A relatora da Comissão
Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a violência contra as
mulheres no Brasil, senadora Ana Rita (PT-ES), fez duras críticas à política de
Segurança Pública atual por causa de deficiências no atendimento às vítimas. A senadora
criticou a estrutura precária em delegacias especializadas no atendimento à
mulher e a escassez de servidores preparados para atender as vítimas de forma
adequada. A CPMI chegou ao Espírito Santo na quinta-feira (10) e encerrou a
visita ao Estado nesta sexta-feira (11).
“As estruturas físicas (das delegacias) não são adequadas. As vítimas de violência não têm espaço adequado para serem acolhidas, elas acabam ficando em corredores minúsculos. É preciso ter equipes preparadas nesses locais, com profissionais como psicólogos, assistentes sociais que possam fazer um atendimento adequado. Tudo isso deve ser feito para ouvir a vítima da violência e fortalecer essa mulher para que ela se sinta encorajada a sempre fazer a denúncia”, afirmou a senadora.
“As estruturas físicas (das delegacias) não são adequadas. As vítimas de violência não têm espaço adequado para serem acolhidas, elas acabam ficando em corredores minúsculos. É preciso ter equipes preparadas nesses locais, com profissionais como psicólogos, assistentes sociais que possam fazer um atendimento adequado. Tudo isso deve ser feito para ouvir a vítima da violência e fortalecer essa mulher para que ela se sinta encorajada a sempre fazer a denúncia”, afirmou a senadora.
Promessas
Uma audiência pública entre
integrantes da comissão, deputados, autoridades locais e representantes da
sociedade civil foi realizada na Assembleia Legislativa no final da tarde desta
sexta. Entre eles estava o secretário Estadual de Segurança Pública, Henrique
Herkenhoff. Ele garante que o Estado tem a intenção de dobrar o número de
delegados e escrivães, acelerar a tramitação de inquéritos e implantar uma
delegacia 24 horas para atendimento às mulheres.
“Estamos, agora, com delegados e escrivães no período de formação. Acreditamos que poderemos dobrar a quantidade de delegadas e escrivães, nessas unidades especializadas, no segundo semestre deste ano. Isso permitirá uma conclusão mais rápida dos inquéritos e manter um plantão 24 horas, em uma unidade na Grande Vitória. Está longe do ideal, mas será um grande avanço”, disse.
Estatísticas
Outra iniciativa, de acordo com o secretário, será
criar um canal de comunicação na Internet para registro online de boletins de
ocorrência dos casos de violência doméstica. O Espírito Santo ocupa, no Mapa da
Violência elaborado pelo Instituto Sangari e o Ministério da Justiça, o 1º
lugar em assassinatos de mulheres no país. No estado, a taxa de homicídio é de
9,4 por grupo de 100 mil mulheres. Entre 87 países, o Brasil ocupa a 7ª
posição, com 4,4 assassinatos por 100 mil.
“Estamos muito preocupados com a realidade do Espírito Santo. Há mais de 10 anos que o Espírito Santo lidera o número de homicídios contra às mulheres. A situação aqui nos preocupa muito”, declarou a senadora Ana Rita. O Espírito Santo foi o quinto estado visitado pela CPMI da violência contra as mulheres. Os outros quatro foram Pernambuco, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No dia 25 deste mês a comissão se dirige para Alagoas.
“Estamos muito preocupados com a realidade do Espírito Santo. Há mais de 10 anos que o Espírito Santo lidera o número de homicídios contra às mulheres. A situação aqui nos preocupa muito”, declarou a senadora Ana Rita. O Espírito Santo foi o quinto estado visitado pela CPMI da violência contra as mulheres. Os outros quatro foram Pernambuco, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No dia 25 deste mês a comissão se dirige para Alagoas.
Acessado no dia 12 de maio de 2012 e postado no dia 21 de maio de 2012, por Néia Gava.
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