Componentes: Néia Gava Rocha, Camila Maria Juffu Lorenzoni, Rita de Cassia Scaramussa, Amanda Deprá Nicoli, Deize Maria Scaramussa de Mattos e Maria da Penha Menassa Panetto

Atividades dos blogueiros:

Rita de Cássia e Camila M. J. Lorenzoni - aplicação dos conteúdos.

Deize e Maria da Penha - pesquisas bibliográficas.

Néia - layout da página, busca por figuras e funcionalidade.

Amanda - exemplos que demonstram a aplicação dos conceitos trabalhados na unidade.




segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Fichamento “O percurso do conceito no campo de relações raciais no Brasil”

Módulo 3 - Unidade 2
Aluna: Néia Gava Rocha


A Unidade 2 traz como temática “O percurso do conceito no campo de relações raciais no Brasil”, o qual revela a realidade e a história de quando a raça se tornou um problema nacional, o que acarretou assuntos como abolição, teorias racistas, bem como discussões acerca das desigualdades sociais.
Para tanto, os textos da referida unidade apresentaram conceitos que nortearam o embasamento teórico, dando suporte para a aquisição de conhecimentos acerca do assunto em análise.
Todo o contexto da escravatura começa a ser vislumbrado através da Lei Áurea, a qual aboliu a escravidão no Brasil, mas trouxe á tona discussões referentes ao novo homem: ex-escravo passa a ser um cidadão livre. Ou seja, passou-se a discutir como seria a nova sociedade habitada, em sua maioria, por ex-escravo.
Assim, surgem as teorias racistas, as quais viam no na libertação de escravos uma forma de atraso no desenvolvimento da economia social, pois acreditavam que ex-escravos não possuíam conhecimentos para exercer atividades na sociedade.
Dentre as teorias racistas, podem ser citadas o darwinismo social, determinismo racial, lamarkismo, antropometria lombrosiana, liberalismo, socialismo, anarquismo, comunismo, entre outras.
No entanto, foi a partir do século XVIII que o termo raça tomou uma dimensão mais acentuada, o que fez com que e os grupos raciais passassem a ser entendidos como realidades totalmente distintas e hierarquizada, ou seja, marginalizadas, à mercê de preconceito racial.
Diante deste contexto racial, surge a visão de que o branco é superior moral e Intelectualmente, o que lhe proporcionava mais facilidade mais ser inserido na sociedade, para ser respeitado por todos.
Desta forma, as teorias racistas demonstravam que a sociedade estava perdendo a sua identidade com a abolição da escravidão, uma vez que a sociedade seria “dominada” por negros, ex-escravos. Neste contexto, o termo identidade revela um conjunto de características que formam como indivíduos singulares, perfis sociais, econômicos e culturais. Ou seja, através de identidade de uma sociedade pode-se ver a singularidade na combinação de várias características de uma sociedade, de um povo.
Através das mencionadas teorias racistas surge o determinismo racial, o qual denota a privação de liberdade e autonomia dos indivíduos, pois suas características estavam voltadas para o grupo racial.
Neste período, surgiram várias obras literárias voltadas para a discussão racial, já que este tinha se tornado o tema central de todos os debates. Com isso, o termo democracia racial ganhou espaço, pois as referidas obras tentam mostrar que o Brasil escapou do racismo e da discriminação racial. Esta era a imagem do país vendida ao exterior, uma imagem de que se tratava de um território democrático na questão racial e de que a respeitava enquanto elemento enriquecedor da cultura nacional.
Já na época de Getúlio Vargas, entre 1930 e 1940, surgiram movimentos culturais que visavam a valorização da identidade cultural do país, o que a acarretou a valorização de elementos culturais negros, os quais passaram a ser interpretados como símbolos da nação brasileira.
            Desta forma, o termo raça foi substituído pelo termo cultura, pois o primeiro tornou-se elemento enriquecedor da cultura nacional. Esse momento fez com que as expressões mais usadas se tornassem integração e assimilação.
Integração porque a sociedade estava integrando em seu meio as pessoas negras e mestiças, enquanto que a assimilação revelava que deveria haver uma relação entre os padrões de cultura dos negros.
Assim, nos anos seguintes surgiram muitas discussões acerca dessa temática, com o objetivo de reinterpretar alguns conceitos estabelecidos pelas teorias racistas.
De acordo com os textos lidos e estudados, observei que a relação existente entre a temática discutida e a minha atuação enquanto professora e formadora de opinião é que as ideias são pré-concebidas e, raramente, elas perdem a sua essência inicial, ou seja, as ideias que são impostas por grupos sociais (famílias, amigos, elites) raramente deixam de existir para essas pessoas. As crianças que crescem num meio familiar que tenha preconceito racial provavelmente não deixarão de ser racista. E isso é percebido claramente nas salas de aulas, pois aqueles oriundos de  meios cuja educação é mais aberta às discussões e menos sujeitas às imposições estabelecidas pela sociedade (no caso, o racismo) não são preconceituosas.
Assim, enquanto formadora de opinião, vejo-me com o dever de tentar mudar esta concepção, este preconceito estabelecido e imposto pela sociedade acerca do preconceito racial, da discriminação racial. E a estratégia que eu usaria para realizar tal tarefa seria aproveitar as aulas para estabelecer diálogos, baseados em textos e filmes, visando apresentar o contexto histórico dos termos raça e racismo. Certamente, este seria um passo muito importante para a conscientizar os alunos sobre a necessidade emergente de não aderir à ideia de preconceito racial.

Um comentário:

  1. Adorei o texto, me ajudou muito. Parabéns! É disso que o Brasil precisa, de pessoas esforçadas com consciência pra mudar essa realidade de que meu grupo é melhor do que o outro, ou melhor, eu sou melhor que a outra pessoa. Precisamos de pessoas como vocês pra conscientizar outras pessoas que somos diferentes sim, mas cada um de nós temos nossas qualidades.

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