Componentes: Néia Gava Rocha, Camila Maria Juffu Lorenzoni, Rita de Cassia Scaramussa, Amanda Deprá Nicoli, Deize Maria Scaramussa de Mattos e Maria da Penha Menassa Panetto

Atividades dos blogueiros:

Rita de Cássia e Camila M. J. Lorenzoni - aplicação dos conteúdos.

Deize e Maria da Penha - pesquisas bibliográficas.

Néia - layout da página, busca por figuras e funcionalidade.

Amanda - exemplos que demonstram a aplicação dos conceitos trabalhados na unidade.




segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Artigo: "Omissão e impotência"

    Algumas cenas mexem com a nossa emoção. Alguns fatos perturbam o nosso sono. Alguns acontecimentos nos fazer acreditar que a injustiça só atinge as classes baixas. E estes sentimentos não acontecem porque não queremos ver a realidade. Isso acontece porque a sociedade está repleta de injustiças.
      Todos os noticiários mostraram, esta semana, duas situações que deixam os justos e os honestos indignados. Uma está relacionada à saúde pública no Brasil. A outra é referente à guerra civil na Somália.
      Não pretendo ser sensacionalista nestes elementos de minha discussão. Mas pretendo abordar a injustiça sob o ângulo da classe marginalizada e impotente. Digo isso porque é assim me sinto: impotente e marginalizada. Afinal, o que somos diante de muitas injustiças na sociedade? O que fazemos para mudar este cenário?
      Em São Paulo, um homem da classe baixa (e, por isso, marginalizado pelas classes altas) foi a um hospital fazer quimioterapia. Quando terminou saiu pelas ruas, a pé, e teve uma crise de convulsão do outro lado da rua. Algumas pessoas ligaram para o hospital (do qual ele acabara de sair) para pedir socorro e disseram que não podiam fazer nada.
      Mas será que se ele fosse de uma classe social privilegiada ouviria esta resposta? Creio que seria atendido pelo hospital como um rei. Assim, quem o atendeu foram algumas pessoas de uma lanchonete. Ele, como toda pessoa humildade e grata, voltou ao local no dia seguinte para agradecer a estas pessoas.
      O outro caso, tão preocupante como este ocorrido no Brasil, se trata do acontecimento referente à guerra civil na Somália. Enquanto uns se matam pela ambição de poder, várias crianças morreram de fome. Reflitamos: para se morrer de fome tem que ficar quantas horas sem comer algo?Para matar por ambição são necessários quantos tiros?
Não se morre de fome porque se escolheu morrer desta forma. Não se morre por descaso e omissão porque se escolheu morrer assim. Morre-se de fome e pela omissão porque a sociedade marginaliza a classe baixa e supervaloriza a classe alta.Porque as lideranças governamentais querem sempre mais, não se importando com quem serão as suas vítimas.
      Mas vamos nos aproximar mais destes fatos: imaginemos que o homem que não recebeu o atendimento quando teve uma convulsão em frente ao hospital, em São Paulo, fosse o meu ou o seu pai. Imaginemos que as crianças que morreram de fome, na Somália, fossem meus ou seus filhos.Continuaríamos de braços cruzados?
      É por isso que volto a afirmar: sinto-me impotente e marginalizada. Somos omissos e compomos a maioria. Mas não fazemos nada porque estas pessoas não são membros de nossas famílias.
                                                                                
FONTE:  Jornal Da Hora ES, de Vargem Alta/ES
Autora: Néia Gava Rocha
Acessado em 22 de agosto de 2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário