Componentes: Néia Gava Rocha, Camila Maria Juffu Lorenzoni, Rita de Cassia Scaramussa, Amanda Deprá Nicoli, Deize Maria Scaramussa de Mattos e Maria da Penha Menassa Panetto

Atividades dos blogueiros:

Rita de Cássia e Camila M. J. Lorenzoni - aplicação dos conteúdos.

Deize e Maria da Penha - pesquisas bibliográficas.

Néia - layout da página, busca por figuras e funcionalidade.

Amanda - exemplos que demonstram a aplicação dos conceitos trabalhados na unidade.




segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Fichamento "Desigualdades raciais e realização socioeconômica: uma análise das mudanças recentes"

 
 
Unidade III: Desigualdades raciais e realização socioeconômica: uma análise das mudanças recentes. 
Módulo III: Políticas Públicas e Raça.
Aluna: Amanda Deprá Nicoli
 
No Brasil há desigualdades em diversas áreas, sendo determinadas pela má distribuição de bens e recursos assim como pelo intenso preconceito e discriminação. Dados do IBGE demonstram que negros e pardos são as principais vítimas do desemprego e da informalidade. Mulheres de todos os grupos raciais, além de apresentarem nível salarial inferior ao dos homens, também têm dupla jornada de trabalho, dedicando-se a casa e família. O trabalho doméstico, por exemplo, é realizado principalmente por mulheres negras e com pouca ou nenhuma escolaridade, e corresponde ao principal meio de sustento e manutenção de muitas famílias. Quanto à escolaridade e anos de estudo, os brancos estão em vantagem, e os negros e pardos apresentam maior taxa de analfabetismo, contribuindo para as desvantagens sociais e econômicas. As oportunidades de acesso à educação e emprego são muito diferenciadas, e dependendo da região essas desigualdades são intensificadas e transmitidas de uma geração a outra. Apesar disso, políticas de inclusão no sistema universitário estão proporcionando uma melhoria nessa realidade, como o aumento do número de alunos no ensino superior, oportunizando pessoas menos favorecidas a terem uma profissão e avançar socioeconomicamente.
 
Os principais conceitos apresentados na unidade foram:
 
IDH: Índice de Desenvolvimento Humano, cujo objetivo é mensurar o grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida da população. Cada país apresenta seu IDH particular, o que permite comparar a realidade de cada nação.                                                                       
 
Indicadores sociais: são medidas estatísticas relacionadas à saúde, educação, renda, entre outros, que em conjunto retratam o estado e o nível de desenvolvimento social de um país.  Os indicadores possibilitam uma avaliação da realidade dos países, consequentemente auxiliando na formulação e/ou mudanças de políticas públicas.
Desigualdade racial: vantagens dos brancos sobre os negros em relação à escolaridade, emprego, renda, oportunidades, entre outros. Questões como religião, estética e música de influência africana são menos valorizadas. A taxa de desemprego e analfabetismo entre pessoas brancas é bem menor que entre pessoas negras, demonstrando a intensa desigualdade existente no país.
 
IBGE: o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística é um órgão do governo que coleta diversas informações demográficas e socioeconômicas sobre o país. As informações são atualizadas e obtidas através de pesquisas. O fornecimento desses dados auxilia o governo, pois retrata a realidade do país.
Estratificação social: refere-se à existência de diferenças hierárquicas entre pessoas da mesma sociedade, havendo uma separação de grupos que apresentam características em comum, ou seja, ocupam posições diferenciadas no meio social. A estratificação existe devido às desigualdades sociais.
Pobreza: está ligada a insuficiência de bens e serviços essenciais, como alimentação, moradia, vestuário, cuidados com a saúde, carência de recursos econômicos, entre outros.
Autonomização de status: corresponde a uma fase da vida na qual a pessoa adquire sua própria posição na sociedade, por meio do acesso ao mercado de trabalho que proporciona renda pessoal, ou seja, o indivíduo ocupa um status próprio, que independe de sua origem familiar.
O governo criou programas com objetivo de promover a igualdade social e racial, como o ProUni (Programa Universidade Para Todos), o qual prevê cotas para negros e indígenas. Porém, não basta criar mecanismos para a entrada de estudantes no ensino superior, é preciso também criar programas para garantir sua permanência. O que adianta o aluno entrar na universidade se não tem condições de arcar com as despesas, que envolvem material, ônibus, livros, impressão de trabalhos, entre outros. Em minha turma de faculdade, presenciei a desistência de uma aluna bolsista, porque esta não tinha condições financeiras de se manter estudando.
Apesar de programas de inclusão no sistema universitário proporcionar a um grande número de pessoas a oportunidade de cursar o ensino superior, as desigualdades não são resolvidas. A maioria dos universitários são pessoas brancas e as universidades federais estão preenchidas praticamente por estudantes da elite, os quais têm acesso a excelentes escolas e cursinhos, ou seja, estão bem mais preparados que os alunos de escola pública, logo, a competição pelas vagas é muito desigual. Dessa forma, penso que para realmente resolver a desigualdade no país e permitir que alunos desfavorecidos possam ingressar em federais é melhorar o ensino básico público, fornecendo materiais de qualidade, investindo em tecnologias, capacitando e incentivando professores. Uma idéia que vejo como promissora é oferecer jornada de tempo integral para alunos do Ensino Médio, para que estes estejam preparados para competir com alunos de escolas particulares por vagas em federais.
 
Referências Bibliográficas:
Políticas Públicas e Gênero. In: Curso de formação em Gestão de Políticas Públicas em Gêneros e Raça/ GPP-GeR, Módulo III, unidade III. Textos acessados em 11/11/2011. http://www.gppgr.neaad.ufes.br/file.php/112/Modulo3/mod3_unidade3.pdf

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