Componentes: Néia Gava Rocha, Camila Maria Juffu Lorenzoni, Rita de Cassia Scaramussa, Amanda Deprá Nicoli, Deize Maria Scaramussa de Mattos e Maria da Penha Menassa Panetto

Atividades dos blogueiros:

Rita de Cássia e Camila M. J. Lorenzoni - aplicação dos conteúdos.

Deize e Maria da Penha - pesquisas bibliográficas.

Néia - layout da página, busca por figuras e funcionalidade.

Amanda - exemplos que demonstram a aplicação dos conceitos trabalhados na unidade.




sexta-feira, 30 de setembro de 2011

As exigências na hora de adotar

O Bom Dia Brasil de hoje (30/09/2011), exibido pela Rede Globo, apresentou uma matéria que merece destaque em nosso blog. Trata-se da adoção.
A matéria falava sobre as crianças que são adotadas e, muitas delas, são “devolvidas” às casas de adoção por não atenderem aos desejos das famílias.
No entanto, um dos casos chamava a atenção: as famílias são muito exigentes ao preencherem o formulário para entrarem na fila de adoção. E uma dessas exigências é a cor. Isso mesmo. A maioria das famílias exige que a criança seja branca.
Trata-se de um caso que, além de revoltar, mostra que a sociedade é extremamente racista. E que a questão racial ainda é visto como empecilho para que o negro conquiste um espaço na sociedade.

Por Néia Gava Rocha
Fonte: Jornal Bom Dia Brasil, exibido pela Rede Globo, no dia 30 de setembro de 2011.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A saúde da mulher negra

Saiba quais são as doenças que mais acometem a população feminina e veja como se cuidar
Quando se toca no tema saúde da mulher negra, é fundamental levar em consideração as questões relativas à raça. Por esse motivo, a Área Técnica de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde incluiu, nas Diretrizes e no Plano de Ação 2004-2007 da Política Nacional para Atenção Integral à Saúde da Mulher, metas e ações relativas às negras. E mais: as Áreas técnicas Saúde da Mulher e da Criança incorporaram em suas ações estratégicas a necessidade de oferecer atenção especial às mulheres negras e recém-nascidos negros, respeitando suas singularidades culturais e, sobretudo, atentando para as especificidades no perfil de morbimortalidade. A partir de dados estatísticos e científicos, o Ministério da Saúde relacionou as principais doenças que podem acometer a negra que, segundo o Censo de 2000, somam 36 milhões de mulheres. Confira e saiba como evitá-las!
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Na população negra, a pressão alta é mais freqüente. Começa mais cedo que nos indivíduos brancos e apresenta uma evolução mais grave. No Brasil, as síndromes causadas pela hipertensão são a principal causa de morte materna, representando um terço dos óbitos. E mais: estudos revelam que a taxa de mortalidade por síndromes hipertensivas nas negras é quase seis vezes maior do que nas brancas.

Embora seja uma doença crônica e sem cura, a pressão alta é perfeitamente controlável e pode ser prevenida. A gestante deve, por exemplo, ter sua pressão ar-terial verificada nas consultas de pré-natal, receber informação sobre como manter um estilo de vida saudável e, se necessário, tomar remédios prescritos pelo médico.
DIABETES MELLITUS - TIPO II
As negras têm 50% a mais de chances de desenvolver diabetes que as brancas. Além disso, existe um agravante: no diabético a ocorrência de hipertensão arterial é duas vezes maior que na população geral. Portanto, as mulheres diabéticas estão mais expostas à gravidez de alto risco. Mas, assim como a pressão alta, a diabetes, apesar de crônica e não ter cura, pode ser controlada com a adoção de hábitos saudá-veis e medicação prescrita pelo médico, quando houver necessidade.
ANEMIA FALCIFORME
Essa é a doença genética mais comum do Brasil. Apresenta maior prevalência na população negra e tem alto índice de mortalidade. Os especialistas alertam que a melhor estratégia para atender quem tem anemia falciforme é o diagnóstico e o cuidado precoce.
A do-ença falciforme não é contra-indicação para a gravidez, porém, tendo em mente os riscos, a mulher deve ser acompanhada por serviços especializados e receber atenção qualificada e humanizada do Mi-nistério da Saúde. Os recém-nascidos, por sua vez, precisam ser subme-tidos à triagem neonatal, atentando especialmente para a anemia falciforme, e dispor de serviço para atenção precoce aos portadores dessa doença.
MORTE MATERNA EM MULHERES NEGRAS
Quando se fala em morte materna é importante dizer, primeiramente, que se refere aos óbitos que ocorrem durante a gravidez, no parto ou até 42 dias após o término da gestação. No caso das negras, vale ressaltar que as principais razões estão ligadas à predisposição biológica para certas doenças, como a hipertensão arterial e a diabetes, fatores relacionados à dificuldade de acesso e à falta de ações e capacitação de profissionais de saúde voltadas para os riscos específicos da raça.
Como o SUS pode acolher e atender com qualidade gestantes e recém-nascidos negros
- Ações educativas - a gestante deve ser orientada sobre os riscos, como identificar precocemente os sin¬tomas e os cuidados necessários na hipertensão arterial e diabetes mellitus. É preciso enfatizar também a necessidade da triagem neonatal, que inclui o diagnóstico da ane¬mia falciforme.
- Sensibilização e capacitação de pro¬fissionais de saúde - incluir conteúdos sobre diferenciais étnico/raciais nas condições de vida e na saúde da população nas capacitações de profissionais da rede básica e dos serviços de referên¬cia e das maternidades.
- "Quesito cor" nos documentos e siste¬mas de informação do SUS - incluir a informação sobre a cor nos sistemas de informação e nos documentos do SUS.
- Pré-natal - é fun¬damental garantir que seja aferida a pressão arterial de todas as gestantes em todas as consultas de pré-natal. Caso haja qualquer alteração nos níveis de pressão das gestantes negras, é necessário dar atenção especial com o devido acompanhamento e encaminhamento para serviços de alto-risco. Atentar também para resultados de glicemia, garantindo a realização de todos os exames de rotina.


Fonte: http://racabrasil.uol.com.br/Edicoes/111/artigo52408-1.asp
Acessado em 29 de setembro de 2011, por Néia Gava Rocha

Vídeo: Evolução da mulher no século XXI

O vídeo apresenta a gradual evolução da mulher na sociedade, exemplificando os avanços sociais, econômicos e jurídicos alcançados no decorrer do tempo.


Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=klzmWXnMK1w
Acessado em 29 de setembro de 2011, por Amanda Deprá Nicoli

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Apresentação de conceitos através de fichamento



FICHAMENTO

ALUNA CURSISTA: Ana Ester dos Santos
Unidade: 3-Desigualdade de Gênero no Brasil
Módulo: 2 –Políticas Públicas e Gênero
   
   Nessa unidade foi abordado o tema:Desigualdade de Gênero no Brasil.No decorrer da leitura dos textos, entendi que no século XX as mulheres lutaram muito pela igualdade de gênero,isso colaborou para que houvesse muitas transformações econômicas,sociais e demográficas,o que reduziu as desigualdades entre mulheres e homens.Porém essa redução não se deu totalmente, já que nos deparamos a cada dia com essa diferenças presentes na sociedade.
   É evidente a ascensão das mulheres em vários setores sociais e um enfraquecimnto masculino,mas quando se trata de salários,as mulheres ainda estão em desvantagens, se forem negras,a situação piora ainda mais,o que acaba desestimulando-as financeiramente e  contribuindo para o grande aumento do desemprego.
  As desigualdades de gênero não param,elas acabam exercendo influência sobre as mulheres,o que por um lado é bom,porque diante delas o sexo feminino passou a lutar e conhecer seu direitos e  em decorrência disso,elas já são a maioria no quesito voto,todavia sua presença nos três poderes da política,ainda é pequena em relação aos homens.
   Em se tratando de empregos públicos,as mulheres também lideram,mas exercem cargos superiores de forma gradativa e lenta.
    As conquistas femininas foram de suma importância para a auto confiança,defesa de direitos e controle de relações sociais e pessoais das mulheres brasileiras.Porém, vale ressaltar que com todas essas conquistas,há uma que ainda não aconteceu totalmente:a não violência.Muito se fala de denúncia de maus tratos ou violência de todos os aspectos:sociais,intelectuais,de raça,gênero.Mas ela está presente no dia a dia e cada vez mais camuflada.Muitas mulheres sofrem passam ou passaram por isso e, por medo ou vergonha,deixam de denunciar,o que aumenta a impunidade dos agressores.
   Após a leitura da unidade ressaltarei alguns conceitos que merecem ser comentados.
  PBF-(Programa de Bolsa Família)-Plano do governo que muito colaborou para a autonomia das mulheres,visto que as colocou como responsável para receber o benefício.
   Desmercantilização-Constitui a mudança das mulheres do mercado de trabalho remunerado para para os afazeres domésticos somente. Esse fator contribuiu para a desvalorização das mulheres financeiramente.
   Afazeres domésticos- são atividades de casa que não são vistas como trabalho.Será que  se fossem realizadas somente pelos homens,também não seriam consideradas trabalhos?
  Empoderamento das mulheres-Denota um grande ganho das mulheres em relação à defesa de seus direitos,ampliação de autoconfiança e autoestima.
   Movimento sufragista-Foi responsável pela mobilização feita para a conquista do direito feminino de exercer sua cidadania através do voto,conseqüência disso  é visível pelo grande número de eleitoras no Brasil.
 Acredito que o texto em estudo problematiza várias situações que diz respeito a toda sociedade,por isso todos temos o dever de fazer valer o nosso direito enquanto cidadãos:lutar pela desigualdade de gênero.Eu,enquanto professora,formadora de opiniões,preciso estar revendo a cada dia,minha prática educativa,procurando realizar trabalhos que focalizem a valorização dos gêneros.Tentar conscientizá-los de que a violência,discriminação e preconceito produzem efeitos negativos à sociedade e deixam o povo brasileiro mau visto perante a outros países.Precisamos reverter urgentemente essa situação, implantando políticas contra  discriminação de gênero,principalmente em relação a salário e política, e que punam com mais rigor o descumprimento  de leis que regularizam essas implantações.

Referências Bibliográficas
Políticas públicas e gênero. In: Curso de formação em gestão de políticas públicas em gênero e raça/ GPP-GeR, Módulo ||, unidade II. 

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Participação feminina na Política

Mais cedo, ela defendeu coordenação entre políticas de saúde e sociais.
Na quarta (21), presidente fará discurso de abertura da Assembleia Geral.


Em sua segunda atividade em uma série de compromissos na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, a presidente Dilma Rousseff destacou, na tarde desta segunda-feira (19), durante discurso sobre a participação das mulheres na política, que tem se empenhado para "aumentar a participação feminina nas instâncias decisórias". Ela participou do Colóquio de Alto Nível sobre Participação Política de Mulheres.
Ela destacou a composição ministerial de seu governo. "Tenho me esforçado para ampliar a contribuição feminina nos espaços decisórios. Dez ministérios do meu governo são comandados por mulheres. Em especial, quero enfatizar que o núcleo central do meu governo é constituído por mulheres ministras", afirmou, mas ressalvou que, no país, "ainda há muito a ser feito". "Fui eleita a primeira mulher presidente do Brasil 121 anos depois da proclamação da República e 68 anos depois da conquista do voto feminino. Somos 58% dos eleitores, mas apenas 10% do Congresso Nacional."
Em seu discurso, afirmou que a questão de gênero está "longe de ser um tema acessório", mas uma "prioridade na agenda internacional". "São as mulheres as que mais sofrem com a pobreza, o analfabetismo, as falhas dos sistemas de saúde, os conflitos e a violência sexual. A crise econômica e as respostas equivocadas a ela podem agravar esse cenário."
Ao lado da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e da diretora-executiva da ONU Mulher (entidade que defende a igualdade de gêneros), Michelle Bachelet, a presidente da República destacou sua participação, na próxima quarta-feira, no discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU. "Depois de amanhã, serei a primeira mulher nos debates da Assembleia Geral das Nações Unidas. Gostaria de compartilhar esta honra com todas as mulheres que estão aqui presentes, em especial com a secretária Michelle Bachelet, primeira mulher na América do Sul a ser eleita presidente do seu país".
Também elogiou a criação da ONU Mulher e disse que a questão de gênero é uma prioridade da agenda interna. No discurso, citou a criação da Secretaria de Políticas para as Mulheres "para incorporar a perspectiva de gênero em todas as políticas públicas" e reafirmou medidas de auxílio às mulheres na área da saúde, mencionadas em sua fala pela manhã.
Segundo Dilma, a existência de conflitos armados vitimam cada vez mais as mulheres e crianças. Ela citou iniciativas tomadas no Brasil para a proteção das mulheres tais como a criação de delegacias especializadas e a aprovação da Lei Maria da Penha.
"As mulheres são especialmente interessadas na construção de um mundo mais pacífico e seguro. Quem gera a vida não aceita a violência como meio de solução de conflitos. Por isso devemos nos engajar na reforma da governança global, para que a comunidade internacional tenha mecanismos mais representativos e eficazes."
Acessado em 19 de setembro de 2011


Dilma diz que tem orgulho de ser primeira mulher a abrir assembleia da ONU

O jornal Gazeta online, de 19 de setembro de 2011, publicou  matéria referente à mulher no poder político. Neste caso, a presidente do Brasil, Dilma, mostra o seu orgulho em ser a primeira mulher a governar um país e, mais, a ser a primeira mulher a abrir assembleia na ONU. Segue a matéria:
Dilma comentou também o anúncio de ampliação da meta do governo de creches e pré-escolas

Ao comentar sua participação na 66ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a  presidenta Dilma Rousseff disse hoje (19) que vai falar sobre temas importantes como a transparência nas ações do governo, o combate a doenças crônicas no país e a crise econômica mundial.
"Tenho muito orgulho de ser a primeira mulher, uma mulher brasileira, a abrir a Assembleia Geral da ONU", ressaltou em seu programa semanal de rádio Café com a Presidenta. "O Brasil tem muito a mostrar em cada um desses temas", completou.
Dilma comentou também o anúncio de ampliação da meta do governo de creches e pré-escolas a serem entregues em todo o país até 2014 - de 6 mil para 6,4 mil.
"Essas unidades escolares estão sendo chamadas de supercreches, porque elas reúnem a creche e a pré-escola em prédios muito bem construídos, capazes de oferecer uma educação de muita qualidade às nossas crianças", explicou.
A presidenta falou ainda sobre a construção de 6,6 mil quadras esportivas escolares e a cobertura de 5 mil unidades até 2014. Segundo Dilma, mais de 8 milhões de alunos do ensino fundamental e do ensino médio serão beneficiados pelas medidas.
"O esporte é um estímulo para que as crianças permaneçam na escola por mais tempo. É, muitas vezes, uma maneira de tirar a criança da rua, sobretudo, nas regiões mais carentes", concluiu.

Acessado em 19 de setembro de 2011
Postado e comentado no blog por Néia Gava Rocha

domingo, 18 de setembro de 2011

ES é o primeiro estado a repactuar o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher

O Espírito Santo é o primeiro estado a repactuar o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher. A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), Iriny Lopes, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, o presidente do Tribunal de Justiça (TJES), desembargador Manoel Alves Rabelo, e o procurador-geral de Justiça do Ministério Público (MPES), Fernando Zardini, assinam nesta sexta-feira (16/9), no Palácio Anchieta, a partir das 9h, o acordo de cooperação federativa para a implantação do Pacto Nacional. Neste caso, o compromisso do TJES e do MPES significa mais celeridade nos julgamento dos processos de violência doméstica e a construção de mais Varas e Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. Na mesma ocasião, os governos federal e estadual também assinam um acordo para a promoção da autonomia econômica das mulheres.
Os recursos da SPM para o estado são da ordem de R$ 3.327.465,11. Desse total, R$ 1.905.000,00 são destinados ao Pacto Estadual de Enfrentamento à Violência contra a Mulher e R$ 1.422.465,00, aos municípios e à capital para desenvolverem ações relativas à autonomia econômica das mulheres.
Segundo o Mapa da Violência de 2011, do Ministério da Justiça e do Instituto Sangari, o Espírito Santo é o estado campeão em homicídios. No período compreendido entre 1998 e 2008, a taxa de homicídios femininos é de 10,9 em cada grupo de 100 mil habitantes. No ano de 2010, o ES também lidera o ranking.
Como o Pacto tem a duração de quatro anos (2007 – 2011), a repactuação é importante para a reafirmação da política de enfrentamento à violência contra as mulheres. Nessa nova etapa, os eixos foram modificados e ampliados de quatro para cinco. São eles: garantia da aplicabilidade da Lei Maria da Penha; ampliação e fortalecimento da rede de serviços para mulheres em situação de violência, combate à exploração sexual e ao tráfico de mulheres; garantia da segurança cidadã e acesso à justiça; garantia dos direitos sexuais reprodutivos, combate à exploração sexual e ao tráfico de mulheres; e garantia da autonomia das mulheres em situação de violência e de seus direitos.
A repactuação tem como metas a ampliação da Rede de Atendimento à Mulher em Situação de Violência no estado em quatro vezes, com o objetivo de capilarizar o enfrentamento à violência no ES; e a incidência sobre a diminuição de homicídios e violência sexual. Atualmente, a rede no Espírito Santo conta com 30 serviços (6 Centros de Referência; 3 serviços de abrigamento; 10 Deams; 3 serviços de saúde; 3 Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; 1 Promotoria Especializada; 1 Defensoria Especializada; e 4 Organismos de Políticas para as Mulheres).
Dados do Espírito Santo – Dados do VIVA (Vigilâncias de Violência e Acidentes do Ministério da Saúde) - que envolvem os registros dos serviços hospitalares dos municípios de Vitória, Serra, Colatina, Linhares, São Mateus, Cachoeiro de Itapemirim -, apontam que 29,2% dos atendimentos são mulheres nas faixas etárias de 20 a 29 anos seguido de 22,4% de 30 a 39 anos. Entre os eventos violentos predominam agressões e espancamentos com 81,8% dos casos, ameaças verbais e agressões psicológicas com 40,2%. Nas denuncias realizadas no disque 180, o ES é o oitavo em ligações recebidas.
Segundo dados das Delegacias da Mulher do Espírito Santo a mulher só busca a delegacia em uma situação limite, quando a sua vida e a de seus filhos estão em perigo. Os quesitos agressão física e ameaça de morte totalizam 65,3% das ocorrências realizadas pelas Deams.

FONTE: http://www.sepm.gov.br/
Acessado em 18 de setembro de 2011

Pesquisa: a mulher na política de Vargem Alta


Em pesquisa realizada no município de Vargem Alta, nota-se que uma minoria de mulheres ocupa uma posição de destaque no meio político.Isso porque na Câmara Municipal de Vereadores há, apenas, uma mulher representando o gênero feminino na política interativa, com o poder de decisões.
Já no grupo de secretariado da Prefeitura Municipal, dos onze responsáveis por pastas, há apenas uma mulher, a qual responde pela Secretaria Municipal de Assistência Social.
Em relação à participação em grupos partidários, de todos os grupos existentes no município, nenhum deles é presidido por uma mulher. Nestes partidos, há muitas mulheres integrantes, porém, nenhuma com voz de liderança.
A presença em grande número de mulheres se dá na área da educação, na qual (que também é chefiada por um homem) há muitas professoras, pedagogas, diretoras, coordenadoras.
O que se nota é que a equidade de gênero ainda não é uma realidade neste município. Mas certamente é o momento de se agir para que a mulher tenha uma posição de decisão no meio político desta cidade e conquiste o seu direito de igualdade de gênero perante a sociedade.


Por Néia Gava Rocha
Postado em 18 de setembro de 2011
Fonte da pesquisa :www.vargemalta.es.gov.br

A luta pela equidade de gênero no mercado de trabalho


MULHERES MÉDICAS: UMA HISTÓRIA DE LUTA 

No Dia Internacional da Mulher a ABMM lança o livro “A História da Associação Brasileira de Mulheres Médicas” num evento promovido pela Associação Paulista de Medicina ,no dia 8 de março, a partir das 20:30h.
O livro começa com a dura trajetória das mulheres que sonhavam em ser médicas e viviam os preconceitos da época. Até o final do século XIX a medicina só podia ser exercida por homens porque o acesso das mulheres à universidade era proibido.
A liberação dos estudos para as mulheres se deu lentamente a partir de 1850, quando foi fundada na Philadelphia a primeira escola médica para mulheres, “The Female Medical College of Pensylvania”.
No Brasil somente em 1879 D. Pedro II colocou a carreira médica ao alcance da mulher, através da reforma Leôncio de Carvalho (decreto 7.247 de 19 de Abril de 1879), que autorizava a matrícula das mulheres nas escolas superiores.
A obra é resultado de uma iniciativa da diretoria, da presidente da regional de São Paulo Dra. Jocelyne Levy Rosenberg e da presidente da ABMM nacional Dra Francy Reis da Silva Patrício que idealizaram um livro com a colaboração da escritora Sandra Saruê que organizou os depoimentos para contar a História da Associação através da voz de suas próprias fundadoras.
O livro reúne depoimentos das mulheres que ilustram a participação da ABMM em suas carreiras médicas, familiares e narram as dificuldades que tiveram, os estudos nas faculdades, as adversidades, as oportunidades, a união e o apoio da Associação nos momentos difíceis. “De fato são poucas mulheres que relataram suas vidas para este livro, tendo em vista um universo tão amplo de pioneiras da Associação” declara Dra. Jocelyne.
No dia do lançamento a APM irá homenagear pelo trabalho realizado na área médica a Dra. Emília Inoue Sato, professora titular de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina, e dra. Silvia Brandalise, presidente do Centro Infantil Boldrini, especializado no tratamento de crianças com câncer e outras doenças sangüíneas.
História da ABMM
Em meio a um cenário de profundas transformações no país na década de 60 foi fundada a Associação Brasileira de Mulheres Médicas, a ABMM brasileira, no dia 16 de novembro de 1960, na cidade do Rio de Janeiro com fundadoras espalhadas pelo Brasil, principalmente no Rio, Paraná e São Paulo.
Os objetivos iniciais da ABMM brasileira, ligada à Medical Women’s International Association (MWIA), eram promover o encontro e a amizade entre as médicas, o intercâmbio científico, o estudo de problemas de saúde da comunidade em geral, o auxílio mútuo para a resolução de problemas inerentes à condição de médica, mãe de família e dona de casa.

Publicado em
Acessado no dia 18 de setembro de 2011, por Camila M. J. Lorenzoni

Vídeo: Lei Maria da Penha

O vídeo apresenta a Lei Maria da Penha de forma comentada e ilustrada, o que facilita o seu entendimento.

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=NUl-r_EWTu8&feature=related

Acessado em 18 de setembro de 2011

Postado e comentado no blog por Néia Gava Rocha

A origem do Dia Internacional da Mulher


Este vídeo fala sobre como surgiu o Dia Internacional da Mulher, 08 de março, e a sua importância para o gênero. Além disso, o vídeo apresenta os doze direitos da mulher que a ONU estabeleceu.

FONTE: http://www.youtube.com/watch?v=r_Bf4sVmekU&feature=related
Acessado em 18 de março de 2011

Postado e comentado no blog por Néia Gava Rocha

Vídeo: violência contra a mulher


O vídeo apresenta imagens, legislação, comentários, exemplos e um belo fundo musical que enriquecem a discussão sobre a importância de se combater a violência contra a mulher. Além disso, o vídeo fala sobre o direito da equidade de gênero na sociedade.

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=E5P27WBXFcQ
Acessado em 18 de setembro de 2011
Postado e comentado no Blog por Néia Gava Rocha

A legislação defende a equidade de gêneros

FONTE: http://www.planalto.gov.br/
Acessado em 18 de setembro de 2011
         
            A Lei 11.340/2006 garante à mulher o direito de não sofrer violência, pois ela “Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências".
            O Art. 2º aparece mais detalhado, pois afirma que “Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social”.
Para conhecer toda a lei, basta acessar o site do Planalto: http://www.planalto.gov.br/.

Maioria das mulheres que denunciam violência é negra, casada e tem entre 20 e 40 anos


Brasília - A maioria das mulheres que buscaram a Central de Atendimento à Mulher (Disque 180) entre 2007 e 2009 é negra (43,3%), tem entre 20 e 40 anos (56%), está casada ou em união estável (52%) e possui nível médio (25%).
Os dados, divulgados pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, indicam que 93% do total de denúncias foram feitas pelas próprias vítimas. A maioria dos casos (78%) é de crimes de lesão corporal leve e ameaça. A metade dos agressores são cônjuges das vítimas.
Outro destaque do balanço indica que 69% das mulheres que recorreram ao serviço relataram sofrer agressões diariamente e que 34% delas se sentem em risco de morte. Em meio aos agressores, 39% não fazem uso de substâncias entorpecentes ou de álcool e 33% vivem com a vítima há mais de dez anos.
Dos 86.844 relatos de violência, registrados entre 2007 e 2009, 53.120 foram de violência física, 23.878 de violência psicológica, 6.525 de violência moral, 1.645 de violência sexual, 1.226 de violência contra patrimônio, 389 de cárcere privado e 61 de tráfico de mulheres.
Apenas entre janeiro e outubro de 2009, a Central de Atendimento à Mulher registrou 269.258 denúncias - um aumento de 25% em relação ao mesmo período de 2008, quando houve 216.035. Do total de atendimentos, 47% foram buscas por informações sobre a Lei Maria da Penha, com 127.461 atendimentos.
Edição: Lílian Beraldo

Acessado em 18 de setembro de 2011

ONU reforça o combate à violência contra a mulher


Nações Unidas fortalecem o combate à violência contra a mulher com campanhas para chamar atenção para o problema e buscando a punição de criminosos em foros internacionais.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, lançou em Nova York a "Rede de homens líderes contra a violência de gênero". A iniciativa foi apresentada nesta terça-feira (24/11), véspera do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. Ela reúne personalidades influentes da política, religião e cultura para chamar a atenção sobre as violências cometidas contra mulheres e dar apoio à criação de leis adequadas contra esses crimes.
Segundo o secretário-geral, quase 70% das mulheres são atacadas de forma violenta por homens em algum momento de suas vidas. Entre os integrantes da rede estão o escritor brasileiro Paulo Coelho, o chefe de governo espanhol José Luis Rodríguez Zapatero e prêmio Nobel da Paz e arcebispo sul-africano Desmond Tutu.
O Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher foi criado pela ONU em 1999 para lembrar o assassinato de três irmãs na República Dominicana. Elas faziam oposição à ditadura do país e foram torturadas pelo serviço secreto militar durante meses, violentadas e assassinadas em 25 de novembro de 1960.
Mudança de posição da ONU
Em conflitos armados, mulheres sempre são vítimas de violência sexual. Somente na República Democrática do Congo foram registrados pelo menos 200 mil casos nos últimos 13 anos. E os casos foram provavelmente mais numerosos, pois muitas vítimas preferem se calar, com medo e vergonha do que vivenciaram.
A maioria das vítimas convive com as sequelas durante toda a vida. Elas se infectam com o vírus da aids ou com outras doenças ou se tornam estéreis. Em muitas vezes são, ainda, rejeitadas pelas próprias família.
Durante muito tempo, a violência sexual contra a mulher foi tida como um mal inevitável, como um efeito colateral trágico das guerras. Somente depois que os tribunais internacionais estabelecidos nos anos 1990 para os crimes de guerra na antiga Iugoslávia e em Ruanda, é que o Conselho de Segurança da ONU passou a ter outro ponto de vista. O estupro passou a ser definido expressamente como um possível crime contra a humanidade e reconhecido como crime de guerra.
Ambos os tribunais condenaram como crime, desde então, a violência sexual em diversos casos e classificaram as violências exercidas ou toleradas por poderes estatais como tortura.
Defesa da mulher em processos de pacificação
No caso de Ruanda, o tribunal para crimes de guerra determinou que a violência sexual no país foi "um passo no caminho para a eliminação da população tutsi" sendo, portanto, parte integrante de um genocídio.
Desde então, o Conselho de Segurança teve que lidar, de tempos em tempos, com conflitos marcados de forma profunda por crimes de violência sexual. A Resolução 1325, aprovada há nove anos, exige que mulheres sejam defendidas de forma mais efetiva em processos de pacificação e que elas sejam mais protegidas de violência sexual. Organizações de apoio aos direitos femininos no mundo inteiro reclamam, entretanto, que os governos não as implementam.
Importante é combater impunidade
O Conselho de Segurança da ONU aprovou em junho de 2008 a resolução 1820, na qual determina que a violência sexual poderá ser no futuro base para medidas do Conselho. Nesse ano foram aprovadas outras duas resoluções que reforçam e tornam mais concreta essa intenção.
Com campanhas contra a violência sexual contra mulheres durante conflitos armados, diversas instituições da ONU procuram coordenar a ajuda para as vítimas dos abusos, fornecendo apoio médico e psicológico, consultas de advogados e reintegração econômica. Ao mesmo tempo, lutam contra a impunidade.
A prisão e condenação dos criminosos são tidas como chave para a prevenção à violência sexual. Segundo especialistas, a impunidade é a responsável pelo fato de que o estupro ainda continue fazendo parte das vidas de mulheres e cada vez mais meninas no Congo.

Autoria: Ulrike Mast-Kirschning / Marcio Damasceno
Revisão: Roselaine Wandscheer
Fonte: http://www.dw-world.de/

Fonte: http://www.direitoshumanos.etc.br/
Acessado em 18 de setembro de 2011

Violência contra a mulher, um problema de saúde pública


Um grande empecilho, por muito tempo, para a formulação e execução de programas e políticas que enfrentem o problema da violência contra mulheres é justamente a crença arraigada de que a violência no âmbito doméstico contra mulheres ou meninas era um problema da ordem do privado e familiar. Este problema, no Brasil, pode ser visto na expressão popular “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”. A violência contra a mulher é, na verdade, um problema de saúde pública. No Brasil, uma em cada cinco mulheres (20%) já sofreu algum tipo de violência física, sexual ou outro abuso praticado por um homem. O artigo é de Andréa Fachel Leal.

Fonte: http://www.direitoshumanos.etc.br/
Acessado em 18 de setembro de 2011

Projeto garante igualdade entre mulheres e homens nas relações de trabalho


A ministra Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), e a bancada feminina do Senado, coordenada pela senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), 2ª vice-presidenta, entregam, nesta quarta-feira (2), às 11h, ao presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), proposta de projeto de lei que cria mecanismos para garantir a igualdade entre mulheres e homens nas relações de trabalho urbano e rural e, coíbe práticas discriminatórias neste âmbito.
Produzida pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, o Ministério da Justiça e Ministério do Trabalho a proposta leva em conta princípios constitucionais, normas internacionais ratificadas pelo Brasil e convenções da Organização Internacional do Trabalho.
Seus capítulos tratam: Da conceituação da igualdade entre mulheres e homens; da Definição das práticas discriminatórias; Do equilíbrio entre as responsabilidades familiares e profissionais; Da igualdade na relação de trabalho; Do incentivo à igualdade e da coibição das discriminações; Da prevenção e coibição do assédio nas relações de trabalho; Da assistência às trabalhadoras e aos trabalhadores e; Da comissão interna de promoção da igualdade;
O objetivo da mobilização em torno da criação de uma Lei que trate sobre igualdade no mundo do trabalho é efetivar, nesta esfera, o princípio constitucional da igualdade entre mulheres e homens, orientando-se pela idéia de traduzir a declaração de igualdade consagrada em dispositivos constitucionais e normas infraconstitucionais destinadas a prevenir e coibir quaisquer práticas discriminatórias lesivas à dignidade das mulheres.
Busca-se, assim, garantir que a crescente inserção das mulheres no mercado de trabalho ocorra em respeito às especificidades da condição feminina e a permanência delas no emprego, combatendo inclusive com ações do Estado, todas as formas de discriminação em razão de sexo, raça e etnia.
Segundo dados da PNAD/2008 as mulheres hoje significam 44% da População Economicamente Ativa (PEA) do país e 42% da população ocupada. No entanto ganham, em média, 29,7% menos do que os homens.

Fonte: http://www.direitoshumanos.etc.br/
Acessado em 18 de setmebro de 2011
Postado no blog por Néia Gava Rocha

Políticas Públicas para as Mulheres

       
      Recentemente, o município de Cachoeiro de Itapemirim realizou a III Conferência de Políticas paras as Mulheres. Mais de 150 pessoas participaram do evento, entre representantes de entidades governamentais e não governamentais, insti­tuições com atuação ou inte­resse para promoção, defesa e proteção dos direitos das mu­lheres, além de observadores, estudantes e/ou pesquisadores universitários e convidados.
O tema central da confe­rência foi “Igualdade, auto­nomia e cidadania plena para as mulheres” e nos eixos os grupos debateram a realidade das mulheres cachoeirenses, uma avaliação das ações re­alizadas que podem ser apri­moradas e a definição de prio­ridades para os próximos anos.
       “A conferência é um espa­ço para a sociedade participar e discutir ações que promo­vam o bem estar e a cidadania das pessoas. E para as mulhe­res ela consolida o avanço das políticas implantadas no país em defesa das mulheres”, co­menta a secretária municipal de Desenvolvimento Social, Nilcéia Pizza.

Acessado em 18 de setembro de 2011
Postado no Blog por Néia Gava Rocha

O poder de decisão da mulher na política

Na ONU, Dilma dará apoio a palestinos
O reconhecimento do Estado palestino entra em debate na 66ª Assembleia-Geral da ONU por meio da presidente Dilma Rousseff. No discurso, que abre o encontro, na quarta-feira, Dilma dirá que passou da hora de o mundo reconhecer a existência da Palestina. Ignorando o desconforto que o apoio explícito pode criar entre americanos e israelenses, a presidente pretende reforçar a posição de líder internacional que o Brasil busca.
O discurso ainda não está pronto. Além dos tópicos que Dilma escolheu e das linhas gerais traçadas pelo Itamaraty, pouco foi desenvolvido. A versão final deve ser feita mesmo em Nova York, nos dias que antecedem à abertura da Assembleia-Geral.
A situação palestina não será um tema central, mas se encaixa em um dos tópicos preferenciais do Brasil: a mudança da geopolítica mundial, a necessidade de reforma da governança global e a abertura de espaço para novos atores internacionais.
A presidente deve chegar a Nova York na madrugada de hoje e voltará ao Brasil, provavelmente, na quinta-feira ou na sexta-feira. Além da agenda na ONU, Dilma pode manter até sete encontros bilaterais com chefes de Estado - quatro deles já confirmados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: http://www.estadao.com.br/
Acessado em 18 de setembro de 2011
Postado por Néia Gava Rocha

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Conceitos apresentados na Unidade 2 - Módulo 2

Fichamento - Módulo:  2
Unidade:2
Aluna: Néia Gava Rocha
Qual o tema abordado na unidade?
            O tema abordado nesta unidade, Gênero e Hierarquia Social, traz consigo várias reflexões acerca das muitas diferenças existentes entre raça, gênero e sexualidade, as quais são estabelecidas pela sociedade e, como consequências, acarretam o preconceito racial e de gênero.
            Através do estudo realizado sobre os textos da unidade e dos dados apresentados sobre a participação das mulheres na produção de conhecimento científico, na educação, no mercado de trabalho, na vida política, entre outros, pode-se perceber que demonstram que a hierarquia de gênero (o homem) organiza as relações sociais no espaço público, destinando lugares, postos, posições de prestígio, funções específicas, direitos e deveres a cada sexo.
            Assim, o que se nota é que os comportamentos de homens e de mulheres são delineados por esta hierarquia, a qual dita os comportamentos e os papéis que cada gênero deve ter na sociedade. Para tanto, os textos apresentaram elementos que caracterizam cada um: reprodução (o quanto a reprodução no corpo feminino é utilizada para atribuir à mulher as tarefas relativas ao cuidado com outros) e produção (a responsabilidade que o homem tem de produzir bens e serviços para manter/alimentar a sua família).
            Toda esta diferenciação determina os comportamentos de gêneros perante a escolha de áreas de trabalho, nas escolas, nas tarefas domésticas, nos cuidados com os filhos. Além disso, os textos também apresentaram as desigualdades entrecruzadas, ou seja, os estereótipos e as hierarquias de raça, gênero e sexualidade, as quais são frutos da hierarquia estabelecida pela sociedade. E no caso dos estereótipos de raça, surge o preconceito quanto ao corpo da mulher negra, a qual passa a ser vista de forma vulgar, pois a sociedade a vê como uma pessoa que não se une conjugalmente, mas que se “junta” com o seu parceiro para viver de forma pejorativa.

Quais os principais conceitos apresentados na unidade?
            Os conceitos de gênero variam de acordo a cultura, a classe social e o momento histórico, aos quais os seres estão inseridos. Mediante tais conceitos, o homem e a mulher são diferentes, pois são destinados a ter e a desenvolver emoções, atitudes, condutas e vocações distintas. Assim, se alguém (homem ou mulher) decidir romper com essa suposta determinação do sexo biológico, empreendendo uma transição do masculino ao feminino ou vice-versa, pode causar escândalo e gerar violência e perseguição. Neste caso, podem ser citados os gays e as lésbicas, os quais optaram por uma mudança de sexo/gênero e acarretaram preconceitos da sociedade.
            Isso porque a sociedade é conservadora sob os preceitos de que o homem e a mulher têm suas características definidas, as quais os diferem claramente um do outro. E se isso é alterado, a sociedade não aceita, pois está condicionada aos parâmetros tradicionais e convencionais das determinações de gêneros.
            O que caracterizava este paradigma de gênero era o fato de que o ponto de vista que predominava neste período concebia os corpos masculino e feminino como versões hierárquicas (o corpo feminino era considerado inferior ao masculino), mas complementares. De acordo com o texto “Um amor conquistado: O mito do amor materno”, a mulher, em tempos remotos, tinha um perfil, como a mãe, a educadora e protetora de seus rebentos. Assim, “fechadas nesse esquema por vozes tão autorizadas, como podiam as mulheres escapar ao que se convencionara chamar de sua ‘natureza’ ”?
            Diante desta hierarquia, o prazer sexual feminino era visto como único e fundamental para a reprodução. Enquanto que o homem (por ser considerado superior), além de ter no sexo a sensação do prazer, contribuía com a reprodução.
            E diante desta distinção entre homem e mulher, estabeleceu-se o parâmetro de normalidade entre ambos: Homens “normais” devem se sentir “masculinos”, e mulheres “normais” devem se sentir “femininas”. Assim, todos aqueles que optavam por uma mudança de gênero (gays, lésbicas, transexuais, entre muitos outros) passaram a ser considerados anormais, o que provocou o surgimento de preconceitos e perseguições quanto a estes casos considerados como transtornos ou desvios de gêneros.
            Mediante tais determinações sociais e históricas, nota-se que, muitas vezes, quando alguém se questiona o porquê de tantas diferenças entre homens e mulheres, a resposta é “sempre foi assim”, o que caracteriza uma ausência de resposta fundamentada em teorias e conhecimentos.
            E esta diferença entre ambos é claramente salientada no aspecto reprodutivo da mulher. Afinal, somente ela pode reproduzir, procriar, manter a espécie humana. E esta diferença é tratada pela historiadora francesa Elisabeth Badinter (1985), no livro Um amor conquistado: o mito do amor materno, através do qual ela ressalta que “instinto materno é uma construção histórica promovida pelos reformadores sociais ligados à higiene no século XVIII”.
            Todavia, esta diferença de gênero vista através da reprodutividade parece estar estendida também aos aspectos culturais, ou seja, a sociedade demonstra que competem à mulher as tarefas que se assemelham às atividades que ela ocupa no processo reprodutivo.
            E este reflexo no meio cultural faz com que sejam estabelecidas designações de condutas dos dois sexos, o que concebe a organização da vida coletiva como se fosse uma instituição. É neste momento que a interseccionalidade é percebida, pois esta designa o encontro entre dois pontos ou duas linhas que se cortam ou se cruzam, ou melhor, as desigualdades se potencializam no momento do “encontro dos dois pontos”, fazendo com que surjam violações de direitos de homens e mulheres.
            Como conseqüência desta diferença entre ambos os sexos surgem a organização social do espaço público e privado e a configuração do mundo que nos cerca. O texto utiliza a expressão “rua x casa” para delinear como os gêneros masculino e feminino estão associados a cada uma destas instâncias, conformando a divisão entre o mundo da produção (masculino) e o da reprodução (feminino).
            Isso porque, ao longo da história da humanidade, o espaço público era restrito aos homens como cidadãos, tendo sido as mulheres dele excluídas durante muitos séculos, confinadas no mundo doméstico. Vale mencionar que em todas as sociedades há uma divisão do trabalho entre homens e mulheres, o que permite que as tarefas necessárias à produção e à reprodução sejam cumpridas. Esta situação é denominada divisão sexual do trabalho, o que denota uma forte diferença entre o poder dos homens e o poder das mulheres na sociedade. Os homens estão numa posição dominante, enquanto as mulheres estão numa posição subalterna. Esta assimetria de gênero (masculino e feminino) é reforçada por estereótipos e preconceitos e reproduzida em nossa sociedade.
            Assim, segundo os preceitos estabelecidos pela sociedade, as mulheres estão sempre mais voltadas ao cuidado dos filhos e ao trabalho doméstico, como consequência natural da reprodução ocorrer em seus corpos. Enquanto que os homens ficam com as suas atribuições centradas na produção de bens e serviços, garantindo o sustento da família.
            Desta forma, as assimetrias de gêneros distribuem os papeis de homens e de mulheres nos diferentes espaços sociais. Tais como: na produção de conhecimentos científicos (a física, por exemplo, foi considerada uma disciplina mais apropriada para ser exercida pelos homens por ser imparcial, mais racional, abstrata, por exigir aptidão analítica e um trabalho árduo e longo, enquanto as ciências humanas, que se dedicam ao estudo das pessoas, e mais próximas das preocupações do cotidiano, foram consideradas mais adequadas às mulheres. Isso faz com que pouquíssimas mulheres se interessem por esta área); no mercado de trabalho (durante muito tempo não se falava em mulher no trabalho. Atualmente, a presença de mulheres no mercado de trabalho é expressiva, o que contribui para desvelar as desigualdades e as discriminações se comparadas aos homens, seja no espaço público, seja no espaço privado); no espaço escolar (durante muitos anos a escola era espaço voltado para o homem. A mulher não frequentava a escola. O ingresso das mulheres na escola tem crescido significativamente, ultrapassando o contingente masculino); e na vida política (graças aos movimentos feministas, em 1932 a mulher conquistou o direito ao voto. No entanto, ainda há pouca representatividade feminina no parlamento, tanto no Brasil, como no mundo).
            Assim, eis que surge a socialização diferencial de gênero, ou melhor, o primeiro processo de socialização de crianças e jovens acontece no contexto familiar, pois há variadas expectativas quanto ao futuro das filhas e dos filhos, passando pela oferta de diferentes brinquedos, desigual distribuição de tarefas domésticas, mensagens diversas acerca da sexualidade. Esse diferencial prolonga-se na escola e em outros contextos socializantes.
            Este modo de organização da família (homem: produtor/mulher: reprodutora) implica também uma hierarquia moral que estabelece posições sociais, deveres e obrigações próprias a cada um, conforme a inserção de gênero e de geração.
            Com o decorrer do tempo, as mulheres passaram a ter o poder de ter uma vida sexual e escolher ser ou não mães, planejar a ocasião da maternidade, espaçá-la, decidir o número desejável de filho teve um substantivo impacto em suas vidas. Assim, elas puderam organizar melhor o fluxo da vida cotidiana familiar e passar a ter novas aspirações não restritas à vida doméstica e ao cuidado com a prole. No entanto, esses direitos não são acessíveis a todas as mulheres, dificultando o enfrentamento da hierarquia de gênero.
            A dominação masculina trata da questão da hierarquia sexual, lembrando a necessidade de uma ação coletiva de resistência feminina com o objetivo de impor reformas jurídicas e políticas capazes de alterar o estado atual da relação de forças – material e simbólica – entre os sexos, o que refletirá nos direitos iguais.
            Há três tipos de políticas públicas que procuram neutralizar as desigualdades de gênero: licenças do trabalho para cuidar dos filhos, sem perda do emprego e com a manutenção do salário ou de outros tipos de benefícios monetários equivalentes; regulação do tempo do trabalho, o que permite aos pais/mães reduzirem ou realocarem as horas de trabalho quando as necessidades de cuidados com os/as filhos/as são mais prementes, sem custos econômicos e para o desenvolvimento da carreira profissional; acesso a creches, pré-escolas e escolas em tempo integral como um arranjo alternativo para o cuidado dos/as filhos/as quando os/as pais/mães estão no local de trabalho.
            Diante deste quadro estereotipado de desigualdades entre homens e mulheres, surge a hierarquia entre raça, gênero e sexualidade. Através desta perspectiva, fazer referência à sexualidade de pessoas negras significa falar de modelos generalizados que se relacionam a pensamentos androcêntricos (posturas, estudos, análises, investigações, narrações e propostas construídos a partir de uma perspectiva exclusivamente masculina, que depois são generalizados para homens e mulheres.), brancos e hegemônicos por meio dos quais se manifestam mecanismos de poder, marginalização, discriminação e dominação.
            Em face a este preconceito acerca do negro, surgiu o estereótipo da sexualidade exacerbada (além do estereótipo da languidez e da preguiça), o que conformou o eixo da visão moral sobre negros e negras que acompanhou a colonização tanto no Brasil, como em muitos outros países que viveram o regime escravocrata. De acordo com esta ideologia colonial, o objetivo de conter a sexualidade e “domesticar” os corpos de negros e negras foi um mecanismo para colocá-los a serviço dos amos e das senhoras. O controle colonial em face do direito da vivência sexual dos homens em cativeiro, juntamente com o uso do corpo das mulheres para atender às demandas sexuais dos amos e cumprir com as funções reprodutivas, foram marcas sociais importantes que resultaram na coisificação dos corpos para fins práticos e na desconfiguração das famílias negras, acarretando, ao longo da história, a preconceito racial.
            Em decorrência de o negro ser visto como perigoso, submisso e violento, muitos estudos revelaram que as mulheres negras despertam um forte poder de atração erótica nos homens brancos. Devido ao imaginário erótico que o corpo da mulher negra representava, era visto como perigoso já que, por um lado, ele era concebido como um potencial transmissor de doenças venéreas aos brancos e, por outro, podia ser justamente uma forma de exercer resistência e alcançar meios de ascensão social para sua prole.
            Os estereótipos sobre os povos africanos e seus descendentes, ao serem classificados de bárbaros hipersexuais, manifestam-se ainda nos dias atuais. O estereótipo sexual deve ser pensado como um fenômeno sociocultural, que gera, entre outras, a discriminação étnico-racial.
            De acordo com o autor Viveros (2008:253) “as mulheres negras têm sido vítimas do duplo aspecto, sexual e conjugal, do estereótipo que existe sobre elas com base em uma suposta disponibilidade e desenfreio sexual e como mulheres cuja sexualidade não envolve consequências conjugais, já que, segundo o censo comum, as mulheres negras não se casam, mas se unem”.
            Todas estas diferenças estudadas produzem desigualdades que não podem ser atribuídas à natureza e à biologia, mas ao processo de socialização que define e transmite papéis, comportamentos e padrões, trazendo consigo o preconceito como fruto das diferenças estabelecidas pela própria sociedade.

Explicite que relação existe entre o que o texto problematiza e a sua atuação enquanto gestor/a:
            O texto problematiza a hierarquia pregada entre gêneros, ou seja, a mulher e o homem têm papéis diferentes na sociedade (trabalho, cultura, escola). Assim, este tema está muito ligado ao cotidiano de minha profissão, pois ainda é visível a questão das escolhas da área de trabalho (há mais professores do sexo masculino nas áreas de matemática, de física, de química, enquanto o número de professores femininos compõem a maior parte de humanas: língua portuguesa, artes, geografia).
            Além disso, podemos perceber, também, que as mulheres negras (em sua grande maioria) compõem o grupo de pessoas com menos escolaridade, atuando em serviços considerados “inferiores”(cozinha, limpeza, entre outros).
            Outra situação que devo mencionar é que nas ruas da cidade onde moro, à noite, o número de adolescentes negras nas ruas é maior que de adolescentes brancas, o que confirma o fato (estudado) de as mulheres negras serem consideradas promíscuas pelo preconceito social, pois seus corpos são visto como objetos que atendem às atrações masculinas.

Expresse alguma ideia ocorrida em relação ao seu trabalho depois da leitura e sistematização da unidade.
            Durante o estudo dos textos, conclui que enquanto educadora tenho um papel muito importante na sociedade hierarquicamente conceituada: o de contribuir com a formação de opinião dos alunos, os quais devem conhecer o contexto histórico que cerca o preconceito de gênero e de raça. Assim, é necessário realizar um trabalho interdisciplinar, ressaltando o preconceito como fruto da própria hierarquia social, o que resultará na conscientização da importância do papel do homem, da mulher e da mulher negra perante a sociedade.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
HEILBORN, Maria Luiza; ARAÚJO, Leila; BARRETO, Andreia. (Orgs.). Gestão de políticas públicas em gênero e raça: modulo 2. Rio de Janeiro: CEPESC; Brasília: Secretaria de Políticas para as Mulheres, 2010.