretor executivo da Revista Raça Brasil, Maurício Pestana, falaram sobre o  racismo, a mídia e a exclusão social em que vivem os jovens negros no Brasil. 
O jovem na mídia – Abrindo os debates, Maurício Pestana falou de sua trajetória na militância negra, que começou ainda na juventude, aos 15 anos de idade, com a leitura do livro O genocídio do negro brasileiro, de Abdias Nascimento. “Foi quando tomei noção de como é o racismo no Brasil e passei a me envolver com essa questão, buscando uma forma de entrar na luta”. 
Para ele, há uma distância entre a militância e a juventude negra. Por isso, procura por meio da arte e da comunicação fazer uma interlocução com os jovens negros. Oportunidade que cresce com a Revista Raça Brasil, que neste ano completa 15 anos. 
Segundo Pestana, 70% do público da revista estão na faixa dos 13 aos 26 anos. “Ela ainda é o único meio de visibilidade do jovem negro na mídia”, afirmou. “ Apesar das conquistas, os meios de comunicação, que são racistas, não dão a atenção necessária ao jovem negro. Com isso, todas as nossas conquistas, como, por exemplo, a lei 10.639, que obriga o ensino da História da África e da Cultura Afro-brasileira no ensino fundamental e médio, público e particular, ficam fragilizadas”, concluiu. 
Cultura política da juventude negra – Ao refletir sobre a herança que a cultura afro-brasileira traz à juventude negra contemporânea, o sociólogo Danilo Morais ressaltou que esse legado pode ser sintetizado não somente na capacidade de resistência, mas de reinvenção dessa resistência contra o racismo. 
Além de traçar um breve panorama histórico da criação e evolução dos movimentos negros da sociedade civil brasileira, Danilo Moraes também apresentou dados estatísticos que mostram oquadro de exclusão da juventude negra. Segundo ele, todas as Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios (PNAD) apontam defasagem entre idade e série escolar, com uma significativa representação no ensino superior, onde estão menos de 30% dos jovens afro-brasileiros, sem distinção de ensino público ou privado. 
O sociólogo acrescentou, ainda, que de 2002 a 2008, o índice de homicídios entre jovens brancos caiu 30%, porém somente 13% entre os negros, o que é sintomático e preocupante. “ A cultura é o campo privilegiado para reconstruir projetos de vida da juventude negra, a partir de suas raízes africanas”.

FONTE:
Acessado em 22 de agosto de 2011

Aids - HIV : Cresce entre jovens, homossexuais e negros

O número de novas infecções de HIV nos Estados Unidos manteve-se estável, em cerca de 50.000 casos por ano nos últimos quatro anos, de acordo com o centro de controle e prevenção de doenças. Os novos dados, publicados on-line na revista científica PLoS ONE, mostram que os maiores aumentos foram entre os homens bissexuais e homossexuais. Desse grupo, homens negros e jovens tinham o que a Agência chamou de "aumento alarmante".
"Mais de 30 anos para a epidemia de HIV, cerca de 50.000 pessoas ainda tornam-se infectados anualmente," disse o CDC diretor Dr. Thomas Frieden. "Não só fazem homens que têm sexo com homens continuam a conta para a maioria das novas infecções, jovens homens gays e bissexuais são o único grupo que infecções estão a aumentando, e este aumento é particularmente relativa entre jovens negros."
Os dados pesquisados no período entre 2006 e 2009. É a primeira vez que números de incidência de HIV foram calculados usando um teste de laboratório que distingue infecções recentes de infecções existentes. Jovens entre as idades de 13 e 29 que tinham relações homossexuais tinham o maior aumento de infecção - mais de um quarto de todos os novos casos. Enquanto jovens todas as etnias têm sido equilibrado, jovens negros foram o único grupo a ter um aumento significativo no período de quatro anos. As taxas de infecção entre esta população saltaram 48% durante esse período.
"Estamos profundamente preocupados com o aumento alarmante das novas infecções por HIV em homens gays e bissexuais jovens e negros, e o impacto contínuo do HIV entre os jovens homens gays e bissexuais de todas as raças," disse o Dr. Jonathan Mermin, diretor da divisão de prevenção de HIV/AIDS do CDC. "Não podemos permitir que a saúde de uma nova geração de homens gays seja tão vulnerável em relação a doença. É hora de renovar o foco sobre o HIV entre homens homossexuais e combater a homofobia e a estigma que muitas vezes acompanham essa doença. "
Em 2009, negros que compõem 14% da população americana, mas representavam 44% de todas as novas infecções. Sua taxa de infecção foi quase 8 vezes maior que brancos. A taxa entre homens negros foi o mais alto de qualquer grupo - mais de seis vezes maior do que homens brancos. A taxa de infecção entre mulheres negras foi 15 vezes maior do que as mulheres brancas. Hispânicos compõem cerca de 16% da população e 20% das novas infecções por HIV. Sua taxa de infecção é cerca de três vezes maior que de brancos.
Dr. Kevin Fenton, diretor do centro nacional do CDC HIV/AIDS, hepatites virais, DST , diz que os dados são encorajadores em que o número de novas infecções caiu significativamente desde o pico visto em meados da década de 1980, no entanto, ainda há muito trabalho pela frente. "Podemos ter estabilizado em um nível inaceitavelmente elevado. Sem intensificar esforços de prevenção do HIV, é prováveis que enfrentaremos uma era de aumento das taxas de infecção e custos mais elevados de cuidados de saúde para uma doença evitável que já afeta mais de 1 milhão de pessoas nos Estados Unidos. "
Phill Wilson, fundador e diretor executivo do Instituto de AIDS em negros, cuja missão é parar a pandemia em comunidades negras diz que nós temos as ferramentas para acabar com a epidemia, mas os esforços de prevenção têm sido diminuído por algum tempo.
"O que esses números nos dizem é que não vamos ser bem sucedido na condução para baixo de novas infecções e até menos que devemos investir nessas populações com maior risco, hoje essas populações são negros americanos, homens que fazem sexo com homens de todas as raças" disse Wilson. "É escandaloso que nos últimos três anos relatados em dados, desde 2006-2009, vemos 48% de aumento dos novos casos entre os jovens negros que têm sexo com homens com idade de 13-29. Temos de construir a infra-estrutura para que essas comunidades possa responder a epidemia da forma adequada."
FONTE:
Acessado em 22 de agosto de 2011

Diretrizes da ONU sobre HIV ajudarão homossexuais e transexuais

Homossexuais e transexuais devem ter acesso igual aos programas de HIV/Aids, de acordo com as primeiras diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) destinadas a pôr fim ao estigma que nega assistência de qualidade a muitas pessoas, disse a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) na terça-feira.
A OMS também registrou evidências do aumento de infecções pelo HIV entre homens que fazem sexo com homens e entre pessoas que mudam de gênero, especialmente nos países ocidentais. Os dois grupos já são duramente atingidos pela epidemia de Aids, iniciada há 30 anos.
"Esta é a primeira vez que a OMS, como agência da ONU em conjunto com outros parceiros, coloca isso adiante. Isso é delicado, mas vai direto ao ponto e é de fato crítico para a epidemia", disse o médico Gottfried Hirnschall, diretor do departamento de HIV/Aids da OMS, em entrevista coletiva.
As 21 recomendações são "as primeiras diretrizes globais de saúde pública" a centrar o foco nos homens homossexuais e nos transexuais, disse a OMS em comunicado. Elas foram desenvolvidas para ajudar os trabalhadores da saúde e os políticos a superar a discriminação e a oferecer testes, aconselhamento e tratamento.
Os homens homossexuais têm um risco 20 vezes maior de serem infectados pelo vírus do que os homens da população geral. As taxas são ainda mais altas no México, na Tailândia e na Zâmbia, de acordo com a agência da ONU. As taxas de infecção pelo HIV entre os transexuais variam de 8 a 68 por cento, dependendo do país.
Estima-se que entre 2 e 4 por cento dos homens tenham feito sexo com outro homem ao longo da vida, disse Hirnschall.
"Com certeza uma coisa que sabemos é que o comportamento MSM (sigla em inglês para homens que fazem sexo com homens) existe em todas as culturas. Obviamente, o nível de aceitação e de mistificação cultural varia de cultura para cultura", acrescentou ele.
Mais de 75 países consideram crime a atividade sexual com pessoas do mesmo gênero, de acordo com a OMS. "E os transexuais não são reconhecidos legalmente na maioria dos países", diz a agência.
FONTE:
Postado em 21 de junho de 2011
Acessado em 22 de agosto de 2011

sábado, 20 de agosto de 2011

Homossexuais debatem direitos humanos


Mais de 200 pessoas participaram ontem da 2ª Conferência Regional de Políticas Públicas e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – LGBT do Polo I Sul Praiano. O evento foi realizado no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de Jardim Itapemirim, em Cachoeiro. A luta por direitos já garantidos pela Constituição, a desigualdade social e o combate à discriminação e à violência nortearam as principais discussões da programação do evento, que reuniu militantes de 15 municípios do sul do Estado.
Segundo a secretária municipal de Desenvolvimento Social, Nilcéia Pizza, o objetivo do evento é avaliar as diversidades e propor avanços em ações entre governo e sociedade, para uma maior igualdade social.
A secretária destaca os principais passos que a administração pública precisa dar para que isso ocorra. “Um conjunto de ações deve ser implantado, através de políticas públicas e da legislação, para que o direito e o dever dos GLBT estejam garantidos e compreendidos pela sociedade”.
Segundo a coordenadora de gestores da assistência social do Pólo Sul Praiano, Maisa Fosse, a busca pela igualdade social ainda é um desafio para a sociedade, mesmo que hoje ela esteja mais aberta a discussões sobre o tema.
“Precisamos acabar com os preconceitos. Nós não temos o direito de julgar o outro pela sua opção sexual, religião ou raça. Acho que as pessoas, diferentemente do passado, estão discutindo e se abrindo mais a estes temas, por conta da mídia”, analisa a coordenadora.
Além de Cachoeiro de Itapemirim, o Polo Sul Praiano é composto pelos municípios de Mimoso do Sul, Muqui, Atílio Vivácqua, Iconha, Marataízes, Itapemirim, Alfredo Chaves, Piúma, Anchieta, Presidente Kennedy, Jerônimo Monteiro, Vargem Alta, Rio Novo do Sul e Castelo.
 O preconceito em diferentes épocas
Júlio Carlos de Oliveira, 65 anos, é militante dos direitos homossexuais em Marataízes desde a década de 80. Aos 15 anos revelou à família sua opção sexual e conta que aceitaram sua condição, ao contrário da sociedade da época.
“Sofri muito preconceito. Apesar de hoje as pessoas estarem mais abertas, a descriminação ainda é muito grande. Tenho uma filha adotiva, de 21 anos. Ela cresceu sabendo que sou homossexual e sempre compreendeu isso”, conta Júlio Carlos.
Para Ana Paula Nascimento, de Atílio Vivácqua, o preconceito ainda é um desafio para viver em igualdade social. Ela conta que em certas ocasiões, como na busca por emprego, o motivo para não ser aceita “é na verdade a opção sexual e não a qualificação para ocupar um cargo”.

FONTE:
Jonal ES De Fato
Por: Beatriz Caliman
Acessado em 19 de agosto de 2011

 

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Deputado ataca negros e gays na TV

São Paulo – O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) afirmou, em entrevista ao programa CQC na segunda-feira à noite, na TV Bandeirantes, que seria uma “promiscuidade” um filho dele se apaixonasse por uma negra. O parlamentar também atacou as cotas raciais e os homossexuais. A cantora Preta Gil, criticada pelo parlamentar durante o programa, decidiu processá-lo. Bolsonaro ontem recuou de parte das declarações, mas voltou a provocar a cantora.
No programa, ao responder a perguntas pré-gravadas, o parlamentar disse que, se pegasse um filho fumando maconha, o torturaria. À indagação sobre a hipótese de ter um filho gay respondeu: “Isso nem passa pela minha cabeça, eu dei uma boa educação, fui pai presente, não corro esse risco.” Questionado sobre as cotas, foi contundente: “Eu não entraria em um avião pilotado por um cotista nem aceitaria ser operado por um médico cotista.”
Na sequência, o deputado foi indagado por Preta Gil, filha do compositor e ex-ministro Gilberto Gil, sobre o que ele faria se seu filho se apaixonasse por uma negra. “Ô Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco”, respondeu. “Meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambiente como, lamentavelmente, é o teu.”
“Racismo é crime! E ele assume que o é!”, escreveu a artista no Twitter, ao anunciar que processaria Bolsonaro. “Não farei somente por mim e pela minha família, que foi ofendida e caluniada por ele, mas também por todos os negros e gays deste país.”

Edição de
Acessado em 16 de agosto de 2011

DEM PÕE NEGRO COMO GAROTO-PROPAGANDA E ATACA ESQUERDA

Em uma nova inserção partidária que vai ao ar hoje, o DEM usa o depoimento de um militante negro para criticar a esquerda e tentar aproximar o partido da população pobre. No vídeo, o jovem baiano Bruno Alves diz morar na periferia e afirma: "Alguns políticos pensam que eu tenho que ser de esquerda". "A esquerda não é dona dos jovens nem da periferia", afirma Bruno na propaganda de 30 segundos.
Ele defende, em seu depoimento, bandeiras tradicionalmente associadas ao governo Lula e partidos de esquerda. Diz ser a favor das cotas "para pobres, independente (sic) da cor" e do Bolsa Família. "Mas as pessoas não podem depender dela (da bolsa) para sempre", diz. E arremata: "Eu quero mais. Quero saúde, segurança e paz".
A ideia das propagandas é, segundo o senador José Agripino Maia (RN), presidente nacional do DEM, "fixar uma posição de centro e eliminar da esquerda qualquer ideia de progressismo". Ele nega, contudo, que o partido esteja usando a raça de Bruno Alves para atacar a esquerda. "São simbologias. A esquerda se coloca como protetora de certos conceitos", afirma. "Mas (o vídeo) não está atacando a esquerda. Está fazendo uma constatação. Aquele rapaz teve uma ação. Ele é um ativista do partido que por acaso é da cor negra."
Agripino admite, entretanto, que o objetivo das inserções é retirar do DEM a pecha de direitista e elitista. "O DEM não é um partido de elite e esta é a linha que foi adotada nos programas, (Os vídeos) conceituam o partido e mostram sua atuação na oposição."
 Em outra inserção que também começa a ser exibida amanhã, o DEM mostra uma maçã podre e a compara ao governo do PT. "O Democratas é assim: fiscaliza o governo, aponta os erros, cobra responsabilidades e luta por mais transparência", diz o narrador, enquanto são exibidas manchetes de jornais com denúncias contra o PT - uma delas intitulada "Petista é preso com R$ 437 mil em notas", de 2005.
Os dois vídeos, dirigidos por José Fernandes - marqueteiro da bem sucedida campanha à reeleição de Agripino Maia ao Senado -, terminam com o slogan: "Democratas, o partido da sociedade livre e da democracia brasileira".

FONTE:  Jornal O Estado de S.Paulo - 13/08/2011

sábado, 13 de agosto de 2011

Lixão incomoda moradores de Jaciguá, em Vargem Alta

Num momento em que o assunto no planeta é a reciclagem do lixo que nós descartamos no meio ambiente, Vargem Alta é um dos muitos municípios do sul do Estado que ainda não dá a destinação adequada á toda sujeita que produz. O lixo de pouco mais de 19 mil habitantes é despejado em uma área de Jaciguá. Só que esse descarte incomoda muita gente há bastante tempo. Reclamações que a TV Gazeta Sul acompanha desde 2009.


Fonte: TV Gazeta Sul
http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2011/04/noticias/tv_gazeta/jornalismo/estv_2_edicao_sul/817811-lixao-incomoda-moradores-de-jacigua.html
Acessado em 13 de agosto de 2011

Macas viraram leito no hospital Antônio Bezerra de Farias, em Vila Velha

Os reflexos da crise no São Lucas já aparecem. No hospital Antônio Bezerra de Farias, em Vila Velha, não tem mais maca para transportar os pacientes, com a superlotação viraram leito. As equipes de socorro ficam do lado de fora, esperando com os pacientes dentro das ambulâncias.
A dona de casa Vera  Lúcia Sacht tem uma filha no corredor do hospital. Ela viu de perto os absurdos que acontecem lá dentro.
A situação é tão grave que, em muitas ambulâncias, os pacientes ficam no chão. Sem poder remover os pacientes com segurança os enfermeiros e socorristas ficam na calçada à espera da maca e quando alguma surge é muita disputada.
Procuramos o Conselho Regional de Medicina (CRM) e eles ainda não receberam a denúncia dos médicos e só vão falar depois que forem oficialmente comunicados. 
Normalmente a gente não tem autorização para entrar dentro do hospital, mas filmamos pelo menos a recepção. Desta vez nem isso podemos fazer, a direção do hospital mandou formar um paredão de seguranças na porta do hospital.
São Lucas
Na noite deste domingo (27), por volta das 21h45, os médicos plantonistas fizeram um boletim de ocorrência porque o local estava superlotado. O presidente do Sindicato dos Médicos, doutor Otto Baptista, fez imagens dos corredores e o que se via eram macas com pacientes no chão.
Nesta segunda-feira (28), 113 pacientes estão nos corredores do São Lucas. No hospital, paciente em estado grave, que deveria estar na UTI, era atendido na sala de emergência, de maneira improvisada. Segundo o presidente do sindicato, uma pessoa morreu a espera de vaga UTI neste final de semana.
A Secretaria de Estado da Saúde informou que disponibilizará vagas em hospitais filantrópicos e na rede particular. Tentamos contato com a direção do hospital São Lucas, mas ninguém atendeu ao telefone. Mesmo diante da gravidade da situação ninguém da Sesa se dispôs a gravar entrevista.
Por nota, a direção do São Lucas disse que os atendimentos de urgência e emergência continuam sendo realizados e na tentativa de diminuir a superlotação, a Secretaria de Saúde está transferindo pacientes do São Lucas para outros hospitais.
Fonte:http://gazetaonline.globo.com/
Acessado em 13 de agosto de 2011

Médico chinês retira pontos de paciente que não podia pagar por operação

Um médico da cidade chinesa de Wuhan decidiu retirar os pontos de um homem que tinha acabado de ser operado na mão, depois que este declarou que não tinha como pagar a cirurgia, informou nesta segunda-feira o jornal "Global Times".
O médico operou a mão do paciente, um imigrante de 20 anos chamado Xiao Zeng, que feriu seu polegar ao lavar os pratos de um restaurante.
A operação durou 50 minutos e, em seguida, os médicos cobraram do paciente 1.830 iuanes (US$ 280 dólares).
Xiao Zeng não tinha dinheiro para pagar e o amigo que o levou ao hospital dispunha de apenas 1 mil iuanes (US$ 155), por isso o médico resolveu tirar os pontos que tinha dado na mão do paciente.
Apesar de a saúde não ser gratuita na China, o caso de Xiao Zeng chamou a atenção da imprensa e causou polêmica, levando o médico a ser temporariamente suspenso de seu emprego.

Fonte:http://gazetaonline.globo.com/
Acessado em 13 de agosto de 2011

Miséria condena mais de 5 milhões de crianças negras no Brasil

A chamada “primeira infância” pelos especialistas é um período fundamental para o aprendizado, porém, no Brasil, está sendo comprometida pela miséria. De acordo com dados divulgados pelo Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância (Ciespi), 10 milhões de crianças até seis anos encontram-se em condição social abaixo da linha de pobreza. Pelo menos metade desses meninos e meninas é negra.
Os pequenos brasileiros de raças preta e parda correspondem a 60% do total das crianças na faixa etária pesquisada e pertencem a famílias com renda per capita inferior a R$ 6,80 por dia, conforme valores de 2009. Por essas condições, essas crianças podem ter comprometidos seu desenvolvimento físico e até psiquiátrico. As informações foram enviadas pelo Ciespi ao Governo Federal para servir de base ao Plano Nacional pela Primeira Infância, instrumento que estabelece as medidas a serem adotadas até o ano 2023, visando o desenvolvimento adequado de crianças de 0 a 6 anos.
VULNERABILIDADE – De acordo com Irene Rizzini, diretora do Ciespi, os seis primeiros anos de vida são muito delicados. “As crianças são mais frágeis e precisam de uma proteção especial da família. As experiências dessa fase da vida influenciam, para sempre, a pessoa e sua relação com quem a rodeia”, explica. Irene reforça que esse período demanda segurança, acolhimento e estímulo às potencialidades.
O estudo destaca ainda que 46% da população infantil urbana vivem em lugares sem saneamento básico e que, 95% da rural, moram em casas onde o abastecimento de água e a coleta de esgoto não existem ou são precários. Por isso, Irene defende que pais e gestores públicos se comprometam a proporcionar ambientes que estimulem a primeira infância. “O caminho para eliminar a desigualdade no país depende de como vivem nossas crianças”, resume.

Fontes: Hoje em Dia e R7
Por Daiane Souza

Mulheres e negros têm menos acesso a transplantes de órgãos

Pesquisa recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que ser mulher e ser negro, no Brasil, pode diminuir ainda mais as possibilidades de tratamento eficaz na rede pública de saúde. Estudo inédito sobre transplantes de órgãos sólidos (como coração, fígado, rim, pâncreas e pulmão) mostra que a maioria dos transplantados no Brasil são homens da cor branca.
A pesquisa Desigualdade de Transplantes de Órgãos no Brasil: Análise do Perfil dos Receptores por Sexo, Raça ou Cor aponta que a cada quatro receptores de coração, três são homens, e 56% dos transplantados têm a cor da pele branca. No transplante de fígado, 63% dos receptores são homens e de cada dez pessoas que recebem o órgão, oito são brancas.
A maioria de receptores de pulmão também é formada por homens (65%) e pessoas brancas (77%). No transplante de rim, os homens também são maioria (61%) e 69% dos atendidos são brancos. Homens e mulheres são igualmente atendidos nos transplantes de pâncreas, mas 93% dos transplantados são brancos.
DESIGUALDADE – Para Alexandre Marinho, da diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea e um dos autores da pesquisa, “o trabalho revela que há desigualdade no recebimento dos órgãos, o que não deveria ocorrer, já que o acesso à saúde é um direito universal”.
Os pesquisadores analisaram dados de 1995 a 2004, fornecidos pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). Marinho explica ainda que as causas da diferença entre brancos e negros não foram o foco do estudo, mas acredita-se que as condições socioeconômicas tenham influência no momento da escolha do paciente.
DESCASO – A Constituição Federal determina que a saúde é um direito de todos os brasileiros e um dever do Estado. Mesmo com os avanços obtidos através da instalação de diversos dispositivos legais, é inegável que brancos, negros, indígenas e pardos ocupam posições diferentes na sociedade e, consequentemente, vivem experiências diferentes ao recorrer à rede médica.
Confira abaixo alguns dados que demonstram a desigualdade no atendimento recebido por negros e negras no Brasil:
• Dados de 2008 divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad-IBGE) revelaram que 40,9% das mulheres pretas e pardas acima de 40 anos de idade jamais haviam realizado mamografia, contra 26,4% das brancas na mesma situação;
• Das mulheres acima de 25 anos, 37,5% das negras e, 22,9% das brancas jamais haviam realizado exame clínico de mamas. No mesmo intervalo etário, 18,1% das pretas e pardas e 13,2% das brancas nunca se submeteram ao exame Papanicolau (exame ginecológico preventivo);
• De acordo com o relatório Saúde Brasil 2005: uma análise da situação de saúde, o risco de uma criança preta ou parda morrer antes dos 5 anos por causas infecciosas e parasitárias é 60% maior do que o de uma criança branca;
• Também o risco de morte por desnutrição apresenta diferenças alarmantes, sendo 90% maior entre crianças pretas e pardas do que entre brancas;
• De acordo com a PNAD de 2006, a realização de exames clínicos de mamas durante uma consulta ginecológica é menos frequente em mulheres negras do que em mulheres brancas;
• No período de 2007 a 2009 o risco de uma mulher negra entre 10 e 29 anos de idade morrer por câncer de colo de útero foi 20% maior que aquele apresentado para uma mulher branca na mesma faixa etária.

Fonte: Jornal A Tarde
Por: Joceline Gomes
Acessado em 13 de agosto de 2011

A desnutrição na Somália: uma questão de saúde pública

Criança toma leite deitado em um berço de um hospital em Mogadício, na Somália. A crise de fome que assola o país já matou milhares de crianças

Fome no 'Chifre da África' ameaça
3,7 milhões de pessoas, segundo a ONU

Organização prevê que a crise deve piorar no final do ano

Nesta quarta-feira (10), funcionários da ONU fizeram um alerta assustador. Uma em cada dez crianças menores de cinco anos morre a cada 77 dias na Somália devido à fome, fato que devido ao rápido aumento dificulta a ação de organizações humanitárias.
Quase a metade da população, cerca de 3,7 milhões de pessoas, estão atualmente ameaçadas pela fome, disse o representante especial da ONU para a Somália, Augustine Mahiga, diante do Conselho de Segurança do órgão.
No total, mais de 12 milhões de pessoas são afetadas pela fome no leste da África, segundo a ONU.
Treze crianças de cada 10 mil menores de cinco anos morrem a cada dia devido à fome, informou.
- Isso significa que 10% das crianças menores de cinco anos morrem a cada 11 semanas. Essas cifras são terríveis.
A ONU pediu uma ajuda de R$ 1,6 bilhão (1 bilhão de dólares) para a Somália, mas Catherine Bragg, subsecretária-geral para Assuntos Humanitários das Nações Unidas, disse que conseguiu menos da metade dessa quantidade. O Conselho de Segurança advertiu também que a região ainda não está no pico da crise, as coisas podem piorar.
Desnutrição
A ONU prevê ainda, que a crise de fome deve piorar e que está para acontecer uma deterioração ainda maior pelos altos níveis de desnutrição aguda e mortandade, assim como pelo aumento do preço do cereal e uma temporada de colheita de pouca chuva.
Na África, pelo menos 3,2 milhões de pessoas que necessitam de ajuda imediata não morrer.
A diplomata Catherine indicou também que a ONU e seus membros continuam negociando com autoridades locais e comunidades das regiões dos países afetados no "Chifre da África", controladas pela milícia fundamentalista islâmica Al Shabab, vinculada à rede terrorista Al Qaeda, para levar a ajuda humanitária necessária às zonas mais afetadas.
Crescimento da crise
Após o relatório de Catherine e Mahiga ao Conselho de Segurança, seus membros mantiveram consultas a portas fechadas. A embaixadora dos Estados Unidos perante a ONU, Susan Rice, afirmou que todos estão "muito preocupados com a rápida deterioração da situação na Somália" e pediu "o máximo apoio da comunidade internacional" ao país.
Susan reconheceu também que o quadro é grave em todo o "Chifre da África", e lamentou que se desconheçam os verdadeiros detalhes da pobreza em que vivem os habitantes da Eritréia, cujas autoridades mantêm o país isolado.
- Estamos muito preocupados. Achamos que há também uma situação de crise de fome na Eritréia, mas as autoridades vetaram seu território às agências da ONU e Às ONGs , por isso que o país é um buraco negro.

Acessado em 13 de agosto de 2011

Vigilância em Saúde Pública

A epidemiologia é uma disciplina básica da saúde pública voltada para a compreensão do processo saúde-doença no âmbito de populações, aspecto que a diferencia da clínica, que tem por objetivo o estudo desse mesmo processo, mas em termos individuais.
Como ciência, a epidemiologia fundamenta-se no raciocínio causal; já como disciplina da saúde pública, preocupa-se com o desenvolvimento de estratégias para as ações voltadas para a proteção e promoção da saúde da comunidade.
A epidemiologia constitui também instrumento para o desenvolvimento de políticas no setor da saúde. Sua aplicação neste caso deve levar em conta o conhecimento disponível, adequando-o às realidades locais.
Se quisermos delimitar conceitualmente a epidemiologia, encontraremos várias definições; uma delas, bem ampla e que nos dá uma boa idéia de sua abrangência e aplicação em saúde pública, é a seguinte:
"Epidemiologia é o estudo da freqüência, da distribuição e dos determinantes dos estados ou eventos relacionados à saúde em específicas populações e a aplicação desses estudos no controle dos problemas de saúde." (J. Last, 1995)
Essa definição de epidemiologia inclui uma série de termos que refletem alguns princípios da disciplina que merecem ser destacados (CDC, Principles, 1992):
  • Estudo: a epidemiologia como disciplina básica da saúde pública tem seus fundamentos no método científico.
  • Freqüência e distribuição: a epidemiologia preocupa-se com a freqüência e o padrão dos eventos relacionados com o processo saúde-doença na população. A freqüência inclui não só o número desses eventos, mas também as taxas ou riscos de doença nessa população. O conhecimento das taxas constitui ponto de fundamental importância para o epidemiologista, uma vez que permite comparações válidas entre diferentes populações. O padrão de ocorrência dos eventos relacionados ao processo saúde-doença diz respeito à distribuição desses eventos segundo características: do tempo (tendência num período, variação sazonal, etc.), do lugar (distribuição geográfica, distribuição urbano-rural, etc.) e da pessoa (sexo, idade, profissão, etnia, etc.).
  • Determinantes: uma das questões centrais da epidemiologia é a busca da causa e dos fatores que influenciam a ocorrência dos eventos relacionados ao processo saúde-doença. Com esse objetivo, a epidemiologia descreve a freqüência e distribuição desses eventos e compara sua ocorrência em diferentes grupos populacionais com distintas características demográficas, genéticas, imunológicas, comportamentais, de exposição ao ambiente e outros fatores, assim chamados fatores de risco. Em condições ideais, os achados epidemiológicos oferecem evidências suficientes para a implementação de medidas de prevenção e controle.
  • Estados ou eventos relacionados à saúde: originalmente, a epidemiologia preocupava-se com epidemias de doenças infecciosas. No entanto, sua abrangência ampliou-se e, atualmente, sua área de atuação estende-se a todos os agravos à saúde.
  • Específicas populações: como já foi salientado, a epidemiologia preocupa-se com a saúde coletiva de grupos de indivíduos que vivem numa comunidade ou área.
  • Aplicação: a epidemiologia, como disciplina da saúde pública, é mais que o estudo a respeito de um assunto, uma vez que ela oferece subsídios para a implementação de ações dirigidas à prevenção e ao controle. Portanto, ela não é somente uma ciência, mas também um instrumento.
Boa parte do desenvolvimento da epidemiologia como ciência teve por objetivo final a melhoria das condições de saúde da população humana, o que demonstra o vínculo indissociável da pesquisa epidemiológica com o aprimoramento da assistência integral à saúde.

Fonte: http://www.saude.sc.gov.br/

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

No ranking de 191 países o Brasil está em 125º lugar, mesmo com os inúmeros projetos e campanhas em andamento

A saúde é considerada, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como uma condição de bem-estar físico, psíquico e social. A promoção da saúde depende das condições de habitação, lazer, salário, água, esgoto e uma série de outros requisitos e ações. No Brasil, esse problema está relacionado a um desenvolvimento urbano equivocado e ao problema da distribuição de renda, que é uma das piores do mundo.

Adib Jatene, ex-secretário de Saúde do estado de São Paulo e ministro da Saúde por duas vezes - durante o governo Collor e no primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso, opina que “apesar dos problemas, é preciso reconhecer que o setor de saúde se organizou no Brasil. Não tenho dúvida ao dizer que talvez seja o único do país com políticas públicas absolutamente claras e estabelecidas. O problema da saúde no país não é a ausência de recursos de alta tecnologia ou profissionais competentes, porque isso nós temos. O nosso desafio é oferecer o acesso à saúde principalmente às populações de baixa renda”.

Jatene levanta a questão a respeito de que os profissionais de saúde não moram onde vive a grande massa da população que necessita deles, enfatizando: “por quê? porque tivemos um desenvolvimento urbano equivocado, e então não existe diversificação profissional e social, principalmente na periferia das grandes áreas metropolitanas. É por isso que uma cidade do interior é muito melhor que a periferia das grandes cidades, pois lá existe diversificação profissional e social”.

A OMS, tendo como base a qualidade da saúde pública oferecida aos seus cidadãos, classificou o Brasil em 125º lugar no ranking mundial entre 191 países. Nessa lista, o País perde até para a Bósnia e Líbano e se iguala ao Egito. Esta realidade é diariamente comprovada pelas filas dos ambulatórios e hospitais públicos nas quais se acotovelam os que precisam de cuidados médicos.

FONTE:
http://cidadesdobrasil.com.br/