Componentes: Néia Gava Rocha, Camila Maria Juffu Lorenzoni, Rita de Cassia Scaramussa, Amanda Deprá Nicoli, Deize Maria Scaramussa de Mattos e Maria da Penha Menassa Panetto

Atividades dos blogueiros:

Rita de Cássia e Camila M. J. Lorenzoni - aplicação dos conteúdos.

Deize e Maria da Penha - pesquisas bibliográficas.

Néia - layout da página, busca por figuras e funcionalidade.

Amanda - exemplos que demonstram a aplicação dos conceitos trabalhados na unidade.




domingo, 29 de abril de 2012

Vídeo: Marta Suplicy defende equidade de gênero




Este vídeo apresenta uma defesa à equidade de gênero na sociedade brasileira. O vídeo mostra, também, dados referentes aos rendimentos mensais entre homens e mulheres.

Fonte:http://www.youtube.com/watch?v=x4DdnV9tPH4&feature=related
Acessado e postado no dia 29 de abril de 2012, por Néia Gava

Vídeo: equidade de gênero no mercado de trabalho

Coordenadora do Programa Pró-equidade de Gênero da Secretaria Especial de Política para as Mulheres do Governo Federal fala sobre Práticas de equidade de gênero tecendo política de igualdade, no Fórum da Mulher.

Fonte:http://www.youtube.com/watch?v=28A7enDuP04
Acessado e postado no dia 29 de abril de 2012, por Néia Gava

Vídeo: Cotas raciais em universidades federais



Fonte:http://www.youtube.com/watch?v=zGBfhYkaFDk
Acessado e postado no dia 29 de abril de 2012, por Néia Gava

sexta-feira, 27 de abril de 2012

COTAS NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS


36 das 59 universidades federais têm políticas de cotas raciais e/ou sociais
32 têm cotas para estudantes oriundos de escolas públicas
25 têm algum tipo de cota racial
21 têm cotas para negros e pardos
19 têm cotas para índios
7 têm cotas para deficientes
1 tem cota para quilombolas


Fonte: http://g1.globo.com/
Acessado e postado no dia 27 de abril de 2012, por Néia Gava

42,3% das universidades federais do país têm cotas para negros e índios

STF considerou constitucional reserva de vagas nas instituições de ensino. Segundo o MEC, cada federal tem autonomia para adotar ou não as cotas.

Levantamento feito pelo G1 mostra que, das 59 universidades federais do país, 36 oferecem algum tipo de ação afirmativa de reserva de vagas no processo seletivo. Destas, 25 têm algum tipo de cota racial para negros, pardos e/ou índios. O número corresponde a 42,3% do total das instituições. Nesta quinta-feira (26), o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou constitucional a adoção de políticas de reserva de vagas para garantir o acesso de negros e índios a instituições de ensino superior em todo o país (veja vídeo).
De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério da Educação, cada instituição federal tem autonomia para decidir se vai ou não adotar uma política de ação afirmativa. As cotas podem ser raciais (para negros, pardos e índios), sociais (para oriundos de escolas públicas e deficientes físicos) ou uma combinação dos dois modelos, ou seja, dentro da cota de vagas para estudantes vindos de escolas públicas são reservadas vagas para negros, pardos e índios. Em geral, para entrar nesta cota, basta que o estudante se autodeclare negro ou pardo.
Um total de 32 universidades federais reserva uma porcentagem das vagas para candidatos egressos da rede pública de educação básica, ou seja, esses candidatos só competem diretamente com outros estudantes na mesma situação. Em algumas delas, a porcentagem de reserva chega a até 50% do total de vagas, caso da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Pernambuco, e da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), no Rio Grande do Sul.
Negros, pardos e índiosEstudantes negros ou pardos são contemplados em políticas de ação afirmativa de 21 instituções. Os indígenas também são contemplados por cotas em 19 processos seletivos nas universidades vinculadas ao MEC. Em alguns casos, como nas federais do Paraná (UFPR) e Roraima (UFRR), há um vestibular específico para indígenas. Em outros, como na Federal do Amapá (Unifap), são oferecidos cursos exclusivos para esse grupo, como a licenciatura intercultural indígena. A Universidade Federal de Goiás (UFG), além de cotas para negros, pardos e índios, é a única do país com cota para estudantes quilombolas.

Sistemas de cotas é considerado constitucional por maioria do Supremo

Ministros deram o aval para que universidades brasileiras reservem vagas para negros e índios em seus processos seletivos


As cotas raciais nas universidades são constitucionais. Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou que as políticas afirmativas não violam o princípio da igualdade e não institucionalizam, como defendeu o Democratas, autor da ação julgada, a discriminação racial.

Os 10 ministros - Dias Toffoli não participou do julgamento - deram nesta quinta-feira o aval para que universidades brasileiras reservem vagas para negros e índios em seus processos seletivos e afirmaram que as ações afirmativas são necessárias para diminuir as desigualdades entre brancos e negros e para compensar uma dívida do passado, resultante de séculos de escravidão no Brasil. No caso específico julgado, o STF concluiu que a política de cotas estabelecida pela Universidade de Brasília (UnB) não viola a Constituição.

O mais aguardado dos votos foi dado pelo ministro Joaquim Barbosa, único negro a integrar o Supremo e que, na semana passada, disse ser vítima de racismo na própria Corte. "Na história não se registra na era contemporânea nenhuma nação que tenha se erguido da condição periférica a condição de potência política mantendo no plano doméstico uma política de exclusão, aberta ou dissimulada, pouco importa, em relação a uma parcela expressiva de sua população", afirmou Barbosa.

Na quarta-feira, o relator do processo, ministro Ricardo Lewandowski, já havia votado favoravelmente às políticas de cotas. O voto foi seguido pelos demais. "A construção de uma sociedade justa e solidária impõe a toda coletividade a reparação de danos pretéritos perpetrados por nossos antepassados", afirmou o ministro Luiz Fux, o primeiro a votar na sessão desta quinta-feira.

A ministra Rosa Weber afirmou que a disparidade racial no Brasil é flagrante e que a política de cotas não seria razoável se a realidade social brasileira fosse outra. "A pobreza tem cor no Brasil: negra, mestiça, amarela", disse Rosa Weber. "Se a quantidade de brancos e negros pobres fosse aproximada, seria plausível dizer que o fator cor é desimportante", acrescentou. Os ministros ressaltaram, no entanto, que a política de cotas deve ser temporária, até que essas disparidades sejam corrigidas. "As ações afirmativas não são a melhor opção, mas são uma etapa. O melhor seria que todos fossem iguais e livres", disse Cármen Lúcia.

O ministro Marco Aurélio Mello afirmou que a neutralidade estatal ao longo dos anos resultou em um fracasso. "Precisamos saldar essa dívida. Ter presente o dever cívico de buscar o tratamento igualitário", disse. Ele lembrou que quando presidiu o STF implementou um sistema de cotas para contratação de funcionários terceirizados. Apesar de votar favoravelmente às cotas, o ministro Gilmar Mendes ressaltou que a reserva de vagas para afrodescendentes pode gerar situações controversas. Na opinião do ministro, o ideal seria que a ação afirmativa fosse baseada em critérios sócio-econômicos. "Aqui permite-se uma possível distorção. Pessoas que tiveram um desenvolvimento educacional adequado sejam convidadas a trilhar caminho facilitário das cotas", disse. "Ricos que se aproveitam da cota, pervertendo, portanto, o sistema", completou.

Ele classificou como caricatural o estabelecimento de um "tribunal racial" que define se o candidato é ou não é negro, podendo adotar critérios contraditórios. Ele disse que esse órgão "está longe de ser infalível". Como exemplo, citou o episódio envolvendo gêmeos univitelinos. Um foi considerado negro e o outro branco para a política de cotas. Gilmar Mendes afirmou ainda haver problemas no Brasil em razão das dificuldades de acesso à universidade pública. De acordo com ele as universidades públicas brasileiras geralmente oferecem poucas vagas. Na UnB, por exemplo, são cerca de 50 vagas no curso de direito por turno.

Para ele, uma saída seria expandir o número de vagas no sistema público de ensino. Mas isso levaria à necessidade de uma dotação maior de recursos. "Se tivéssemos vagas em número suficiente, essa tensão praticamente não existiria", afirmou. Joaquim Barbosa citou a experiência de outros países. Ele informou que em cidades como Nova York e Paris existem cerca de 15 universidades públicas.

Também a favor da adoção das cotas, o ministro Cezar Peluso disse que o sistema "é um experimento que o Estado brasileiro está fazendo e que pode ser controlado e aperfeiçoado". "Com o diploma, de algum modo está se garantindo o patrimônio educacional", afirmou Peluso. "O que as pessoas são e o que elas fazem depende das oportunidades e da experiência que elas tiveram para se constituir como pessoa", disse. "O mérito é critério justo. Mas apenas para os candidatos que tiveram oportunidades". Gilmar Mendes criticou o fato de a política adotada pela UnB ser baseada em critérios puramente étnicos e defendeu uma revisão do modelo daqui a dois anos.


Acessado e postado no dia 27 de abril de 2012, por Néia Gava

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Outras ações voltadas para a população negra


Além da ação específica sobre a Unb, outras duas ações sobre cotas estão na pauta do Supremo. Uma delas se refere a recurso que questiona a política adotada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que combina dois critérios para a seleção: a origem de escola pública e a "raça".

Outra ação que deve ser analisada é a que contesta o sistema de reserva de bolsas de estudo para negros, indígenas, pessoas com deficiência e alunos da rede pública implementado pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) do governo federal. O sistema de seleção para recebimento do benefício foi atacado pelo DEM e por entidades como a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino.

Fonte: http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2012/04/stf-retoma-nesta-quinta-julgamento-sobre-cotas-em-universidades.html

Acessado e postado no dia 26 de abril de 2012,por Néia Gava

STF retoma nesta quinta julgamento sobre cotas em universidades

Relator votou pela legalidade de cotas raciais em universidades. Supremo julga ação do DEM que questiona sistema de cota racial da UnB.

Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quinta-feira (26) o julgamento de três ações que contestam a legalidade de cotas raciais e sociais em universidades.
Na quarta, o tribunal começou a analisar uma das ações, que trata exclusivamente de cotas raciais. As outras ações abordam cotas raciais combinadas com o critério de o estudante vir de escola pública.
O relator de duas das ações, ministro Ricardo Lewandowski, votou pela validade dos sistemas de reserva de vagas com base em critérios de raça. Após o voto do relator, o julgamento sobre cotas foi suspenso. O ministro Ayres Britto, que presidiu o primeiro julgamento após ser empossado, disse que, devido ao horário e falta de quórum para prosseguir os trabalhos, a análise do tema será retomada na tarde desta quinta.
A ação analisada na quarta, protocolada pelo DEM, questiona o sistema de cotas raciais da Universidade de Brasília (UnB). A legenda afirma que o sistema adotado pela instituição de ensino, no qual uma banca analisa se o candidato é ou não negro, criou uma espécie de “tribunal racial”.
Para o relator, a política de cotas da UnB "não se mostra desproporcional ou irrazoável e é compatível com a Constituição". Ele afirmou que o sistema utilizado, que têm período de vigência de 10 anos, pode ser usado como "modelo" para outras universidades.
O modelo que o Supremo tenta estabelecer, se o meu voto for prevalente, é esse modelo de que não é uma benesse que se concede de forma permanente, mas apenas uma ação estatal que visa superar alguma desigualdade histórica enquanto ela perdurar", destacou o relator após o julgamento.
Durante seu voto, Ricardo Lewandowski afirmou também que as políticas que buscam a inserção nas universidades não podem ser analisadas com critérios objetivos, que podem ajudar a "acirrar as distorções".
"Não raro a discussão é reduzida à defesa de critérios objetivos de seleção, isonômicos e imparciais, desprezando-se as distorções que podem acarretar critérios ditos objetivos de afirmação. Quando aplicados a uma sociedade altamente marcada por desigualdades, acabam por acirrar as distorções existentes [...] ensejando a perpetuação de uma elite."
Para o relator, "aqueles que hoje são discriminados têm potencial enorme de contribuir que nossa sociedade avance culturalmente".
"Justiça social mais que simplesmente distribuir riquezas significa distinguir, reconhecer e incorporar valores. Esse modelo de pensar revela a insuficiência da utlização exclusiva dos critérios sociais ou de baixa renda para promover inclusão, mostrando a necessidade de incorporar critérios étnicos."
Lewandowski defendeu que a identificação como negro deve ser feita pelo próprio indivíduo para evitar discriminação. Mas, para coibir fraudes, ele admite alguns mecanismos como a elaboração de formulários com múltiplas questões sobre a raça, uso de foto e formação.
Além de Lewandowski, outros nove ministros do Supremo apresentarão sua posição sobre o tema. O ministro Dias Toffoli não participa do julgamento porque deu parecer a favor das cotas quando era advogado-geral da União.
Único ministro negro do STF
Joaquim Barbosa, único ministro negro do STF, fez um aparte ao voto do relator para falar sobre a posição dos que criticam os sistemas de cotas raciais. "Basta ver o caráter marginal daqueles que se opõe ferozmente a essas políticas."
Barbosa citou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, como "maior expoente" das ações afirmativas contra o racismo naquele país. "A que pode levar uma política de ação afirmativa em tão curto espaço de tempo", citou.
Contra e a favor das cotas
Para a advogada do DEM, Roberta Kauffman, a seleção de quem teria direito às cotas na UnB é feitas com base em “critérios mágicos e místicos” e lembrou o caso dos irmãos gêmeos univitelinos, Alex e Alan Teixeira da Cunha. Eles se inscreveram no vestibular, em 2007, e, depois de analisadas fotos dos dois, Alan foi aceito na seleção das cotas e Alex não. Depois, a UnB voltou atrás.
“A imposição de um modelo de estado racializado, por óbvio, traz consequências perversas para formação da identidade de uma nação. [...] Não existe racismo bom. Não existe racismo politicamente correto. Todo o racismo é perverso e precisa ser evitado”, disse a advogada.
A defesa da UnB argumentou que o sistema de cotas raciais busca corrigir a falta de acesso dos negros à universidade. Segundo a advogada Indira Quaresma, que representou a instituição, os negros foram “alijados” de riquezas econômicas e intelectuais ao longo da história. Para ela, a ausência de negros nas universidade reforça a segregação racial.
“A UnB tira-nos, nós negros, dos campos de concentração da exclusão e coloca-nos nas universidades. [...] Sistema de cotas é belo, necessário, distributivo, pois objetiva repartir no presente a possibilidade de um futuro melhor”, afirmou a advogada da UnB.
A validade das cotas raciais como política afirmativa de inclusão dos negros foi defendida também pelo advogado-geral da União, Luís Inácio de Lucena Adams e pela vice-procuradora-geral, Deborah Duprat. Para eles, o racismo é um traço presente na cultura brasileira e que precisa ser enfrentado.
“Precisamos abrir e ver onde estão essas situações de discriminação, de desfavorecimento de brasileiros e brasileiras e devemos, de fato, apoiar e sustentar para prevalecerem políticas afirmativas como a que a universidade vem adotando de forma eficaz”, disse Adams.
“A missão que a universidade elege é que vai determinar os méritos para a admissão. Se a universidade elege como missão promover a diversidade é esse o critério a ser medido. A Constituição não prega o mérito acadêmico como único critério”, completou a representante do Ministério Público Federal, defendendo a autonomia das universidades.
Além dos representantes da UnB, do DEM e da União, outros 10 advogados ocuparam a tribuna do STF para defender suas posições contra ou a favor das políticas de reserva de vagas em universidades tendo a raça como critério.
A maioria das entidades participou de audiência pública realizadas pelo Supremo, em março de 2010, para discutir o tema. As opiniões se dividem entre os que defendem e criticam a adoção da questão racial como critério em detrimento de outros fatores, como a renda do candidato.


Acessado e postado no dia 26 de abril de 2012, por Néia Gava

sábado, 21 de abril de 2012

A força da Mulher


Mulher:
eis uma força
que reluz do ventre
que brilha entre os humanos
e que desponta entre
tantas outras forças opostas
Mulher:
um exemplo de fortaleza,
uma criação divina.



Escrito e postado no dia 21 de abril de 2012, por Néia Gava

A implementação da Lei 10.639/2003


Fonte:www.youtube.com.br
Acessado e postado no dia 21 de abril de 2012, por Néia Gava

Reservas raciais em boa hora


O Rio Grande do Sul programará cotas em concurso público para órgãos da administração direta e indireta. Estes definirão os percentuais de reserva para negros e índios, com fundamento em informações do IBGE. Há quem irá se manifestar contra a medida de política afirmativa desejando a permanência de cotas de 100% hoje vigentes para os não negros e índios, sob a surrada fundamentação que todos são iguais perante a Constituição. Será que isso é verdade ou é utopia? Os contrários pouco refletem sobre o que afirmam, por falta de argumentos sólidos ficam no plano emocional. A dificuldade da defesa revela o acerto da implantação. Na história recente o negro-escravo era visto como mercadoria. Bem móvel. Coisa. O argumento dos antiabolição registrava que estavam querendo retirar o principal patrimônio dos fazendeiros. País que apoiou por séculos a discriminação tem agora o dever de compensar o erro criando condições de igualdade a todos, por meio de ação positiva do Estado.
Se o Brasil, por sua Constituição cidadã de 1988 (art.3º III), diz que pretende acabar com a miséria do povo, precisa de meios para fazê-lo e estes são políticas públicas. O que todos precisam saber é que as cotas não são para sempre e sim até diminuir o fosso social da desigualdade. Quando a igualdade for realidade, naturalmente serão extintas.
No Rio Grande do Sul, em que o hino diz que povo que não tem virtudes acaba por ser escravo, pelo visto não possui em seus parlamentares vontade de excluir ou alterar a preconceituosa expressão. Até o quero-quero sabe que projeto de lei por deputado é o caminho legal. Precisam olhar a história, pois muitos negros morreram lutando por causas que não eram suas, a não ser a liberdade, que ainda assim foi negada. Os lanceiros negros, por luta de ativistas sul-rio-grandenses, aos poucos vão sendo reconhecidos como heróis da Pátria. A história registra que o negro aportou no RS em 1737 proveniente dos portos do RJ e Santos. Arrancado de suas raízes milenares, o negro introduziu no RS técnicas agrícolas e industriais. O negro foi peão de estância, onde expressou-se como exímio domador, mas foi também taifeiro, tropeiro, campeiro, carreteiro, guasqueiro, corredor de carreira e músico.

Acessado e postado no dia 21 de abril de 2012, por Néia Gava.

STF julgará constitucionalidade de cotas raciais nas universidades


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ayres Britto, informou que pretende levar a julgamento na próxima quarta-feira a ação que discute a constitucionalidade das cotas raciais para ingresso em universidades públicas. O ministro relator Ricardo Lewandowski já liberou o voto desde maio do ano passado mas até agora não havia sido apreciada em plenário.
Lewandowski é relator de duas matérias que tratam diretamente desse assunto. A que entrará na pauta é a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 186, impetrada pelo Democratas (DEM) contra a Universidade de Brasília (UnB) que reserva de 20% das vagas previstas para estudantes afrodescendentes. A ação foi impetrada em 2009.
A outra matéria que entrará na pauta, também ligada às cotas raciais, é a de um estudante gaúcho que alega ter sido prejudicado com o sistema de cotas implementado pela Universidade Federal do Rio Grande do sul (UFRGS). No Recurso Extraordinário 597.285 ele alega ser inconstitucional esse tipo de medida.
Primeiro julgamento com Ayres Britto à frente
Esse será o primeiro julgamento da era Ayres Britto à frente do Supremo. Estas decisões servirão como jurisprudência para o sistema de cotas instituído em várias universidades públicas brasileiras. Em 2011, existiam no Brasil aproximadamente 110 mil cotistas negros em 38 universidades federais e 32 universidades estaduais. O sistema de cotas começou a ser adotado em 2001 no Rio de Janeiro.

Fonte:http://www.geledes.org.br/
Acessado e postado no dia 21 de abril de 2012, por Néia Gava.

Africanos estão entre as maiores vítimas do tráfico humano na Europa

O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, Unodc, traz dados sobre o tráfico humano na Europa que colocam em alerta a África, os países balcânicos e os sul-americanos. Cinco em cada 100 vítimas desse crime é proveniente do continente africano, enquanto um terço vem dos Balcãs e 13% da América do Sul.

Portugal, que é considerado como país de trânsito para vítimas do tráfico humano devido a sua posição geográfica, foi o último país europeu a unir-se à campanha "Coração Azul" contra o tráfico humano. A iniciativa visa aumentar a conscienciatização sobre o problema entre legisladores, sociedade civil, mídias e público em geral.
A agência da ONU apontou a exploração sexual das vítimas como o crime mais lucrativo na Europa, envolvendo 2 milhões e meio de euros por ano. Outras pessoas traficadas acabam por parar, geralmente, em trabalhos forçados. A Unodc documentou ainda que as vítimas são, na maioria das vezes, enganadas por familiar ou pessoa "de confiança". (ONU/ED).

Fonte:http://www.geledes.org.br/
Acessado e postado no dia 21 de abril de 2012, por Néia Gava.

Proteção à mulher

No Espírito Santo, as mulheres vítimas da violência doméstica e familiar podem contar com toda a segurança e proteção do governo do Estado por meio da Casa-Abrigo "Maria Cândida Teixeira", programa desenvolvido pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp). O espaço acolhe mulheres de todas as idades que sofrem violência física, sexual e/ou psicológica e que tenham recebido ameaças de morte por parte de seus agressores.

Na Casa-Abrigo são oferecidos proteção, segurança, transporte, atendimento médico, jurídico e psicossocial às mães e filhos, além de acompanhamento pedagógico e recreação para as crianças, que também recebem atendimento educacional de alfabetização. As abrigadas permanecem na casa pelo período necessário, até reunirem condições para retomar o curso de suas vidas de forma segura.
Para ser atendida pelo programa, a mulher vítima da violência doméstica, deve estar em risco iminente de morte (com ou sem perseguição do agressor); deve ser maior de 18 anos; não possuir alternativas para separação protegida do agressor (amigos, família, aplicabilidade e eficácia no caso das medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha); e também compreender a função do abrigamento, com aceitação do ponto de vista psíquico e emocional.
Inicialmente, as vítimas de violência doméstica e familiar devem registrar um Boletim de Ocorrência nas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM) e se necessário, elas são encaminhadas para fazer o exame de corpo de delito no Departamento de Medicina Legal (DML). Após o procedimento, as autoridades policiais encaminham a vítima aos Centros de Referência Municipal da Mulher (CRM), localizados na Grande Vitória e nos municípios do interior do Estado, que darão continuidade aos demais atendimentos necessários à proteção da vítima e de seus filhos. O CRM verifica a necessidade de abrigamento protegido e sigiloso, e havendo a necessidade, as mulheres são encaminhadas juntamente com seus filhos à Casa-Abrigo Estadual.

Acessado e postado no dia 21 de abril de 2012, por Néia Gava.

Locais de atendimento à mulher no ES

O site http://www.es.gov.br/Cidadao/paginas/mulher_delegacia_direitos.aspx apresenta vários locais, no Espírito Santo, de atendimento à mulher em situação de violência. É necessário que todos os conheçamos. Vejamos:
Central de Atendimento à Mulher – Disque 180: Trata-se de um serviço gratuito da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, do governo federal, que orienta as vítimas de violência doméstica. Funciona durante 24 horas, todos os dias.
Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher (NUDEM) - Defensoria Pública do Estado do Espírito Santo. Endereço: Av. Maruípe, nº 2.544, Casa do Cidadão, Bloco A, 2º Piso, Bairro Itararé, Vitória, CEP 29.047-475 - Tel. (27) 3382-5516 – nudem.dpes@gmail.com
Promotoria de Justiça de Defesa da Mulher
Endereço: Avenida Serafim Derenzi, 11.247, Loja 1, Bairro Santa Marta – Vitória – ES.
Tel: (27) 3227-3000. - E-mail: promotoriadamulher@mpes.gov.br
Delegacia da Mulher - Vitória(27) 3137 9115
Endereço: Rua Portinari, s/n, Santa Luiza, Vitória. CEP: 29045-402
Delegacia da Mulher - Vila Velha (27) 3388 2481
Endereço: Rua Luciano das Neves, 430, Prainha, Vila Velha. CEP: 29123-000
Delegacia da Mulher – Cariacica/Viana - (27) 3136 3118
Endereço: Av. Expedito Garcia, 220, Campo Grande, CEP.: 29146-201
Delegacia da Mulher – Serra - (27) 3328 7212
Endereço: Av. Civit 193, Laranjeiras - Serra. CEP: 29165-824
Delegacia da Mulher – Colatina - (27) 3177 7121 - 3177 7120
Endereço: Rua Benjamin Constant, 110, Bairro Marista, Colatina. CEP: 29710-050
Delegacia da Mulher – Cachoeiro de Itapemirim - (28) 3155 5084
Endereço: Rua 25 de Março, 126, Centro, Cachoeiro de Itapemirim. CEP: 29300-000
Delegacia da Mulher – Linhares - (27) 3264 2139
Endereço: Rua Presidente Getúlio Vargas , 1200, Centro, Linhares. Cep: 29210-000
Delegacia da Mulher - Guarapari - (27) 3161 1031 – 3161 1032
Endereço: Caminho da Fonte, Morro do Atalaia, Centro, Guarapari , CEP: 29200-000
Centro de Referência de Atendimento à Mulher - Centro de Atendimento às Vítimas de Violência e Discriminação Doméstica de Gênero, Racial e por Orientação Sexual (CAVVID) de Vitória - Avenida Maruípe, nº 2544 – Itararé/Vitória - (27) 3382-5464
Centro de Referência e Apoio à Mulher em Situação de Violência de Vila Velha (Cram-Vive): Avenida Luciano das Neves, 348, Fundo da Delegacia das Mulheres, na Prainha, Vila Velha - Telefone: 3388-4054/4272. Atendimento de 2ª a 6ª, das 8h às 18h.
Centro de Referência de Atendimento à Mulher Pró-Vida - Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica de Serra – 2ª Avenida, nº 723, Parque Residencial Laranjeiras – Telefone: (27) 3328-7500 - Atendimento de 2ª a 6ª, das 8h às 18h. Email: departamentodamulher.serra@hotmail.com
Centro de Referência de Atendimento à Mulher - Centro de Atendimento às Vítimas de Violência (CEAV) de Colatina ES – Endereço: Rua Álvaro Antoline, nº 151 - Bairro: Vila Nova/Colatina – Telefone: 3177.7020 - Email: ceav_colatina@hotmail.com
Centro de Referência de Atendimento à Mulher - Casa da Mulher - Programa Municipal da Atenção à Família de Viana ES – Endereço: Rua Guarapari, s/n, Loteamento Arlindo Vilaschi, Bairro Areinha, Viana – ES: Tel. (27) 3366.3137
Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher: Muquiçaba/Guarapari/ES -Tel: 3362-0264
Centro de Atendimento S.O.S Mulher Rede de Apoio a Mulher Viva Maria: Independência/Cachoeiro do Itapemirim -de 2ª a 6ª, das 9h às 18h - Riviera da Luz, s/nº - Bairro: Ilha da luz - Cachoeiro de Itapemirim, ES - 29300-970 -Tel.: (28) 9885-3130.

Fonte: http://www.es.gov.br/Cidadao/paginas/mulher_delegacia_direitos.aspx
Acessado e postado no dia 21 de abril de 2012, por Néia Gava.

Violências contra a Mulher

Será que a violência contra a mulher consiste apenas na agressão física? Através do site http://www.es.gov.br/Cidadao/paginas/mulher_delegacia_direitos.aspx  é possível perceber que há vários tipos. Vejamos:

- Violência física: Qualquer ato que prejudique a integridade ou saúde corporal da vítima.
- Violência psicológica: Qualquer ação que tenha a intenção de provocar dano emocional e diminuição da a utoestima, controlar comportamentos e decisões da vítima por meio de ameaça, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, insulto, chantagem, ridicularização ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação.
- Violência sexual: Qualquer conduta que force a vítima a presenciar, manter ou a participar de relação sexual não desejada, que impeça a vítima de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao casamento, à gravidez, ao aborto ou à prostituição.
- Violência patrimonial: Quando o agressor toma ou destrói os objetos da vítima, seus instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos.


Acessado e postado no dia 21 de abril de 2012, por Néia Gava

Seu Jorge recita "Negro Drama", dos Racionais


Eis uma linda poesia, música, que revela o valor do negro misturado aos seus diversos sentimentos de inferioridade diante de uma sociedade racista.

Fonte:http://www.blogger.com/blogger.g?
Acessado e postado no dia 21 de abril de 2012, por Néia Gava

Música "Mulher", de Elba Ramalho


Esta música é linda. E a voz da Elba Ramalho a torna mais poética, associando o perfil da mulher à delicadeza lírica.

Fonte:http://www.youtube.com/watch?v=wouvnjS2pV8
Acessado e postado no dia 21 de abril de 2012, por Néia Gava

De NEGRO para AFRODESCENDENTE, o que está por trás desta sutil mudança de nomenclatura?

Este vídeo apresenta uma verdade pouco conhecida e tampouco divulgada. Eis uma verdade que fere.

Fonte:http://www.youtube.com/watch?v=eU--vGPlzr8
Acessado e postado no dia 21 de abril de 2012, por Néia Gava

Gênero e raça: ainda o preconceito



Fonte: http://www.google.com.br/search?q=charges+de+negros
Acessado e postado no dia 21 de abril de 2012, por Néia Gava

Ainda o Racismo

Esta charge dispensa comentários...Ela só merece a nossa preocupação!

Fonte: http://www.google.com.br/search?q=charges+de+negros
Acessado e postado no dia 21 de abril de 2012, por Néia Gava

Charge sobre o Negro



Esta charge revela como o negro ainda é visto na sociedade, em pleno século XXI.


Fonte:http://www.google.com.br/search?q=charges+de+negros
Acessado e postado no dia 21 de abril de 2012, por Néia Gava

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Fichamento


Aluna: Néia Gava Rocha


Unidade 3 – Marcos históricos, conceituais e institucionais das políticas públicas de gênero e raça

Módulo 5 - A transversalidade de gênero e raça na gestão pública




Qual o tema abordado na unidade?

O tema abordado nesta unidade,Marcos históricos, conceituais e institucionais das políticas públicas de gênero e raça”, objetiva demonstrar como ocorreu, na sociedade atual, a formulação e o desenvolvimento da noção e das práticas em torno da cidadania e, em especial, indicar a atuação dos movimentos sociais nesse âmbito. Para tanto, a unidade em discussão  trata dos marcos históricos, conceituais e institucionais das políticas públicas de gênero e raça, nos contextos social e histórico.


Quais os principais conceitos apresentados na unidade?



Para que a discussão dessa temática seja significativa, a unidade em discussão apresenta alguns conceitos e explicações argumentativas que, certamente, são os alicerces da apresentação e promovem o conhecimento acerca dos marcos históricos, conceituais e institucionais das políticas públicas de gênero e raça.

Para iniciar, é necessário citar a conceitualização e a contextualização social da globalização e dos movimentos sociais, pois ambos demarcaram um período histórico cujo caráter transnacional da articulação dos movimentos acarretou sua maior visibilidade e centralidade na agenda política da maioria dos países.

Isso porque o final do século XX foi marcado por grandes transformações nas economias mundiais, pois surgem questionamentos em torno do capitalismo e tem início a crise do Estado-Providência nos países desenvolvidos, o qual é assim denominado para designar o Estado de Bem-Estar Social desde o pós-guerra. Assim, o processo de globalização passou a gerar novas interrelações entre os Estados nacionais, ou seja, passou a representar novos desafios para os Estados, como a conciliação entre a inserção externa e o crescimento econômico, e a garantia do grau de autonomia decisória nacional para definir e executar formas alternativas de integração ao sistema internacional. Em outras palavras, pode-se dizer eu a globalização fortaleceu os laços sociais, políticos e econômicos entre todos os países.

Além disso, é importante mencionar que esse processo de globalização, ou de intercâmbio entre os países, contribuiu fortemente para que os movimentos sociais e as políticas públicas transcendessem as fronteiras locais e nacionais, de modo a articularem objetivos comuns e, assim, beneficiar a um gruo maior de pessoas.

Diante deste contexto de globalização, os considerados “novos” movimentos sociais ampliaram sua abrangência, que passou a compreender reivindicações de identidade, reconhecimento e redistribuição, com o fim da centralidade dos movimentos, isto é, passaram a reorganizaram-se em redes transnacionais, com novas demandas e investimentos nas transformações culturais em diversas localidades, descentralizando os movimentos sociais.

Vê-se, desta forma, que os novos movimentos sociais se contrapõem aos “velhos” ou tradicionais em suas práticas e objetivos, pois estes dizem respeito aos movimentos aglutinados, localizados ou centralizados. Isso significa afirmar que o uso do termo “novos” não quer dizer  que anteriormente não houvesse articulações políticas pela defesa das mulheres e de negros, ou de outros grupos considerados marginalizados.

Na verdade, o que marca a diferença no século XX é o caráter transnacional da articulação dos movimentos, sua maior visibilidade e centralidade na agenda política da maioria dos países, conforme mencionado anteriormente. A expansão dos novos movimentos sociais contou com a incorporação de sujeitos coletivos e de segmentos na sociedade da informação e do conhecimento de uma forma globalizada, o que acarretou fortalecimento dos movimentos e, consequentemente, mais resultados.

Entre tantos outros movimentos que aconteceram no contexto da globalização, podem ser citados os seguintes: Conferências Internacionais sobre as mulheres; Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher; Assembleia Geral da ONU, que adotou o Protocolo Facultativo à Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher; II Conferência Mundial de Direitos Humanos; Plataforma de Ação adotada em Beijing na IV Conferência Mundial sobre a Mulher; III Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e Intolerâncias Correlatas.

Tais movimentos apresentavam basicamente os mesmos objetivos: mobilizar mulheres e homens de vários grupos étnico-raciais e diversas nacionalidades para que lutassem por seus direitos sociais, pela equidade de gênero e de raça, o que caracteriza a transversalidade de gênero e raça, ou seja, a incorporação da perspectiva de gênero e de combate ao racismo em todas as políticas públicas propostas pelo Estado e desenvolvidas em cada área governamental e que tenham impacto no combate à pobreza e às desigualdades sociais e econômicas de forma globalizada.

Diante deste contexto, começam a acontecer a redemocratização e a reforma do estado no Brasil, o qual é marcado por três momentos decisivos para tais transformações: o primeiro corresponde ao período Getúlio Vargas (1937-1945), momento em que ocorreu uma estruturação das bases do chamado nacional-desenvolvimentismo, o qual é caracterizado por sua proposta de modernização da gestão federal, com a finalidade de conferir ao Estado um aparato burocrático racionalizador da administração pública. Outra vantagem dessa estrutura consistiu na implementação de um projeto desenvolvimentista, baseado na forte presença do Estado em áreas avaliadas como cruciais ao desenvolvimento do país, ou seja, o Estado passou a regular certas atividades econômicas, visando estimular a industrialização e a modernização do país.

Já o segundo momento corresponde ao período do regime militar (1964-1985), o qual buscou ampliar a Administração Indireta, que passou a atuar em bases empresariais. Assim, através do Decreto-lei 200/1967 foi constituída a primeira tentativa de implementação de uma reforma gerencial na Administração Pública Brasileira, a qual privilegiou a descentralização e a autonomia de autarquias, fundações e empresas estatais como modo de conferir agilidade ao Estado.

O terceiro momento se caracterizou com a nova Constituição de 1988, com o fortalecimento dos princípios da legalidade e da publicidade, a partir do controle externo e da descentralização. Assim, nos anos 1990, no Brasil, a população assiste à ruptura com o modelo desenvolvimentista até então vigente, a partir das iniciativas de reforma do Estado, as quais tiveram o seu início no governo Fernando Collor (1990-1992), e eram dirigidas à privatização, à liberalização comercial e à abertura da economia.

Diante de tais mudanças, nota-se que o processo de reforma baseou-se na perspectiva do Estado mínimo, avaliado como uma forma de governabilidade mais ágil e com menores custos. Muitas outras mudanças foram acontecendo à medida que surgiam as necessidades diante do contexto da globalização. Entra tantas, vê-se a reforma gerencial, a qual exigiu novas capacidades institucionais, com vistas a: incrementar a governança; reforçar a governabilidade (a qual é caracterizada pelas condições institucionais que legitimam as decisões); aumentar a eficiência, com a introdução de formas inovadoras de gestão e de um movimento para escapar da burocracia e do patrimonialismo (este termo caracteriza o momento em que o Estado não distingue os limites do que é público e do que é privado); reduzir o tamanho do Estado, mediante privatizações e terceirização; diminuir a interferência estatal na economia, com desregulamentações e adoção de controles pelo mercado; possibilitar ao administrador público autonomia e condições efetivas para gerenciar com eficiência as agências públicas e instituir mecanismos democráticos de controle.

O que se pode afirmar, diante de variadas mudanças nos contextos social e político do Brasil, é que a reforma gerencial postulava uma mudança nas formas de gestão e nas instituições governamentais, de modo a garantir maior eficiência e efetividade da ação estatal, o que fortaleceria e aumentaria as possibilidades das ações em benefício do coletivo.

Todavia, a partir de 1965, o Brasil passa por um crise econômica, a qual se agrava entre os anos de 1968 e 1974, atingindo o desenvolvimento capitalista: o baixo crescimento, a aceleração inflacionária e o desequilíbrio financeiro acarretaram um conflito entre a política econômica e a política social. Visando acabar com tal crise, defendia-se então o abandono das regulações generalizadas, a redução dos tributos e a diminuição dos gastos do Welfare State. Tais iniciativas objetivavam reativar a economia e superar a crise. As dificuldades envolviam o âmbito fiscal, que perdia sua capacidade de intervenção; os questionamentos do modelo de intervenção do Estado (desenvolvimentista) e a falência do modelo burocrático de administração, tido como responsável pelos altos custos das operações estatais e pela baixa qualidade dos serviços.

Também entre os anos de 1970 e 2000 se intensificou o debate em torno da crise do Estado de Bem-Estar Social e das possíveis soluções. Isso porque o mundo vivia uma conjuntura de bipolarização política:  o sistema capitalista e  o socialista. Esse momento foi denominado como guerra fria. Na América Latina e em alguns países da América Central, os movimentos operários e camponeses lutavam por melhores salários, por seus direitos sociais e pela posse da terra. Esse cenário favoreceu que o governo dos Estados Unidos apoiasse políticos liberais na derrubada de governos populistas e nacionalistas, para evitar a chegada dos comunistas ao poder. Os golpes de Estado (estes são assim denominados porque juntou a Marinha, o Exército e organizações terroristas neofascistas chilenas, com apoio militar e financeiro dos EUA e CIA com intuito de derrubar o presidente Salvador Allende) instituíram as ditaduras militares como meio de controle sobre os movimentos populares.

            A Reforma do Estado, no Brasil, após o golpe de 1964, foi caracterizada pela instituição do modelo desenvolvimentista, o qual se deu através do processo de industrialização acelerada, com controle rígido do movimento operário e social. Apesar das evidências das diferenças entre os modelos ditatoriais, é possível indicar certas características comuns, como o aumento significativo da dívida externa, de acordo com as orientações do Banco Mundial e do Conselho de Washington. Assim, os regimes militares combinaram o autoritarismo político com o liberalismo econômico.

Assim, a Reforma do Estado tornou-se um tema central na agenda política mundial, o que fez com que surgisse a necessidade de responder às insatisfações geradas pelos modelos institucionais precedentes e pelos chamados “novos” movimentos sociais, que passaram a inserir temas não abordados pelos partidos, como o feminismo, o racismo, assuntos étnicos, a ecologia, a defesa do consumidor, entre tantos outros. Tudo isso fortaleceu o discurso que enfatizava a necessidade de um novo papel estatal, capaz de garantir maior efetividade, eficácia e eficiência.

Alguns modelos foram adotados no decorrer da história do Brasil: a adoção do modelo neoliberal iniciou-se com o ex-presidente Fernando Collor de Melo (em 1990) e prosseguiu no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Houve o ajuste fiscal, em detrimento da nova institucionalidade, redefinição das atribuições do Estado, com a intensificação do processo de privatização e a tentativa de mudança do papel de Estado, de produtor para regulador. Portanto, a resposta foi neoliberal e conservadora. Ou seja, primou pelo restabelecimento do equilíbrio fiscal, pela redução da dimensão do Estado, pela abertura comercial e orientação para o mercado.

Os termos em uso no momento eram “desestatização”, “Estado mínimo”, “privatização” e “lógica de mercado”, todos buscando pela atuação neoliberal do Estado. Como consequências, são apontados o aumento do desemprego e da miséria, a privatização de empresas públicas lucrativas, como a Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional.

No entanto, com a posse do presidente Luis Inácio Lula da Silva, em 2003, entra em vigor uma nova concepção de reconstrução do Estado. A perspectiva da superação do modelo social burocrático manteve-se, e o papel do Estado foi ressaltado como promotor de políticas públicas, em parceria com o movimento social organizado. O eixo central consistia nos direitos sociais, os quais se tornaram pauta principal das discussões acerca de mudanças sociais.

Durante a governança de Lula, entre 2004 e meados de 2010, ocorre uma inversão da política até então implementada pelo Estado brasileiro. O país passa por inúmeras transformações: estabilidade econômica, observada pela baixa inflação, redução do desemprego, o Produto Interno Bruto (PIB) registra expansão média de 3,55% ao ano, incentivo às exportações, estímulo ao microcrédito, ampliação dos investimentos na agricultura familiar, incremento da produção da indústria automobilística, mudança do salário mínimo com aumento de 155%. Todas essas mudanças no Brasil, diante do cenário internacional, teve como consequência a liquidação antecipada do pagamento das dívidas contraídas em governos anteriores, em especial com o FMI, fortalecimento do Mercosul com bloco econômico e aumento da credibilidade do país junto às comunidades internacionais.

Assim, além de todas essas mudanças, no governo Lula é possível observar muitos outros acontecimentos: a organização de conferências, consultas públicas, a instituição de ouvidorias, conselhos e mesas de negociação contribuíram expressivamente para a constituição dos mecanismos de uma democracia participativa, afinal a  participação contínua da sociedade na gestão pública é um direito assegurado pela Constituição Federal e garante ao ser humano a interação e a participação nas decisões sociais políticas e econômicas.

Diante dessas mudanças, aumentam as discussões acerca das políticas públicas de gênero e raça, pois os estudos acerca da transversalidade de gênero e raça passaram a receber ênfase, com a ampliação da institucionalização das políticas direcionadas a estes grupos, o que caracterizou um processo gradual de incorporação de tais temáticas na agenda governamental, seja no nível nacional, expresso pela criação da Secretaria Pública da Mulher, seja no âmbito local, com a institucionalização das coordenadorias e secretarias estaduais e municipais.

Para efeito de esclarecimento e de conceitualização, torna-se necessário apresentar os conceitos de interseccionalidade, intersetorialidade e transversalidade, os quais na gestão pública não são sinônimos. Todavia, eles se referem à mesma concepção: de que as políticas públicas devem se articular para contribuir, sobretudo, para a superação das desigualdades econômicas, de gênero e raça.

A intersetorialidade se trata de um conceito mais difundido na administração pública brasileira, pois ela compreende a perspectiva de que a gestão das políticas sociais e dos serviços públicos deve ser realizada por meio de ações integradas (Ministério, Secretaria, Fundação, Coordenadoria, entre outros), o que facilitaria o desenvolvimento das ações públicas.

O termo interseccionalidade se trata de uma categoria com um conteúdo de caráter político bem definido, ou seja, trata-se de um conceito que engloba a complexidade da situação de indivíduos e grupos, considerando a coexistência de eixos de subordinação (racial, de gênero, a orientação sexual e a condição de classe somam-se, gerando situações de desigualdades e discriminações mais intensas para determinados grupos sociais). A partir deste conceito é possível tornar visível a existência ou não de desvantagens produzidas sobre as pessoas em uma sociedade desigual.

Já a transversalidade de gênero e raça denota a dimensão interseccional da desigualdade e deve compreender ferramentas analíticas de articulação de múltiplas diferenças e desigualdades. Isso significa afirmar que toda ação transversal envolve mais de uma política, enquanto muitas ações intersetoriais não atendem à transversalidade de gênero e raça, não incorporam as especificidades de mulheres e grupos raciais discriminados.

Mediante tais conceitos, nota-se que as três definições significam que transversalizar a política a partir da dimensão de gênero (extensiva à dimensão racial) não é senão incluir a noção de gênero e raça na própria definição de política pública: formulação, aplicação e avaliação. Ou seja, trata-se de colocar a perspectiva da transversalidade como um marco intencional, que se compromete a realizar outras formas de entendimento acerca da normatividade estabelecida em torno da condição de gênero e raça, geralmente pensada como permanente ou imutável.

Assim, como consequência das políticas públicas já implantadas no Brasil, uma das conquistas foi da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM), a qual têm como atribuições propor, coordenar e articular um conjunto de políticas públicas dirigidas à eliminação de todas as formas de discriminações de gênero, à consolidação de plenos direitos humanos e à cidadania para as mulheres.

Desta forma pode-se dizer que o diferencial da Secretaria de Políticas para as Mulheres em relação às experiências institucionais anteriores está no fato de a SPM ser o primeiro órgão, no nível federal, com status de Ministério e estar diretamente vinculado à Presidência da República, além de articular as ações para o desenvolvimento de políticas públicas integradas, dirigidas às mulheres brasileiras.

Assim, a Secretaria de Políticas para as Mulheres realizou, em 2004, a I Conferência Nacional de Mulheres, a qual resultou na elaboração e aprovação do I Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. A partir deste momento, muitos outros eventos voltados para esta temática aconteceram. Dentre eles, em 2007, houve a II Conferência Nacional de Mulheres, o I Plano Nacional e, consequentemente, as políticas implementadas, foram avaliadas e reorientadas, o que culminou na inclusão do eixo “Mais Mulheres nos Espaços de Poder e Decisão” de forma a incluir a mulher em todos os ambitos sociais. Assim, desta conferência resultou o II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. Tais acontecimentos comprovam a consecução dos princípios do Estado Democrático e de Direitos, visto que a elaboração das políticas foi efetuada através de intenso debate e com participação efetiva das mulheres e dos agentes públicos dos três níveis de governo (municipal, estadual e federal).

Outra conquista foi a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SPPIR), a qual foi criada em 2003, com o objetivo de promover a igualdade racial e combater ao racismo, por meio de uma Secretaria vinculada à Presidência da República, com status de Ministério, também inaugurou uma nova fase na história brasileira das relações raciais.

Tal Secretaria é responsável pela formulação, coordenação e articulação de políticas e diretrizes para a promoção da igualdade racial e proteção dos direitos dos grupos raciais e étnicos discriminados, com ênfase na população negra. Isso é devido ao fato de este ser o primeiro grupo étnico-racial a se organizar politicamente no país, com vistas a promover a superação do racismo.

Dentre as conquistas da referida secretaria estão: introdução da questão do antirracismo na agenda do governo federal; a Constituição de 1988 foi precedida por um amplo debate público, do qual participaram vários setores da população, dentre eles o movimento negro. Desta forma, havia um clima propício aos temas vinculados aos direitos humanos, em especial, à questão racial. No ano de 1988, quando se celebrava também o Centenário da Abolição, foram estabelecidos na Constituição Federal (CF/1988) alguns princípios favoráveis à luta antirracismo no país, como o reconhecimento do direito de posse da terra às comunidades quilombolas e a criminalização da discriminação racial – marco jurídico que passou a disciplinar e a coibir a prática do racismo.

Além disso, podem ser citados também alguns movimentos e conquistas: “Marcha Zumbi dos Palmares, contra o Racismo, pela Cidadania e a Vida; instituição do Programa Nacional de Direitos Humanos; criação do um Grupo de Trabalho Interministerial de Valorização da População Negra, vinculado ao Ministério da Justiça; criação do Grupo de Trabalho para a Eliminação da Discriminação no Emprego e na Ocupação, no Ministério do Trabalho e Emprego; lançamento do Programa Brasil, Gênero e Raça; lançamento do Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial; Programa Brasil Quilombola.

Assim, diante de tais ações afirmativas e políticas de reparação à população negra e a outros grupos étnico-raciais discriminados é possível afirmar que há o interesse sócio-político pela equidade de gênero e de raça no Brasil.


Explicite que relação existe entre o que o texto problematiza e a sua atuação enquanto gestor/a:

Os textos estudados nesta unidade apresenta os marcos históricos, conceituais e institucionais das políticas públicas de gênero e raça. Além disso, há a apresentação da transversalidade de gênero e raça na gestão pública. Portanto, pôde-se perceber que as políticas públicas de gênero e raça são, na verdade, instrumentos de transformação social e educacional, o que fortalece o desenvolvimento sócio-econômico do país, pois todos poderão interagir no meio em que vivem sem distinção de raça ou sexo.

Já na minha profissão exerço o papel de formadora ou “estimuladora” de opiniões diversas, ou seja, estimulo no aluno a sua percepção acerca de sua interação no meio em que vive, enquanto cidadão que tem o poder de opinar e participar das decisões sociais e econômicas, seja este negro ou branco, mulher ou homem.

Assim, a relação existente entre o que o texto apresenta e a minha atuação profissional está na construção da cidadania através do direito de equidade de gênero e raça, enquanto sujeito interativo, diante da sociedade civil, bem como diante da legislação que lhes garante isso.

Expresse alguma ideia ocorrida em relação ao seu trabalho depois da leitura e sistematização da unidade: 

Durante a realização da leitura dos textos desta unidade e da produção do fichamento e do fórum, muitas ideias me ocorreram acerca da minha prática educacional, enquanto formadora de opinião e possível agente nas políticas públicas. Dentre elas, devo citar a que mais me instigou: trabalhar com os alunos textos e legislações que apresentam as mudanças e os interesses sociais e políticos da minha cidade, visando instigar nos discentes a vontade em participarem interativamente das decisões políticas e econômicas, dando opiniões, criticando, sugerindo soluções, buscando seus direitos enquanto cidadão, além de exigirem políticas públicas que visem a equidade de gênero e de raça. Ao agir desta forma, acredito que tenho o poder de despertar nos alunos o interesse em conhecer as políticas públicas que ocorrem em nossa sociedade e que os envolvem.


Referência
Marcos históricos, conceituais e institucionais das políticas públicas de gênero e raça. In: Curso de formação em Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça/ GPP-GeR, Módulo I, unidade IV. Disponível em:http://www.gppgr.neaad.ufes.br/course/view.php?id=117.

Postado no dia 20 de abril de 2012, por Néia Gava

Movimento Negro cobra a Casagrande retorno sobre proposta de políticas públicas

Movimento Negro do Estado do Espírito Santo, inserido no Grupo de Trabalho de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, está solicitando ao governador Renato Casagrande a elaboração de diretrizes para a implementação de Políticas de Promoção da Igualdade Racial no Estado.
O GT foi instituído pelo próprio governador, mas as lideranças estão cobrando, mais uma vez, a efetivação das políticas públicas ligadas ao tema. Na última quarta-feira (15), o Movimento Negro enviou uma solicitação formal ao governador, para explicar a necessidade da adoção de políticas que possam enfrentar e desconstruir o racismo que, brutalmente, ainda persiste e desestrutura a sociedade. “Diversas estratégias já foram lançadas, entretanto os resultados alcançados não nos permitem gozar de um quadro muito favorável”, diz o documento.
Para o Movimento Negro do Estado, tal necessidade está prevista na Lei Estadual 7.723/04 e leis federais, como por exemplo a 10.639/03 e a recente 12.288/11, que engloba o Estatuto da Igualdade Racial. O documento relata a Casagrande que o movimento reunido em assembleia, no dia 14 de abril do ano passado, com a presença de aproximadamente 60 organizações, ratificou as propostas já apresentadas ao Executivo estadual e solicitou uma agenda na tentativa de inaugurar um período de diálogo e garantir os devidos desdobramentos.
“Todavia, apesar da insistência dos diversos setores, essa agenda não ocorreu com a agilidade esperada”, afirma. Depois de tanto esperar, o movimento foi convidado para um café da manhã no último dia 24 de novembro, com o governador. O momento é considerado histórico pela categoria, já que as demandas pautadas há décadas puderam ser finalmente expressadas. Foi na ocasião que se formou o Grupo de Trabalho.
O diálogo ainda não avançou
O movimento reconhece, ainda, que o Espírito Santo, no que pese ser um Estado de maioria negra, ainda não havia dado a devida atenção para graves distorções sociais e raciais vigentes. Desde aquela ocasião, porém, apesar das expectativas e da aparente disposição de ambas as partes, o diálogo não avançou. O GT só conseguiu realizar apenas uma reunião, que conseguiu fazer com que o movimento apresentasse sua proposta de regulamentação e metodologia de trabalho. Os representantes do governo, no entanto, ainda não deram resposta sobre a apreciação da proposta ao governador.
“É imperativa a formulação e implementação de políticas que possam promover a igualdade racial e garantir direitos elementares ao povo negro”, afirma o Movimento Negro, que engloba entidades como Mulheres Negras, Círculo Palmarino, Coordenação Estadual de Quilombos do Espírito Santo, Agentes Pastorais Negros (APN’s), Conselho Municipal do Negro de Vitória, Fórum Estadual de Juventude Negra (Fejunes), Negros do PSB e União de Negros pela Igualdade (Unegro).


Fonte:http://diariodocongresso.com.br/
Acessado e postado no dia 20 de abril de 2012, por Néia Gava

Estado debate políticas públicas específicas para os negros

O governador Renato Casagrande e o vice-governador Givaldo Vieira receberam representantes de diversos movimentos negros do Espírito Santo para um café da manhã em comemoração à Semana da Consciência Negra, na manhã de ontem, no Palácio Anchieta.

Durante o encontro, foi aprovada a proposta da criação de um grupo de trabalho permanente para debater as políticas públicas específicas, composta por membros do Governo e dos movimentos sociais.
Também participaram do encontro o secretario de Governo Robson Leite,da Assistência Social Rodrigo Coelho, e do Conselho Municipal do Negro (Conegro - Serra), União de Negros pela Igualdade (Unegro – Vitória) (Vitória), PMDB Afro, Conselho de Igualdade Racial de Cachoeiro de Irapemirim, Conselho do Movimento Negro do PSB, do Grupo de Estudos Afrobrasileiro do Ifes, da Pastoral do Negro e da Secretaria Nacionaldo Movimento Negro.
“Esta é a nossa primeira reunião de trabalho com pauta aberta. Temos diversas políticas públicas em andamento, conectadas às demandas dos movimentos negros, mas vamos debater também as reivindicações especificas neste grupo de trabalho permanente, a fim de aperfeiçoar a atuação do Estado e de atender aos anseios dos movimentos negros capixabas”, destacou o governador, que nomeou os secretários Robson Leite, Rodrigo Coelho e Luiz Carlos Cicilioti, da Casa Civil, como interlocutores oficiais da gestão estadual.
Dentre os assuntos debatidos no encontro, destacam-se a composição de uma estrutura administrativa para as políticas públicas destinadas aos negros, segurança, preconceito racial, a situação da mulher e dos jovens negros e o desafio de eliminar as desigualdades. O governador também recebeu o documento elaborado na Assembleia do Movimento Negro Capixaba, com as principais reivindicações destacadas pelas entidades e representantes dos movimentos negros.

Acessado e postado no dia 20 de abril de 2012, por Néia Gava