Componentes: Néia Gava Rocha, Camila Maria Juffu Lorenzoni, Rita de Cassia Scaramussa, Amanda Deprá Nicoli, Deize Maria Scaramussa de Mattos e Maria da Penha Menassa Panetto

Atividades dos blogueiros:

Rita de Cássia e Camila M. J. Lorenzoni - aplicação dos conteúdos.

Deize e Maria da Penha - pesquisas bibliográficas.

Néia - layout da página, busca por figuras e funcionalidade.

Amanda - exemplos que demonstram a aplicação dos conceitos trabalhados na unidade.




quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Câmara de Cachoeiro de Itapemirim entrega Comenda Zumbi dos Palmares


O Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, foi lembrado pela Câmara Municipal de Cachoeiro de Itapemirim na sessão desta terça-feira (22/11), quando quatorze personalidades reconhecidas pela defesa da igualdade racial receberam dos vereadores a “Comenda Zumbi dos Palmares”.
A Comenda Zumbi dos Palmares foi criada pela Câmara Municipal em outubro de 2005. Em 2007, uma alteração aprovada pelo Legislativo determinou que os homenageados seriam indicados não mais pelos vereadores, mas pelas entidades do movimento negro de Cachoeiro e pela Ouvidoria da Igualdade Racial da Câmara. Seu objetivo é distinguir cidadãos que tenham realizado ações em prol da afirmação dos negros e afrodescendentes, servindo de modelo para as novas gerações. “Lutamos por uma sociedade sem preconceitos”, diz o ouvidor racial da Câmara, vereador Alexandre Bastos (PSB).
A Comenda deve ser ofertada em data próxima ao Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, quando, no ano de 1695, foi assassinado Zumbi, principal liderança do Quilombo de Palmares.
Homenageados 2011:
Adilson Silva Santos
Adriana da Silva
Alzelina de Oliveira Pio
Elisangela de Vargas Marconi
Janete Vilela de Pascoa (Coordenadora da CEAFRO de Vargem Alta)
Juarez Gonçalves Vieira
Leandro Moreira
Luciana Máximo
Luis Cláudio Tavares Pinto
Marcelo de Souza Candido
Maria Aparecida Santos Corrêa
Rita de Cassia Pereira da Costa
Roberto Carlos Teles Braga
Roserene Silva Costa

Acessado em 29 de novembro de 2011, por Néia Gava

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Fichamento "Desigualdades raciais e realização socioeconômica: uma análise das mudanças recentes"

 
 
Unidade III: Desigualdades raciais e realização socioeconômica: uma análise das mudanças recentes. 
Módulo III: Políticas Públicas e Raça.
Aluna: Amanda Deprá Nicoli
 
No Brasil há desigualdades em diversas áreas, sendo determinadas pela má distribuição de bens e recursos assim como pelo intenso preconceito e discriminação. Dados do IBGE demonstram que negros e pardos são as principais vítimas do desemprego e da informalidade. Mulheres de todos os grupos raciais, além de apresentarem nível salarial inferior ao dos homens, também têm dupla jornada de trabalho, dedicando-se a casa e família. O trabalho doméstico, por exemplo, é realizado principalmente por mulheres negras e com pouca ou nenhuma escolaridade, e corresponde ao principal meio de sustento e manutenção de muitas famílias. Quanto à escolaridade e anos de estudo, os brancos estão em vantagem, e os negros e pardos apresentam maior taxa de analfabetismo, contribuindo para as desvantagens sociais e econômicas. As oportunidades de acesso à educação e emprego são muito diferenciadas, e dependendo da região essas desigualdades são intensificadas e transmitidas de uma geração a outra. Apesar disso, políticas de inclusão no sistema universitário estão proporcionando uma melhoria nessa realidade, como o aumento do número de alunos no ensino superior, oportunizando pessoas menos favorecidas a terem uma profissão e avançar socioeconomicamente.
 
Os principais conceitos apresentados na unidade foram:
 
IDH: Índice de Desenvolvimento Humano, cujo objetivo é mensurar o grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida da população. Cada país apresenta seu IDH particular, o que permite comparar a realidade de cada nação.                                                                       
 
Indicadores sociais: são medidas estatísticas relacionadas à saúde, educação, renda, entre outros, que em conjunto retratam o estado e o nível de desenvolvimento social de um país.  Os indicadores possibilitam uma avaliação da realidade dos países, consequentemente auxiliando na formulação e/ou mudanças de políticas públicas.
Desigualdade racial: vantagens dos brancos sobre os negros em relação à escolaridade, emprego, renda, oportunidades, entre outros. Questões como religião, estética e música de influência africana são menos valorizadas. A taxa de desemprego e analfabetismo entre pessoas brancas é bem menor que entre pessoas negras, demonstrando a intensa desigualdade existente no país.
 
IBGE: o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística é um órgão do governo que coleta diversas informações demográficas e socioeconômicas sobre o país. As informações são atualizadas e obtidas através de pesquisas. O fornecimento desses dados auxilia o governo, pois retrata a realidade do país.
Estratificação social: refere-se à existência de diferenças hierárquicas entre pessoas da mesma sociedade, havendo uma separação de grupos que apresentam características em comum, ou seja, ocupam posições diferenciadas no meio social. A estratificação existe devido às desigualdades sociais.
Pobreza: está ligada a insuficiência de bens e serviços essenciais, como alimentação, moradia, vestuário, cuidados com a saúde, carência de recursos econômicos, entre outros.
Autonomização de status: corresponde a uma fase da vida na qual a pessoa adquire sua própria posição na sociedade, por meio do acesso ao mercado de trabalho que proporciona renda pessoal, ou seja, o indivíduo ocupa um status próprio, que independe de sua origem familiar.
O governo criou programas com objetivo de promover a igualdade social e racial, como o ProUni (Programa Universidade Para Todos), o qual prevê cotas para negros e indígenas. Porém, não basta criar mecanismos para a entrada de estudantes no ensino superior, é preciso também criar programas para garantir sua permanência. O que adianta o aluno entrar na universidade se não tem condições de arcar com as despesas, que envolvem material, ônibus, livros, impressão de trabalhos, entre outros. Em minha turma de faculdade, presenciei a desistência de uma aluna bolsista, porque esta não tinha condições financeiras de se manter estudando.
Apesar de programas de inclusão no sistema universitário proporcionar a um grande número de pessoas a oportunidade de cursar o ensino superior, as desigualdades não são resolvidas. A maioria dos universitários são pessoas brancas e as universidades federais estão preenchidas praticamente por estudantes da elite, os quais têm acesso a excelentes escolas e cursinhos, ou seja, estão bem mais preparados que os alunos de escola pública, logo, a competição pelas vagas é muito desigual. Dessa forma, penso que para realmente resolver a desigualdade no país e permitir que alunos desfavorecidos possam ingressar em federais é melhorar o ensino básico público, fornecendo materiais de qualidade, investindo em tecnologias, capacitando e incentivando professores. Uma idéia que vejo como promissora é oferecer jornada de tempo integral para alunos do Ensino Médio, para que estes estejam preparados para competir com alunos de escolas particulares por vagas em federais.
 
Referências Bibliográficas:
Políticas Públicas e Gênero. In: Curso de formação em Gestão de Políticas Públicas em Gêneros e Raça/ GPP-GeR, Módulo III, unidade III. Textos acessados em 11/11/2011. http://www.gppgr.neaad.ufes.br/file.php/112/Modulo3/mod3_unidade3.pdf

Fichamento "Desigualdades raciais e realização socioeconômica: uma análise das mudanças recentes"


Curso de Formação em Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça
Cursista: Mariléia Scaramussa Marin Magnago
Polo: Vargem Alta
Módulo 3 – POLÍTICAS PÚBLICAS E RAÇA
Unidade 3 – Desigualdades raciais e realização socioeconômica: uma análise das mudanças recentes
A unidade 3 retrata as desigualdades raciais e a realização socioeconômica, esse tema discute que o problema da pobreza é de insuficiência de recursos, enquanto que o problema da desigualdade é de distribuição desses recursos, por isso é possível encontrar muita desigualdade em países ricos. Em relação estratificação social refere-se a um complexo de instituições sociais que geram desigualdades, ou seja, má distribuição dos recursos. É a diferenciação hierárquica entre indivíduos e grupos, segundo suas posições.

 A discriminação e o preconceito ainda são evidentes em relação a brancos, pardos e pretos, os estudos indicam que pretos e pardos estão expostos a diversas práticas discriminatórias no mercado de trabalho e na alfabetização.

Em relação às mudanças ocorridas no Brasil percebemos uma diminuição da pobreza entre os brancos, uma estagnação entre os pretos e um crescimento entre os pardos. Apesar de todos os esforços para diminuir a pobreza, a população branca se beneficia mais rapidamente dessas mudanças.

Os textos da unidade caracterizam que existem racismo e discriminação nos diferentes segmentos da nossa sociedade, embora, sabemos que as políticas de inclusão produziram uma notável redução nas desigualdades, mas, infelizmente ainda não é suficiente para conseguirmos a tal sonhada sociedade igualitária, com oportunidades justas para negros, brancos, pardos,índios, homens, mulheres...
Conceitos/Definição
Desigualdade – diferente de pobreza, é a distribuição de renda de maneira inadequada e injusta.

Estratificação Social – refere-se à desigualdade de oportunidades e resultados -  distribuição desigual de recursos e de oportunidades sociais. É a diferenciação hierárquica entre indivíduos e grupos, segundo suas posições.

Estatística social- controle e planejamento das sociedades nas áreas das finanças, da saúde pública, da assistência social das políticas públicas.

Mercado de trabalho - a população negra ainda possui os piores índices de emprego e condições de trabalho.
Apesar de o negro ter alcançado a igualdade jurídica a partir da abolição, a desigualdade sócioeconômica com relação aos brancos se mantém. As pessoas convivem com oportunidades desiguais, principalmente as mulheres. Diante do estudo, percebo que o grande problema está na falta de conhecimento e, também um pouco de acomodação. Para muitos é favorável o termo de “coitado” para ganhar os “benefícios” que o governo oferece. Acredito muito na força de vontade e dedicação, visto que, a vida não fácil para ninguém.
Temos é que conquistar nosso espaço na sociedade, com dignidade e esforço.

Acredito muito que a melhor forma para acabar com o racismo, a discriminação, o preconceito é a EDUCAÇÃO. É na escola que a criança aprende que precisamos ter conhecimento, informação para termos dignidade. Precisamos criar meios ou métodos de fazer com que os nossos educandos se interessem pela escola e pelas mudanças ocorridas na sociedade.

Fichamento “O percurso do conceito no campo de relações raciais no Brasil”

Módulo 3 - Unidade 2
Aluna: Néia Gava Rocha


A Unidade 2 traz como temática “O percurso do conceito no campo de relações raciais no Brasil”, o qual revela a realidade e a história de quando a raça se tornou um problema nacional, o que acarretou assuntos como abolição, teorias racistas, bem como discussões acerca das desigualdades sociais.
Para tanto, os textos da referida unidade apresentaram conceitos que nortearam o embasamento teórico, dando suporte para a aquisição de conhecimentos acerca do assunto em análise.
Todo o contexto da escravatura começa a ser vislumbrado através da Lei Áurea, a qual aboliu a escravidão no Brasil, mas trouxe á tona discussões referentes ao novo homem: ex-escravo passa a ser um cidadão livre. Ou seja, passou-se a discutir como seria a nova sociedade habitada, em sua maioria, por ex-escravo.
Assim, surgem as teorias racistas, as quais viam no na libertação de escravos uma forma de atraso no desenvolvimento da economia social, pois acreditavam que ex-escravos não possuíam conhecimentos para exercer atividades na sociedade.
Dentre as teorias racistas, podem ser citadas o darwinismo social, determinismo racial, lamarkismo, antropometria lombrosiana, liberalismo, socialismo, anarquismo, comunismo, entre outras.
No entanto, foi a partir do século XVIII que o termo raça tomou uma dimensão mais acentuada, o que fez com que e os grupos raciais passassem a ser entendidos como realidades totalmente distintas e hierarquizada, ou seja, marginalizadas, à mercê de preconceito racial.
Diante deste contexto racial, surge a visão de que o branco é superior moral e Intelectualmente, o que lhe proporcionava mais facilidade mais ser inserido na sociedade, para ser respeitado por todos.
Desta forma, as teorias racistas demonstravam que a sociedade estava perdendo a sua identidade com a abolição da escravidão, uma vez que a sociedade seria “dominada” por negros, ex-escravos. Neste contexto, o termo identidade revela um conjunto de características que formam como indivíduos singulares, perfis sociais, econômicos e culturais. Ou seja, através de identidade de uma sociedade pode-se ver a singularidade na combinação de várias características de uma sociedade, de um povo.
Através das mencionadas teorias racistas surge o determinismo racial, o qual denota a privação de liberdade e autonomia dos indivíduos, pois suas características estavam voltadas para o grupo racial.
Neste período, surgiram várias obras literárias voltadas para a discussão racial, já que este tinha se tornado o tema central de todos os debates. Com isso, o termo democracia racial ganhou espaço, pois as referidas obras tentam mostrar que o Brasil escapou do racismo e da discriminação racial. Esta era a imagem do país vendida ao exterior, uma imagem de que se tratava de um território democrático na questão racial e de que a respeitava enquanto elemento enriquecedor da cultura nacional.
Já na época de Getúlio Vargas, entre 1930 e 1940, surgiram movimentos culturais que visavam a valorização da identidade cultural do país, o que a acarretou a valorização de elementos culturais negros, os quais passaram a ser interpretados como símbolos da nação brasileira.
            Desta forma, o termo raça foi substituído pelo termo cultura, pois o primeiro tornou-se elemento enriquecedor da cultura nacional. Esse momento fez com que as expressões mais usadas se tornassem integração e assimilação.
Integração porque a sociedade estava integrando em seu meio as pessoas negras e mestiças, enquanto que a assimilação revelava que deveria haver uma relação entre os padrões de cultura dos negros.
Assim, nos anos seguintes surgiram muitas discussões acerca dessa temática, com o objetivo de reinterpretar alguns conceitos estabelecidos pelas teorias racistas.
De acordo com os textos lidos e estudados, observei que a relação existente entre a temática discutida e a minha atuação enquanto professora e formadora de opinião é que as ideias são pré-concebidas e, raramente, elas perdem a sua essência inicial, ou seja, as ideias que são impostas por grupos sociais (famílias, amigos, elites) raramente deixam de existir para essas pessoas. As crianças que crescem num meio familiar que tenha preconceito racial provavelmente não deixarão de ser racista. E isso é percebido claramente nas salas de aulas, pois aqueles oriundos de  meios cuja educação é mais aberta às discussões e menos sujeitas às imposições estabelecidas pela sociedade (no caso, o racismo) não são preconceituosas.
Assim, enquanto formadora de opinião, vejo-me com o dever de tentar mudar esta concepção, este preconceito estabelecido e imposto pela sociedade acerca do preconceito racial, da discriminação racial. E a estratégia que eu usaria para realizar tal tarefa seria aproveitar as aulas para estabelecer diálogos, baseados em textos e filmes, visando apresentar o contexto histórico dos termos raça e racismo. Certamente, este seria um passo muito importante para a conscientizar os alunos sobre a necessidade emergente de não aderir à ideia de preconceito racial.

domingo, 27 de novembro de 2011

Cultura negra: cada vez mais presente no visual e nas músicas dos jovens


A expressão “orgulho de ser negro” foi abolida do vocabulário de muitas pessoas por medo do preconceito. Com o passar do tempo, porém, o resgate cultural fez com que os negros assumissem a “negritude” na maneira de ser. Cada vez mais difundida entre os jovens brasileiros, a cultura afro está presente no visual, nas preferência musicais, nos estudos e na religião.
Por influência da mãe, o motoboy Calleb Augusto do Nascimento, de 22 anos, começou a se engajar no movimento negro há quatro anos. O conhecimento do mundo afro fez com que o rapaz mudasse seu estilo e assumisse suas preferências musicais, no caso, o reggae. “Fiz o rasta [penteado característico dos apreciadores do reggae] para me diferenciar, quis mostrar meu estilo black. Se você for ver, 80% dos homens negros têm cabelo rapado. Eu sou o único entre os meus amigos [que tem esse visual]”. Para ele, o negro está conseguindo conquistar o seu espaço, pois está mais “desinibido para isso”. 
Cada vez mais, os jovens estão se identificando com a cultura negra. Prova disso são os dados do Censo 2010, divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrando que os jovens brasileiros entre 15 e 24 anos se declaram pretos e pardos mais do que os adultos. De 34 milhões de jovens nessa faixa de idade, 18,5 milhões se autodeclararam pretos e pardos. Dentre os adultos, 54 milhões dos 107 milhões dessa faixa etária (25 a 59 anos) se disseram pretos ou pardos. 
De acordo com o sociólogo e professor do Decanato de Extensão Universitária da Universidade de Brasília (UnB) Ivair Augusto Alves dos Santos, o movimento de resgate cultural negro começou na década de 1950. “Em 1970, a mudança foi física, ou seja, na aparência, com o movimento Black Power. Na década de 2000, a mudança é política e envolve o debate de ações afirmativas.” 
Santos atribui esse movimento impulsionado pela juventude às transformações tecnológicas, uma vez que os jovens negros de hoje têm mais possibilidades. “Se compararmos as possibilidades, vemos que são maiores. Você tem grupos de música que conseguem atingir grandes massas, tem mais informações também.” 
A cabeleireira Rosemeire de Oliveira, de 32 anos, aponta uma mudança de mentalidade no país, lembrando que, antigamente, ninguém falava sobre “o que é ser negro”. Ela trabalha em um salão afro de Brasília há 12 anos. A maioria dos clientes, segundo ela, são os jovens. “Teve uma época que ser negro era moda. Agora, os negros realmente estão se assumindo e aprendendo a se gostar mais.”
 A trança de raiz é o penteado mais popular no salão de Rosemeire. embora também haja procura por alisamento. “Tem gente que alisa o cabelo porque gosta, mas tem outras que o fazem porque o trabalho impõe ou para se sentirem mais iguais às outras pessoas. Essas ainda não se assumiram”, disse a cabeleireira.
 Cliente de Rosemeire desde criança, a estudante Brenda Araújo Soares Alexandrino de Souza, de 14 anos,  usa tranças no cabelo desde os 3 anos. “Tinha cabelo volumoso e minha mãe fazia as tranças. Minhas amigas gostam, admiram e estão pensando em fazer.”
A adolescente, que faz aniversário hoje (20), Dia da Consciência Negra, acredita que as pessoas estão se identificando mais com a cultura. “Antigamente, não tinham coragem de se mostrar por causa do preconceito. Eu não tenho medo disso.”
 O percussionista baiano Ubiratã Jesus do Nascimento, de 40 anos, conhecido como Biradjham, cresceu envolvido com a cultura negra. Há 25 anos trabalha com música e já tocou com bandas famosas da Bahia.
Adepto do candomblé, Biradjham diz que os negros têm mais liberdade atualmente. "O movimento está mais forte. A mudança cultural vem de muito tempo, mas hoje tem mais força".

Fonte: Por Daniella Jinkings - Repórter da Agência Brasil
Acessado e postado por Néia Gava, em 27 de novembro de 2011.

sábado, 26 de novembro de 2011

Políticas públicas específicas para os negros no Espírito Santo

O governador Renato Casagrande e o vice-governador Givaldo Vieira receberam representantes de diversos movimentos negros do Espírito Santo para um café da manhã em comemoração à Semana da Consciência Negra, na manhã de ontem, no Palácio Anchieta.
Durante o encontro, foi aprovada a proposta da criação de um grupo de trabalho permanente para debater as políticas públicas específicas, composta por membros do governo e dos movimentos sociais.
Também participaram do encontro o secretário de Governo, Robson Leite, da Assistência Social, Rodrigo Coelho, e do Conselho Municipal do Negro (Conegro - Serra), União de Negros pela Igualdade (Unegro – Vitória), PMDB Afro, Conselho de Igualdade Racial de Cachoeiro de Itapemirim, Conselho do Movimento Negro do PSB, do Grupo de Estudos Afrobrasileiro do Ifes, da Pastoral do Negro e da Secretaria Nacional do Movimento Negro.
“Esta é a nossa primeira reunião de trabalho com pauta aberta. Temos diversas políticas públicas em andamento, conectadas às demandas dos movimentos negros, mas vamos debater também as reivindicações especificas neste grupo de trabalho permanente, a fim de aperfeiçoar a atuação do Estado e de atender aos anseios dos movimentos negros capixabas”, destacou o governador, que nomeou os secretários Robson Leite, Rodrigo Coelho e Luiz Carlos Cicilioti, da Casa Civil, como interlocutores oficiais da gestão estadual.
Dentre os assuntos debatidos no encontro, destacam-se a composição de uma estrutura administrativa para as políticas públicas destinadas aos negros, segurança, preconceito racial, a situação da mulher e dos jovens negros e o desafio de eliminar as desigualdades.
O governador também recebeu o documento elaborado na Assembleia do Movimento Negro Capixaba, com as principais reivindicações destacadas pelas entidades e representantes dos movimentos negros.
Fonte: http://www.aquies.com.br/site/conteudo.asp?codigo=1745
Jornal Folha do Caparaó - Cachoeiro de Itapemirim-ES
Acessado e postado em 26 de novembro de 2011, por Néia Gava

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Seu Jorge diz que foi discriminado na Itália


"Não volto lá nunca mais. O italiano é racista", afirma o ator, que foi ao país há sete anos


Seu Jorge não tem boas lembranças da Itália. Mesmo com todo dinheiro que ganhou com a carreira e esbanjado em comentários de suas últimas entrevistas, o cantor, compositor, ator e empresário foi alvo de preconceito no país durante as filmagens do longa "A Vida Marinha com Steve Zissou".
A obra foi gravada há sete anos. Em entrevista ao jornal "Extra", Seu Jorge revelou que durante as filmagens, que duraram seis meses, ele passou por péssimas situações.
"Não volto lá nunca mais. O italiano é racista. Eles têm sérios resquícios da colonização que sofreram: não aprenderam a lidar com outras etnias (...) Me maltrataram muito. Lá, percebi que, por ser negro, não era brasileiro, era da África, da Somália. No Brasil, isso também é forte ainda, viu?", lembrou Seu Jorge.

Fonte: http://gazetaonline.globo.com/
Acessado e postado por Néia Gava, no dia 22 de novembro de 2011

domingo, 20 de novembro de 2011

Vídeo: Salvador é declarada a capital negra da América Latina



Este vídeo apresenta a matéria, na íntegra, sobre a declaração de Salvador ter se tornado  a capital  negra da América Latina.Este fato, além de histórico, com certeza se trata de uma grande conquista para a cultura brasileira, bem como com a cultura negra, para a população negra.

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=By4Y3_3r81s
Acessado e postado por Néia Gava, no dia 20 de novembro de 2011.

sábado, 19 de novembro de 2011

Salvador é eleita a capital negra da América Latina

Este sábado, 19 de novembro de 2011, tornou-se um marco histórico para Salvador, pois este recebeu o título de Capital Negra da América Latina. Esta notícia foi veiculada pelo Jornal Nacional, exibido pela Rede Globo, deste sábado.


A Declaração de Salvador, documento com metas e sugestões para o combate ao racismo, foi um dos principais pontos discutidos na cerimônia de encerramento do Encontro Iberoamericano de Alto Nível, parte das comemorações do Ano Internacional dos Afrodescendentes (Afro XXI), no Palácio do Rio Branco, na capital baiana. A presidente Dilma Rousseff participa do encontro ao lado de chefes de Estado iberoamericanos.
"Temos uma relação que tem que ser cada vez mais forte porque significa que estamos olhando para uma das raízes mais importantes da formação de nossas culturas", disse a presidente, falando da importância da relação entre Brasil e África.
O encontro confirmou Salvador como a capital iberoamericana dos afrodescendentes - a capital baiana tem a maior população negra do país e também a maior população negra fora do continente africano. Durante o encontro, a presidente citou o Censo de 2010, no qual 50% dos brasileiros se declararam negros.
O prefeito de Salvador, João Henrique, comemorou a eleição da capital como capital afrodescendente. “Não poderia ser diferente, Salvador é a cidade mais negra do mundo fora da África e com este título, percebemos a importância da nossa cidade para a afirmação da identidade negra no país e na América Latina”, disse em nota. 
A Declaração de Salvador propõe a criação de um fundo internacional para custear ações em prol da população afrodescentende, além de um fórum permanente na ONU para fiscalizar essas ações afirmativas.
"É um motivo de orgulho receber este encontro em Salvador, a cidade brasileira com maior número de afrodescendentes. Durante estes quatro anos de governo, estamos realizando políticas afirmativas, ampliando ações que visam à promoção da igualdade e o combate ao racismo. Esperamos que neste Encontro possamos construir uma agenda positiva e estratégias para o combate a qualquer tipo de preconceito", disse o governador.
Às 16h, Dilma e Wagner devem visitar o Museu Nacional da Cultura Afrobrasileira (Muncab) e , às 18h, os dois participam do show de encerramento do Afro XXI. A previsão é de que Dilma retorne a Brasília ainda neste sábado.
Chefes de Estado
Além da presidente Dilma, também participam do encontro três presidentes: Jorge Carlos Fonseca, do Cabo Verde; José Mojica, do Uruguai e Alpha Condé, da República da Guiné. Há também primeiros-ministros do Uruguai, São Vicente e Granadinas; vice-presidente da Colômbia; ministros de Cuba, Peru e Benin e Angola; além de representantes de Honduras, Venezuela, Costa Rica, Nigéria, Barbados e República Dominicana.


Fontes:
-  Jornal Nacional - Emissora Rede Globo - exibido no dia 19 de novembro de 2011.

Postado em 19 de novembro de 2011, por Néia Gava

Pesquisa: a mulher e a mulher negra na política de Vargem Alta

Esta pesquisa já foi postada neste blog num módulo anterior No entanto, foi acrescentado a ela um dado muito importante, o qual se refere à pressença da mulher negra em cargos de chefia no município de Vargem Alta. Assim, viu-se a necessidade de colocá-la novamente neste espaço, afim de afirmar alguns dados já observados. Segue, abaixo, o texto na íntegra, com dados da pesquisa:



Em pesquisa realizada no município de Vargem Alta, nota-se que uma minoria de mulheres ocupa uma posição de destaque no meio político. Isso porque na Câmara Municipal de Vereadores há, apenas, uma mulher representando o gênero feminino na política interativa, com o poder de decisões.
Já no grupo de secretariado da Prefeitura Municipal, dos onze responsáveis por pastas, há apenas uma mulher, a qual responde pela Secretaria Municipal de Assistência Social.
Em relação à participação em grupos partidários, de todos os grupos existentes no município, nenhum deles é presidido por uma mulher. Nestes partidos, há muitas mulheres integrantes, porém, nenhuma com voz de liderança.
A presença em grande número de mulheres se dá na área da educação, na qual (que também é chefiada por um homem) há muitas professoras, pedagogas, diretoras, coordenadoras.
Outro dado levantado nesta pesquisa é que entre todos os casos citados de mulheres líderes no município de Vargem Alta, não há nenhum exemplo de mulher negra que ocupe uma posição de chefia (secretariado, vereadora, líder de partido político).
Desta forma, o que se nota é que a equidade de gênero e de raça ainda não é uma realidade neste município. Mas certamente é o momento de se agir para que a mulher tenha uma posição de decisão no meio político desta cidade e conquiste o seu direito de igualdade de gênero perante a sociedade.


Por Néia Gava Rocha
Postado em 19 de novembro de 2011
Fonte da pesquisa :www.vargemalta.es.gov.br

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Comunidade Quilombola de Vargem Alta em festa


Para celebrar a grande conquista de Comunidade Quilombola, a localidade de Pedra Branca, localizada no município de Vargem Alta terá uma super festa. Confira a programação:


Programação da Festa Cultural
Comunidade Quilombola de Pedra Branca
18 de novembro de 2011




  • Inauguração da Escola
  • Inauguração da sala de multimídia
  • Apresentação dos alunos com dança afro
  • Entrega do Kit digital e de multimídia
              01 access point
               05 cadeiras giratórias
               05 estabilizador
               01 filmadora Digital Full Hd
               01 Home Teather
               01 Impressora Laser Monocromática
               01 Máquina fotográfica Digital
               05 mesas para computador
               01 mesa para impressora
               01 mesa para projetor
               05 microcomputador
               01 microsystem
               01 nobreak
               01 notebook
               01 projetor multimídia
               01 servidor de rede
               01 tela para projeção com tripé
               01 TV 32 LCD
  • 5ª noite da Beleza Negra
  • Capoeira
  • Jongada de São Benedito – da família Rosa - Muqui
  • Jaguará de Moçambique – da família Rosa - Muqui
  • O negro da Meia Noite – Tipo os bonecos de Olinda
  • Baiana Cuca Legal  -  Tipo os bonecos de Olinda
  • Fogueira
  • Presença dos professores cursistas da Formação Continuada “A Lei 10.639/03 e as práticas Pedagógicas na Desconstrução do Racismo no Cotidiano Escolar
  • Show
 Postado no dia 17 de novembro de 2011, por Néia Gava