Componentes: Néia Gava Rocha, Camila Maria Juffu Lorenzoni, Rita de Cassia Scaramussa, Amanda Deprá Nicoli, Deize Maria Scaramussa de Mattos e Maria da Penha Menassa Panetto

Atividades dos blogueiros:

Rita de Cássia e Camila M. J. Lorenzoni - aplicação dos conteúdos.

Deize e Maria da Penha - pesquisas bibliográficas.

Néia - layout da página, busca por figuras e funcionalidade.

Amanda - exemplos que demonstram a aplicação dos conceitos trabalhados na unidade.




segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Seminário abre espaço para a Juventude negra


Entre os temas debatidos durante o Seminário Nacional – A cultura como veículo de erradicação da miséria, a “Juventude Negra e o legado afro brasileiro“ ganharam destaques. Na manhã da última quinta-feira (18), o sociólogo e membro titular do Conselho Nacional da Juventude (CONJUV), Danilo Morais e o publicitário e diretor executivo da Revista Raça Brasil, Maurício Pestana, falaram sobre o  racismo, a mídia e a exclusão social em que vivem os jovens negros no Brasil. 
O jovem na mídia – Abrindo os debates, Maurício Pestana falou de sua trajetória na militância negra, que começou ainda na juventude, aos 15 anos de idade, com a leitura do livro O genocídio do negro brasileiro, de Abdias Nascimento. “Foi quando tomei noção de como é o racismo no Brasil e passei a me envolver com essa questão, buscando uma forma de entrar na luta”. 
Para ele, há uma distância entre a militância e a juventude negra. Por isso, procura por meio da arte e da comunicação fazer uma interlocução com os jovens negros. Oportunidade que cresce com a Revista Raça Brasil, que neste ano completa 15 anos. 
Segundo Pestana, 70% do público da revista estão na faixa dos 13 aos 26 anos. “Ela ainda é o único meio de visibilidade do jovem negro na mídia”, afirmou. “ Apesar das conquistas, os meios de comunicação, que são racistas, não dão a atenção necessária ao jovem negro. Com isso, todas as nossas conquistas, como, por exemplo, a lei 10.639, que obriga o ensino da História da África e da Cultura Afro-brasileira no ensino fundamental e médio, público e particular, ficam fragilizadas”, concluiu. 
Cultura política da juventude negra – Ao refletir sobre a herança que a cultura afro-brasileira traz à juventude negra contemporânea, o sociólogo Danilo Morais ressaltou que esse legado pode ser sintetizado não somente na capacidade de resistência, mas de reinvenção dessa resistência contra o racismo. 
Além de traçar um breve panorama histórico da criação e evolução dos movimentos negros da sociedade civil brasileira, Danilo Moraes também apresentou dados estatísticos que mostram oquadro de exclusão da juventude negra. Segundo ele, todas as Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios (PNAD) apontam defasagem entre idade e série escolar, com uma significativa representação no ensino superior, onde estão menos de 30% dos jovens afro-brasileiros, sem distinção de ensino público ou privado. 
O sociólogo acrescentou, ainda, que de 2002 a 2008, o índice de homicídios entre jovens brancos caiu 30%, porém somente 13% entre os negros, o que é sintomático e preocupante. “ A cultura é o campo privilegiado para reconstruir projetos de vida da juventude negra, a partir de suas raízes africanas”.

FONTE:
Acessado em 22 de agosto de 2011

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