Na manhã desta quarta-feira (07/03/12), os participantes do Encontro Nacional de Gênero e Raça, realizado pela Fenadados, discutiram sobre os efeitos do racismo de raça e gênero na vida dos brasileiros, principalmente na sua rotina profissional.
Os presentes assistiram ao painel Igualdade no Trabalho e na Vida, que foi ministrado pelo desembargador Sr. Dr. Willian Silva, do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, e a vereadora Maria Aladilce de Souza, de Salvador.
O desembargador lembrou que apesar das dificuldades e desafios, as ações afirmativas do Governo Federal tem surgido efeito. “Hoje, temos leis que proíbem a discriminação, a injúria racial; e leis federais que instituem cotas em universidades. No Rio de Janeiro, por exemplo, já há cota em concurso público para negros e índios.”, destacou o Dr. Willian Silva. E destacou: “a cota não inferioriza, diminui a desigualdade.”
O desembargador também apresentou alguns números alarmantes que apontam os desafios a serem vencidos para que haja igualdade racial: mais de 70% de homens e mulheres negras estão subempregados ou desempregados; a população carcerária tem mais de 73% de negros; e o Judiciário Capixaba emprega 3524, sendo que pouco mais de 2,2 mil são mulheres e só 103 são negros. Os dados são da Justiça, IBGE e IPEA.
A vereadora Maria Aladilce falou sobre a desigualdade de gênero na sociedade brasileira. Denunciou que na Bahia as mulheres ganham 28% a menos que os homens para desenvolver a mesma atividade. “A maior participação das mulheres nos espaços público se faz necessária para fazer valer a democracia. Os sindicatos devem promover esta participação política das mulheres. Precisamos fortalecer as instituições sindicais para que todo dia seja dia das mulheres e negros.”
Fonte:http://www2.fenadados.org.br/portal/showData/19254
Acessado e postado no dia 18 de abril de 2012, por Néia Gava
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