O Governo Federal tem à sua disposição o perfil da população que vive em condições de extrema pobreza no país, composta por 16 milhões de habitantes. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) durante o Seminário Nacional – A cultura como veículo de erradicação da miséria, na tarde da última quarta-feira (17). As informações são base para a elaboração das estratégias para eliminação da pobreza, nos próximos quatro anos.
Para chegar ao perfil destes brasileiros, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) realizou estudo das condições sócio-econômicas. Segundo o levantamento, a população em situação de miséria é em sua maioria composta por crianças e jovens: 40% tem até 14 anos de idade, 50% tem até 19 anos. Uma população tipicamente negra (70%) e rural dividida em 80% nas áreas rurais e 15% nas periferias das grandes cidades.
A maior concentração se encontra nas regiões norte e nordeste (80%), sendo que 60% destes se encontram no nordeste. Piauí, Maranhão e Alagoas são os que apresentam os maiores percentuais de pessoas em situação de extrema pobreza. Todos os extremamente pobres têm renda per capta mensal de R$ 70.
Estratégias para erradicação da miséria – Nabil Kadri, chefe de gabinete da Secretaria Extraordinária para Erradicação da Miséria do MDS, disse que sabendo quem são estas pessoas, o governo pode adotar ações mais seguras para atacar os focos de desigualdade garantindo assim, os direitos fundamentais e a qualidade de vida da população.
Com o objetivo de aproximar os programas sociais do governo das comunidades carentes, o Plano Brasil sem Miséria traz uma nova proposta de política social: a Estratégia da Busca Ativa. Do programa participam 10 ministérios além de órgãos governamentais. Entre eles a Fundação Cultural Palmares, que vinculada ao Ministério da Cultura, garantirá a assistência e a valorização cultural de mais de 1700 comunidades quilombolas.
Com a medida, o Governo Federal em parceria com as gestões municipais inverte o processo de atendimento oferecido, no qual as secretarias de atendimento eram fixas e a busca feita pelo morador. Com o novo modelo, o atendimento passa a ser feito nas residências, garantindo o encaminhamento das famílias às políticas sociais promovidas pelo Plano por meio do Cadastro Único. A expectativa é de que o Plano atenda pelo menos 800 mil famílias até 2013.
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Acessado em 20 de agosto de 2011
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