Componentes: Néia Gava Rocha, Camila Maria Juffu Lorenzoni, Rita de Cassia Scaramussa, Amanda Deprá Nicoli, Deize Maria Scaramussa de Mattos e Maria da Penha Menassa Panetto

Atividades dos blogueiros:

Rita de Cássia e Camila M. J. Lorenzoni - aplicação dos conteúdos.

Deize e Maria da Penha - pesquisas bibliográficas.

Néia - layout da página, busca por figuras e funcionalidade.

Amanda - exemplos que demonstram a aplicação dos conceitos trabalhados na unidade.




quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A saúde da mulher negra

Saiba quais são as doenças que mais acometem a população feminina e veja como se cuidar
Quando se toca no tema saúde da mulher negra, é fundamental levar em consideração as questões relativas à raça. Por esse motivo, a Área Técnica de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde incluiu, nas Diretrizes e no Plano de Ação 2004-2007 da Política Nacional para Atenção Integral à Saúde da Mulher, metas e ações relativas às negras. E mais: as Áreas técnicas Saúde da Mulher e da Criança incorporaram em suas ações estratégicas a necessidade de oferecer atenção especial às mulheres negras e recém-nascidos negros, respeitando suas singularidades culturais e, sobretudo, atentando para as especificidades no perfil de morbimortalidade. A partir de dados estatísticos e científicos, o Ministério da Saúde relacionou as principais doenças que podem acometer a negra que, segundo o Censo de 2000, somam 36 milhões de mulheres. Confira e saiba como evitá-las!
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Na população negra, a pressão alta é mais freqüente. Começa mais cedo que nos indivíduos brancos e apresenta uma evolução mais grave. No Brasil, as síndromes causadas pela hipertensão são a principal causa de morte materna, representando um terço dos óbitos. E mais: estudos revelam que a taxa de mortalidade por síndromes hipertensivas nas negras é quase seis vezes maior do que nas brancas.

Embora seja uma doença crônica e sem cura, a pressão alta é perfeitamente controlável e pode ser prevenida. A gestante deve, por exemplo, ter sua pressão ar-terial verificada nas consultas de pré-natal, receber informação sobre como manter um estilo de vida saudável e, se necessário, tomar remédios prescritos pelo médico.
DIABETES MELLITUS - TIPO II
As negras têm 50% a mais de chances de desenvolver diabetes que as brancas. Além disso, existe um agravante: no diabético a ocorrência de hipertensão arterial é duas vezes maior que na população geral. Portanto, as mulheres diabéticas estão mais expostas à gravidez de alto risco. Mas, assim como a pressão alta, a diabetes, apesar de crônica e não ter cura, pode ser controlada com a adoção de hábitos saudá-veis e medicação prescrita pelo médico, quando houver necessidade.
ANEMIA FALCIFORME
Essa é a doença genética mais comum do Brasil. Apresenta maior prevalência na população negra e tem alto índice de mortalidade. Os especialistas alertam que a melhor estratégia para atender quem tem anemia falciforme é o diagnóstico e o cuidado precoce.
A do-ença falciforme não é contra-indicação para a gravidez, porém, tendo em mente os riscos, a mulher deve ser acompanhada por serviços especializados e receber atenção qualificada e humanizada do Mi-nistério da Saúde. Os recém-nascidos, por sua vez, precisam ser subme-tidos à triagem neonatal, atentando especialmente para a anemia falciforme, e dispor de serviço para atenção precoce aos portadores dessa doença.
MORTE MATERNA EM MULHERES NEGRAS
Quando se fala em morte materna é importante dizer, primeiramente, que se refere aos óbitos que ocorrem durante a gravidez, no parto ou até 42 dias após o término da gestação. No caso das negras, vale ressaltar que as principais razões estão ligadas à predisposição biológica para certas doenças, como a hipertensão arterial e a diabetes, fatores relacionados à dificuldade de acesso e à falta de ações e capacitação de profissionais de saúde voltadas para os riscos específicos da raça.
Como o SUS pode acolher e atender com qualidade gestantes e recém-nascidos negros
- Ações educativas - a gestante deve ser orientada sobre os riscos, como identificar precocemente os sin¬tomas e os cuidados necessários na hipertensão arterial e diabetes mellitus. É preciso enfatizar também a necessidade da triagem neonatal, que inclui o diagnóstico da ane¬mia falciforme.
- Sensibilização e capacitação de pro¬fissionais de saúde - incluir conteúdos sobre diferenciais étnico/raciais nas condições de vida e na saúde da população nas capacitações de profissionais da rede básica e dos serviços de referên¬cia e das maternidades.
- "Quesito cor" nos documentos e siste¬mas de informação do SUS - incluir a informação sobre a cor nos sistemas de informação e nos documentos do SUS.
- Pré-natal - é fun¬damental garantir que seja aferida a pressão arterial de todas as gestantes em todas as consultas de pré-natal. Caso haja qualquer alteração nos níveis de pressão das gestantes negras, é necessário dar atenção especial com o devido acompanhamento e encaminhamento para serviços de alto-risco. Atentar também para resultados de glicemia, garantindo a realização de todos os exames de rotina.


Fonte: http://racabrasil.uol.com.br/Edicoes/111/artigo52408-1.asp
Acessado em 29 de setembro de 2011, por Néia Gava Rocha

Um comentário:

  1. Ana Ester dos Santos2 de outubro de 2011 às 15:16

    Achei de grande importância
    essas informações,porque além de saber quais são as principais doenças comuns a raça negra,pode-se buscar maneiras de evitá-las e tratá-las.

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